Durante a guerra civil na Nigéria, eu não estava satisfeito com o modo de vida da maioria dos cristãos populares. Decidi procurar um modo de vida mais prático; encontrar, se possível, um sentido permanente de Deus — estar, a portas fechadas, num santuário para servir ao meu Deus. No início de 1971, um amigo me apresentou a Ciência Cristã. Quando comecei a estudá-la, não era capaz de entender de que se tratava. Continuando minha pesquisa, deparei-me com o que a Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde (p. vii): “Um livro apresenta pensamentos novos, mas não pode fazer com que sejam rapidamente compreendidos. É tarefa do valoroso pioneiro abater o alto carvalho e talhar o granito bruto. Os tempos vindouros terão de contar o que o pioneiro realizou.”
Com o passar do tempo, comecei a desenvolver mais interesse, e as idéias passaram a se me revelar. Houve períodos de escuta às idéias que vinham, e finalmente compreendi que o verdadeiro ato de escutar corresponde a entreter anjos. Achei esta definição no Glossário de Ciência e Saúde (p. 581): “Anjos. Pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas; a inspiração da bondade, da pureza e da imortalidade, neutralizando todo o mal, toda a sensualidade e mortalidade.”
Durante esse período, tive curas com a ajuda das orações de um amigo que é Cientista Cristão, e com o entendimento que adquiri do meu estudo. Houve, de fato, muitas provas da presença do Amor divino. Uma cura que obtive, ocorreu num domingo durante o culto da Ciência Cristã. Eu não podia abrir bem a boca, devido a dores nos dentes molares. Ao cantar o hino n° 20 do Hinário da Ciência Cristã, fiquei tão absorto com estas palavras, que imediatamente reivindiquei meu direito de estar livre da dor:
O Ser de Deus perfeito é;
A Deus unido sempre estou.
Quem vê o homem uno a Deus
Com a Verdade, o mal destrói.
Naquele instante eu disse: “Estou curado.” Foi uma cura instantânea.
Durante os dois anos em que fiquei desempregado, recebi boa dose de discernimento espiritual e convicção graças ao meu estudo da Ciência Cristã. Quando consegui emprego como soldado, no Corpo Educacional, fui enviado a Zaria para o treinamento militar inicial. Muitas pessoas me falaram no quanto era ruim aquele posto de treinamento de recrutas, mas eu não estava interessado em ouvir as opiniões delas. Vencendo meu medo, e com a convicção da verdade que lia nos escritos da Sra. Eddy, assumi uma atitude positiva e o treinamento foi um sucesso. Esta afirmação da Sra. Eddy foi minha ajuda (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, pp. 149–150): “Lembra-te de que não podes ser levado a situação alguma, por mais grave que seja, onde o Amor não tenha estado antes de ti e onde a sua terna lição não esteja à tua espera.”
Depois do treinamento em Zaria, fui designado para ir a Socoto e aguardar designação para algum posto. Fiquei lá cinco dias com pouco ou nenhum dinheiro. Esperando ser pago logo, recebi ordens para ir ao Departamento de Educação em Zuru, no Estado Noroeste da Nigéria. Restavam-me duas niaras no bolso. Pensando em como esse dinheiro podia cobrir minha passagem e como sobreviver um mês com nada, me convenci da providência de Deus e de Sua onipresença. Com duas niaras paguei minha passagem e parti para Zuru. Ao chegar lá, um amigo e eu fomos recebidos por um soldado que me havia sido apresentado em Socoto. Desde o princípio, eu havia dito a meu amigo que o Amor estava conosco, e ele realmente sentiu a presença do Amor.
Chegamos ao nosso escritório e deram-nos as boas-vindas. Perguntaram, então, se tínhamos dinheiro para passar o mês. Eu não falei, mas meu amigo disse: “Não.” A essa altura, senti a relutância dos colegas de escritório em nos hospedar naquele momento. No mesmo dia visitamos um dos instrutores, cuja esposa acabara de dar à luz. Fui-lhe apresentado como seu concidadão. Ele me deu hospedagem completa, apesar de seus problemas imediatos. Morei harmoniosamente com ele por um mês, e meu amigo também foi aceito por um bom samaritano. Isso me provou a onipresença e a providência de Deus.
Ter aceito a Ciência Cristã é de enorme ajuda para mim e minha família. É um prazer mencionar alguns dos benefícios conseguidos. Entendo a espiritualidade do homem como filho de Deus: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem” (Gênesis 1:27). Isso está me capacitando a ver o homem como ele realmente é, a semelhança de Deus.
Sou muito grato a Deus, o bem, por Sua providência diária, pela filiação em A Igreja Mãe e numa igreja filial, pelos amigos que me ajudaram durante minha procura pela verdade. Sou também grato à Sra. Eddy, por seu zelo em procurar tornar mais compreensíveis para o mundo os ensinamentos do Mestre do cristianismo, e a A Igreja Mãe com seus vários meios de alcançar e abençoar o globo.
Como é bom conhecer o versículo da Bíblia (1 João 3:1): “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus.”
Aba, Estado de Imo, Nigéria
