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Socorro para vítimas inocentes

Da edição de abril de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Há sempre algo que podemos fazer para socorrer outros em ocasiões difíceis. Isso é verdade até em situações em que aos espectadores parece que o socorro é impossível, ou então, que seria atrevido interferir nos assuntos de outras pessoas. Ouve-se de casos de desastres que afetam milhares de pessoas; de crueldade mental ou física que é infligida a indivíduos inocentes, até por parentes seus; de tratamento brutal dos animais; e de outras formas de injustiça, tortura ou vandalismo que suscitam indignação ou piedade. Quaisquer que sejam as circunstâncias dolorosas, nunca haverá uma em que nos vejamos incapacitados de prestar socorro. Há sempre algo que se pode fazer, e isso é orar. Nada poderia ser mais eficaz.

Pessoas que presenciaram brutalidade e dor infligidas a vítimas, dizem, às vezes, ter sentido tamanha angústia que dificilmente a puderam suportar. Talvez descrevam a situação como se tivessem sentido punhaladas no coração, o que as deixou doentes de frustração, raiva e repulsa. A Bíblia não obstante promete bondade e misericórdia para todos, e ensina a eficácia da oração para estabelecer essas ternas qualidades do governo de Deus na terra, e com isso curar todos os tipos de dificuldades humanas.

Um dos escritores do Novo Testamento diz: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Tiago 5:16; Referia-se à cura não só de doentes mas de todos os que têm necessidade de ser curados do pecado e de defeitos de caráter. E a Ciência Cristã mostra como até mesmo a discórdia da mais crua desumanidade de uns para com os outros pode ser dissolvida mediante o reconhecimento bondoso, em espírito de oração, dos verdadeiros fatos do ser, por alguém que compreende espiritualmente Deus e Sua criação perfeita. Portanto, tem muito mais proveito parar de sentirse angustiado por causa dos sofrimentos do mundo, e, mediante oração fervorosa, ajudar a destruir as características bestiais da mente mortal que se acham causando sofrimento aos povos e aos animais da terra.

Não quer isso dizer que devemos orar diretamente pelos indivíduos envolvidos no incidente — sem que no-lo peçam — exceto no caso raro de uma emergência. Mas podemos, e devemos, orar para perceber a lei do Princípio divino em ação, bem como as qualidades misericordiosas do Amor expressadas justamente ali onde a crueldade parece estar. Sendo fiéis a Deus, não aceitaremos, nem por um momento, a sugestão de que Ele, o Amor divino, não é Tudo-em-tudo e supremo — não admitiremos a existência, par a par com o Espírito divino, de um espírito mau a controlar o homem que Deus fez à Sua própria semelhança.

A oração que há de curar a crueldade e o sofrimento segue o padrão da Oração do Senhor. Cristo Jesus disse que seus discípulos deviam orar “assim” Mateus 6:9;, e agora, decorridos tantos séculos, não podemos fazer outra coisa senão orar como ele mandou. Qualquer que seja a discórdia humana, será vencida mediante a compreensão da paternidade universal de Deus, a harmonia já existente no Seu universo, e a ação eterna e infinita de Sua lei divina. A partir dessa base reconheceremos com alegria o cuidado constante que Deus tem pelos seres de Sua criação e Seu suprimento abundante de tudo o que lhes é necessário à felicidade e satisfação. Podemos dar-nos conta de que todos habitam juntos no reino de Deus agora e para sempre, governados pelo Amor.

A oração prosseguirá pedindo a Deus que nos perdoe os próprios pecados mediante a extinção destes, ao desenvolver-se em nós a consciência da totalidade do Seu amor e em nós aperfeiçoar-se a expressão das qualidades imaculadas do Princípio, as quais Ele manifesta em nós.

E concluímos a oração com ardente gratidão a Deus, o bem, a quem pertence “o reino, o poder e a glória para sempre” v. 13;. A Sra. Eddy interpreta com estas palavras esse hino de louvor no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Pois Deus é infinito, todo poder, todo Vida, Verdade, Amor; está acima de tudo, e é Tudo.” Ciência e Saúde, p. 17;

Pela oração feita “assim”, chegamos a compreender que, sendo Deus, o Amor, Tudo, não pode haver prova verdadeira de coisa alguma senão de amor. O ódio, a malícia, a crueldade ou a impiedade não existem no universo espiritual feito por Deus. Reconhecemos que Sua manifestação reflete Seu amor, expressa esse amor e o sente sempre e de todos os modos. Este fato, compreendido, elimina de nosso pensamento a crença de que há razão em condenarmos outros por falta de amor. Dá-nos capacidade para ir além da piedade sentida por uma vítima e ajudar a estabelecer a harmonia para todas as criaturas — tal como esta se acha instituída na realidade espiritual. Provamos, finalmente, que o Princípio divino é o único poder, que a Mente e o Espírito infinitos são a única substância e que o Amor é a única fonte do pensamento e da ação.

Quando, pela oração, começarmos a reconhecer que as qualidades de bondade e de misericórdia inerentes a Deus estão sendo expressas no universo imortal, e admitirmos que não há outro reino senão esse reino celestial, notaremos mais amor ao nosso redor, e os mortais serão cada vez menos propensos a maltratar, ameaçar, assaltar, lutar e assassinar desapiedadamente uns aos outros. Será poupado o sofrimento às vítimas inocentes dos elementos destruidores da mente carnal, e mais harmonia será estabelecida na terra.

O estado do milênio vem gradualmente, mas a sua vinda se acelerará ao crescer a nossa própria compreensão da totalidade de Deus, o Amor. Quando nos opomos com a verdade a cada incidente de crueldade e insensibilidade que se nos defronta, e o invertemos reconhecendo a presença de Deus, ajudamos não só o caso específico de injustiça que nos levou a orar, mas também toda a população da terra. Abreviamos o tempo em que a profecia do Salmista se cumprirá, quando todas as criaturas da terra experimentarão somente a bondade e a misericórdia do amor de Deus, sabendo que habitam em segurança “na casa do Senhor para todo o sempre” Salmos 23:6..

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