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Será que se tornarão Cientistas Cristãos?

Da edição de abril de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Assim como um cata-vento que gira para a frente e para trás, os sentimentos de um pai ou uma mãe podem alternar entre a esperança e o desespero ao julgarem o futuro de seus filhos na Ciência Cristã pela disposição, talvez variável, que presentemente estes têm em relação a ela. Mas há um modo melhor de abordar a pergunta: “Será que se tornarão Cientistas Cristãos?” É um modo capaz de trazer tranqüilidade aos pais durante os anos alegres e desafiadores em que educam os filhos.

Precisamos saber que a questão em si mesma está realmente baseada numa falácia. Enquanto o pai ou a mãe pensar que o filho é um mortal lutando para achar seu caminho por entre padrões materiais e espirituais, nunca poderá ter certeza quanto ao lado que irá preponderar. A maneira de sair do dilema consiste, para os pais, em opor resistência à falsa crença de que o homem é um mortal que tem de escolher entre o bem e o mal, e não aceitar tal crença. Podemos pôr nossos filhos no reino do céu — vê-los como idéias espirituais de Deus. Então, ao se apresentar a pergunta: “Será que se tornarão Cientistas Cristãos?” reconhecemos a sugestão sutil que a pergunta implica. É-nos possível responder: “Recuso-me a ser apanhado na armadilha contida nessa pergunta. Eles já são idéias espirituais de Deus.”

A definição de “filhos” que a Sra. Eddy dá em Ciência e Saúde diz em parte: “Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor.” Ciência e Saúde, p. 582; Ver a nossos filhos como tendo, algum dia, de tornarem-se Cientistas Cristãos, é negar-lhes a herança espiritual que já têm estabelecida como representantes de Deus.

Cristo Jesus sempre reconhecia as perguntas diabólicas cujo fim exclusivo era hostilizá-lo e atormentá-lo. Mas ele não se deixava arrastar a uma discussão com as sugestões do mal. Ao contrário, silenciava-as com a própria Palavra da Verdade. Quando foi tentado no deserto, o diabo lhe disse: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.” A resposta de Jesus foi: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4:3, 4; Em vez de ficarmos ansiosos por nossos filhos, refutemos o demônio do medo assim como Jesus o fez, mediante uma simples citação da verdade contida na Bíblia. É possível conseguir força com este versículo de Provérbios: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” Prov. 22:6.

Uma vez que uma criança é, em realidade, representante espiritual de Deus, podemos saber que ela já inclui todas as qualidades do Espírito. Mas essas qualidades necessitam ser manifestadas, e aos pais cabe proporcionar a atmosfera certa na qual essa bondade atingirá a plena floração. São três os pontos essenciais para estabelecer tal atmosfera: a oração, a disciplina e o amor.

A oração diária, habitual, por nossos filhos é o único método real de protegê-los contra a crença de que o mal é mais atraente que o bem. De valor inestimável é um curto espaço de tempo dedicado, todas as manhãs, a uma simples oração imbuída de verdade — uma oração que afirma a união do filho a Deus, a perfeita obediência que o filho, como idéia espiritual, presta ao Princípio divino e o reflexo que ele é de toda a bondade que Deus é.

Com regularidade, durante muitos anos, uns poucos dias antes de iniciarem as aulas, certa mãe afirmava a união de seus filhos com a Mente, a fonte de toda a inteligência; asseverava a união deles com o Amor, a fonte de toda atividade correta; a união deles com a Vida, a fonte de toda a saúde e força. Afirmava que os filhos, como idéias do Amor, estavam livres de acidentes, doenças e de atividades prejudiciais. Quando chegava o verão, fazia a mesma coisa. Compenetrava-se de que o tédio, os acidentes, a falta de atividade apropriada se acham completamente separados do homem real. Sabia que a verdadeira atividade é uma expressão continua do bem proveniente de Deus. Animava os filhos a fazerem declarações cristãs e científicas semelhantes às que ela própria fazia.

Essa oração diária constante teve muito bons resultados. Os filhos atravessaram os anos escolares com boas notas, amizades felizes, atividades compensadoras e ausência de acidentes e doenças. E, com crescente apreciação, freqüentaram voluntariamente a Escola Dominical durante toda a adolescência.

Às vezes é dito aos pais que não façam pregações aos filhos. Mas a pregação, como Jesus e a Sra. Eddy a utilizavam, era feita no sentido de corrigir, de instruir, de proteger. Talvez nem sempre seja agradável às crianças. Muitas vezes parecerá restringir-lhes a liberdade pessoal. Mas a disciplina, respaldada na compreensão espiritual, lhes fortalece a obediência às exigências do Princípio divino. Se a uma criança for exigido pelos pais que expresse constantemente obediência, moral e carinho, e esses pais se pautarem por igual disciplina, ser-lhe-á mais fácil resistir à ilegalidade da imoralidade e da doença.

Mas o amor é, por certo, a condição essencial para a existência da atmosfera correta na qual criar os filhos. O pai ou a mãe que se identifica corretamente como a própria expressão do Amor divino manifestará com naturalidade esse Amor para com os filhos num amor tão despido de orgulho e livre de medo que os manterá em harmonia. Não obstante, esse amor será tão cálido que dele fluirão expressões normais de afeição humana. Esse amor dá apoio aos filhos e aos próprios pais, mesmo sob circunstâncias as mais exasperantes.

Uma mulher descobriu, certa vez, que sentia profunda antipatia pela filha, mais ou menos da idade de doze anos. A menina tinha sido desobediente e rude durante longo tempo. Certo dia, cheia de raiva, a mãe levantou a mão para esbofeteá-la. Mas, no mesmo instante, voltou-se de todo o coração a Deus, o Amor divino, e mentalmente gritou: “Ó Amor, por favor, ajuda-nos.” Repentinamente, engolfou-a uma torrente de afeição pela filha. A luz do Amor foi tão transbordante que a mãe esqueceu-se por completo do incidente que lhe havia causado tanta raiva. Algumas horas mais tarde a menina chegou correndo à cozinha, atirou os braços em volta da mãe e disse: “Mãezinha, como eu gosto de você!” Nos anos de adolescência que se seguiram, essa menina nunca mais foi rude ou desobediente ou algo menos que a genuína alegria de seus pais. O amor havia curado — a ela e à mãe.

Ora, alguém talvez diga: “Fiz o melhor que pude. Orei por meu filho. Tentei incutir-lhe disciplina, e o tenho amado de todo o coração. Mesmo assim ele parece estar longe da Ciência Cristã. Será que devo simplesmente esperar e aguardar que nalgum dia futuro todo o treinamento espiritual que recebeu se reafirme na consciência dele?”

Talvez seja em tal ocasião que mais necessitamos permanecer firmes na compreensão básica de que, a despeito de nossas crenças, o homem é sempre o filho amado de Deus. É um sonho o que argumenta ser o homem um mortal necessitado de encontrar Deus. Por que tornarmonos desesperadamente infelizes por causa de um sonho? Nosso trabalho consiste em permanecer no reino da realidade espiritual, onde o homem está sempre unido a Deus.

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