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Nenhum mal iminente

Da edição de setembro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Para quem estiver lutando a fim de vencer o temor de que algum mal esteja iminente, a verdade de que o mal é uma impossibilidade devido à onipresença e à oniação de Deus, ou o bem, é mais do que um consolo temporário. Esta verdade pode remover, de modo permanente, tal temor.

Por vezes o temor parece ser tenaz apesar dos esforços coerentes que se façam para sobrepor-se a ele. É óbvio que, enquanto se acreditar na possibilidade de algum mau acontecimento, tal receio não pode ser eliminado de todo. Para obter paz duradoura, é imprescindível reconhecer a inutilidade do temor.

À página 352 do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy observa que o receio aos fantasmas que uma criança possa abrigar é dissipado uma vez compreenda a inexistência deles. Ela indica que o que tem de ser removido não são os fantasmas em si, mas só a crença neles.

A existência genuína de algo dessemelhante de Deus seria uma negação direta de Sua totalidade. A possibilidade de que algo sinistro pudesse intrometer-se na vida do homem indicaria a falta de vontade ou a incapacidade do bom Pastor, o Amor divino, de cuidar, em todos os tempos, de Sua querida progênie espiritual, ao passo que o nosso Pai celestial nunca Se omite, por um instante sequer, de manter o bem-estar e a serenidade de cada um dos Seus filhos. Ainda mais consoladora do que a compreensão da solicitude constante do Pai é a compreensão de que em realidade nunca houve nada a cujo respeito alguém possa estar ansioso, pois o mal não ocupa lugar na infinidade do bem. Uma impossibilidade simplesmente não tem como ocorrer.

Em sua resposta à pergunta: “O que é o homem?” em Ciência e Saúde a Sra. Eddy afirma: “O homem é idéia, a imagem do Amor; não é físico.” E mais adiante: “O homem é incapaz de pecar, adoecer e morrer.” Ciência e Saúde, p. 475; Por ser o homem incapaz de pecar, é impossível que o homem seja vítima do pecado. Na atual mundanalidade, esta verdade científica precisa ser afirmada vigorosa e coerentemente, não só para proteger o nosso próprio bem-estar, mas também para ajudar os nossos irmãos a se desfazerem de qualquer manifesta propensão à mundanalidade e ao pecado.

Referindo-se ao único homem verdadeiro, o homem formado por Deus, a Bíblia declara inequivocamente: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”  1 João 3:9; A natureza terna e pura da Mente, o Pai, reflete-se na consciência do filho, e não há exceções, visto que na realidade todos são filhos do único Espírito, Deus. Onde parece estar um mortal transviado está a idéia imaculada e infinita de Deus, sempre visível aos sentidos espirituais.

Em vez de crermos que somos ou que outros são seres mortais e bons à mercê de seres mortais e delinqüentes, precisamos saber que o homem é a idéia de Deus e que ele sempre está na sua Mente correta, a Mente divina inteiramente boa; daí ser o homem incapaz de causar dano. Isso se acha belissimamente confirmado no seguinte trecho de Miscellaneous Writings de autoria da Sra. Eddy: “Vestida, e em sua Mente correta, a individualidade do homem é impecável, imorredoura, harmoniosa e eterna. Sua materialidade, revestida de uma falsa mentalidade, trava débil combate com a sua individualidade — os seus sentidos físicos contra os seus sentidos espirituais. Estes movem-se nas trilhas divinas da Ciência: aqueles giram em suas próprias órbitas, e têm de suportar a fricção da identidade errônea até se destruírem a si mesmos.” Mis., p. 104;

Os que não conhecem bem a Ciência Cristã muitíssimas vezes presumem que a função primordial dela seja a cura da doença. Ora, a Descobridora desta Ciência, a Sra. Eddy, deixa claro que a tarefa mais importante é a destruição do pecado. A consecução deste trabalho redentor se dá mediante a clara compreensão da inexistência do mal, de sua ausência completa na criação divina, do fato de que ao mal nunca foi dada existência pelo único criador que existe ou pode existir, o Amor divino.

Amor é sinônimo de Alma e Espírito, e tudo o que procede da Alma é inteiramente puro e santo. O mal, a impureza e a impiedade são apenas opostos da Verdade. Perdem sua pretensa realidade e seu pretenso poder quando se reconhece que não lhes cabe lugar legítimo na infinidade de Deus. O mal não se acha à espreita na esquina, aguardando o momento de lançar-se sobre nós. Como todo espaço acha-se ocupado pela presença divina, não sobra espaço algum que o mal possa ocupar. Portanto, tudo o que em realidade podemos encontrar ou experimentar é o Amor.

Na Bíblia acha-se uma excitante ilustração de como ficou comprovado que o mal é uma impossibilidade. Foi numa ocasião em que para o sentido material parecia inevitável o desastre. O rei da Síria tentava tirar a vida a Eliseu porque o profeta avisara o rei de Israel com relação ao exército hostil dos siros e lhe revelara a localização do acampamento deles. Quando contaram ao rei da Síria que Eliseu achava-se em Dotã, o rei então “enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade”  2 Reis 6:14;. O moço do profeta, tendose levantado cedo, viu a cidade sitiada pelo inimigo e se exclamou consternado. Mas em resposta à oração de Eliseu, os olhos do moço se abriram para que este visse a presença salvadora de Deus. A situação toda foi invertida e o exército dos siros, em vez de Eliseu, é que foi capturado. O profeta deve ter captado um vislumbre da presença eterna e da supremacia de Deus, o bem, e da irrealidade da formidável encenação que o mal apresentava.

Sempre é possível comprovar que as ameaças do mal são ilusórias e desprovidas de poder. Estas palavras do livro de Isaías são tão aplicáveis hoje como o foram nos tempos bíblicos: “Eu sou Deus e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as cousas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.”  Isaías 46:9, 10. Quando nos apercebemos de que a Sua vontade é a incessante transmissão do bem, este reconhecimento ajuda a destruir a crença no mal iminente e o temor a esse mal e deste modo impede que este aconteça. Cristo Jesus provou a impossibilidade do mal prevalecer sobre o bem, sabendo como ele sabia que o reino da Verdade é contínuo. Énos possível comprovar a mesma coisa, não importa que mal pareça ameaçar-nos.

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