É difícil expressar em palavras quão grato sou pela Ciência Cristã. É igualmente difícil descrever como seria minha vida sem ela, pois se tornou fundamental para mim. Não se pode realmente ser Cientista Cristão de nascença, mesmo que os pais sejam estudantes de Ciência Cristã, como no meu caso. Mas um ensino consciencioso no lar e na Escola Dominical da Ciência Cristã é de grande valia para que um jovem se torne Cientista Cristão. Foi o que aconteceu comigo.
Embora de nome eu fosse Cientista Cristão desde criança, minha fidelidade a esses ensinamentos quando rapaz teve de ser profundamente testada antes que eu me tornasse Cientista Cristão ativo e permanentemente dedicado. Isso se deu quando me enamorei de uma garota bonita que trabalhava no mesmo escritório que eu. Senti uma forte atração física, mas o que havia de comum entre nós, não era, realmente, muito profundo.
Embora ela fosse uma boa moça, de moral elevada, alguma coisa me dizia que não tínhamos sido feitos um para o outro. Comecei a compreender que um casamento com ela careceria das qualidades espirituais que eu considerava fundamentais. Também senti que não satisfaria suas necessidades. Numa época em que pude encarar a situação objetivamente, reconheci que a atração era apenas superficial. Eu sabia que o pensar fundamentalmente baseado na atração física não era sustentado pelo Amor divino.
Orei para compreender que se continuasse cedendo a impulsos físicos e voluntariosos eu não estaria expressando meu verdadeiro ser. Ao contrário, isso seria o oposto da liberdade e do pensamento independente — uma cortina de fumaça escondendo meus verdadeiros pensamentos. Comecei a perceber que precisava volver-me de um anseio biológico para os pensamentos puros de Deus. Através da declaração de S. Paulo (Romanos 8:7), “o pendor da carne é inimizade contra Deus”, percebi que meu inimigo era a crença numa fonte de pensamentos separada de Deus. Eu não dependia de minha própria capacidade de resistir, mas estava me pondo nas mãos de Deus. Deus estava me proporcionando toda coragem moral, toda força espiritual que eu necessitava.
Orei desta maneira diariamente durante muitos meses. Deixei de me encontrar com a moça. Passei por muitas horas de árduas lutas comigo, mas nem uma única vez cedi à forte tentação de recomeçar o namoro. Toda vez que me volvia a Deus como fonte de meu verdadeiro pensamento e existência, minha oração era respondida. Sentia a força espiritual necessária para continuar com o que eu sabia estar certo. Sabia que também a garota seria guiada pelo mesmo discernimento espiritual que eu sentia estar me dirigindo com tanta perspicácia.
Aos poucos a situação foi mudando. Senti-me mais livre ao compreender que a atração não possuía realmente nenhuma base espiritual. À medida que eu ia aprendendo que era filho de Deus e que Deus era a Mente única e exclusiva, fonte do pensamento e da motivação, fiquei completamente livre. Esta compreensão, obtida tão arduamente e com tanto esforço, me tem sido de grande valia desde então. Algum tempo depois eu estava casado e muito feliz. E, posso ascrescentar, assim continuo até hoje! Encontrei tudo o que esperava ter na amizade anterior — e muito mais.
A Ciência Cristã deu-me melhor compreensão do que é o verdadeiro suprimento: a aceitação das idéias espirituais do bem que o Amor divino nos oferece constantemente. Ao rejeitar a falsa crença em carência e aceitar estas idéias espirituais, o sentido errado de carência desapareceu e minhas necessidades materiais foram abundantemente supridas. Esta Ciência deu-me uma noção melhor de saúde, a qual não consiste de um conjunto de condições físicas, mas é uma qualidade espiritual absoluta de Deus, refletida em cada um de nós. Ela vem suprindo minhas necessidades humanas em todos os sentidos.
Deu-me a verdadeira compreensão de Deus como Amor divino e de mim mesmo e de meu próximo como filhas e filhos amados de Deus. Esta compreensão tem me auxiliado muito a superar problemas de relações humanas.
Minha gratidão mais profunda se eleva a Deus pela Sra. Eddy. Os anos que ela passou em sacrifício incessante e labuta incansável nos deram a Ciência divina. Minha propriedade mais valiosa é ter conseguido obter ao menos um lampejo do que constitui o verdadeiro motivo e propósito na vida. A Sra. Eddy define-o claramente em Ciência e Saúde (p.326): “O propósito e o motivo de viver retamente podem ser teus agora. Conquistado esse ponto, terás começado como devias. Terás começado pela tabuada da Ciência Cristã, e nada — a não ser a má intenção — poderá impedir teu progresso. Se trabalhares e orares com motivos sinceros, teu Pai abrir-te-á o caminho.”
Sou humildemente grato por sentir-me ao menos começando a aprender esta “tabuada”.
Houston, Texas, E.U.A.
    