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A seca não está fora de nosso controle

Da edição de outubro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Durante a seca no sudoeste dos Estados Unidos, há cidades que tentam borrifar nuvens para obter chuva. Tribos de índios reunem-se e dançam para fazer chover. Pessoas congregam-se e oram por chuva. Os líderes de tais organizações levam consigo guarda-chuvas. Seca é o assunto até que, por fim, chova.

Ora, mesmo nessa hora ninguém duvida de que voltem a ocorrer secas. Sempre foi assim.

Recentes estudos sobre o sol e sobre os anéis das árvores foram reunidos na região centro-oeste americana, numa pesquisa para mostrar que a seca ocorre em ciclos. Espera-se que previsões baseadas nesses estudos possam alertar as pessoas a que se preparem para enfrentar o clima. As previsões, porém, não fornecem água. E os bilhões de dólares já gastos na conservação da água não foram capazes de manter os reservatórios cheios em época de seca.

Será que haverá algo capaz de melhorar a média de chuvas, aumentar os lençóis dágua e proteger contra a seca as pessoas, a criação e as plantações?

“Que é que Deus não pode fazer?” Ciência e Saúde, p. 135; pergunta a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy. Ora, se Deus pode fazer cessar a seca, por que Ele não a faz cessar? Seria errado os que vivem em zonas áridas esperar e orar por chuvas em quantidades adequadas?

A Sra. Eddy responde da seguinte maneira a uma pergunta que lhe foi feita, relacionada com o restabelecimento do doente: “Não, se oramos de acordo com as Escrituras, com a compreensão de que Deus tem dado tudo aos que O amam; mas suplicar ao Amor infinito que nos ame ou restaure a saúde e a harmonia, e então admitir que ela esteve perdida sob Seu governo, é a oração da dúvida e da crença mortal, inútil na Ciência divina.” Miscellaneous Writings, p. 59;

Acreditar que o homem careça de algo, quando Deus criou o homem à Sua semelhança, é compreender mal tanto Deus quanto o homem. A suposição de que a vida comece materialmente ao sabor da vontade humana, cresça por um pouco se obtiver suficiente água, propague-se e então morra, é uma negação descarada da Vida real — e está longe do fundamento da verdadeira oração. Deus é Vida. Assim o sentido espiritual da vida real, que emana direta e incessantemente dEle, permanece inseparável de sua fonte e de seu sustento espirituais.

A criação de Deus, inclusive o homem à semelhança de Deus, procede diretamente da Mente divina e depende apenas dela. Será que a Mente perfeita toleraria uma insuficiência? Poderia ela consentir na iniqüidade ou permitir a carência que se acha implícita no conceito de seca? A criação completa e imperecível da Mente desenvolve-se e prospera na atmosfera ideal do Amor imutável que tudo inclui, que está livre de seca e de enchentes — de fato, livre da chuva, uma atmosfera de idéias espirituais.

A Sra. Eddy explica: “Na criação de Deus as idéias tornaram-se produtivas em obediência à Mente. Não havia chuva e ‘não havia homem para lavrar o solo’. Como a Mente, não a matéria, era a produtora, a Vida era sustentada por si mesma.” Ciência e Saúde, p. 544;

Sendo sustentada por si mesma, a Vida divina permanece indestrutível. Viceja para sempre. Não tem clima nefasto nem inclemente, não tem região instável nem improdutiva. Os descendentes da Divindade nunca são frágeis, infrutíferos nem estão atacados pela praga. Desenvolvem-se livremente.

Na realidade divina — no único verdadeiro estado do ser — não existe matéria nem mentalidade mortal, material, para usurpar a jurisdição criativa e preservadora de Deus. Ele cria perfeitamente e governa tudo sem errar. Portanto, não pode haver condição material que proíba a ação de Deus, o bem, em nossa vida, e nenhuma mente material ou mortal que nos mesmerize com crer em tal oposição ao bem.

Os mortais, é claro, precisam de chuva. Dão, porém, seu próprio consentimento ao clima. Concordam com o que consideram normal e julgam tudo de acordo com seus próprios padrões ilusórios. Acreditam que a normalidade depende de fatores fora de seu controle, e assim se sujeitam à estreiteza de seus próprios pensamentos limitados, em vez de exercerem o domínio que Deus lhes deu. Os mortais esperam secas periódicas quase da mesma maneira como esperam que haja, de vez em quando, epidemias de doenças.

Nenhum mal, porém, é necessário ou inevitável. As crenças mortais podem ser mudadas ou destruídas. O consentimento mortal não constitui, de fato, um reino separado de Deus. Aquilo a que as pessoas chamam existência mortal não é material, mas mesmérico e ilusório por natureza. É um sentido errôneo, apócrifo. Só pretende ter um método de fabricar umidade — e de gerar seres mortais.

A Ciência Cristã, que segue a Bíblia, expõe a falsidade dessa fábula. A prática da Ciência Cristã restabelece na vida humana as realidades presentes do domínio original refletido pelo homem.

A oração baseada nas Escrituras, tal como é ensinada na Ciência Cristã, desperta-nos espiritualmente para compreender mais, a cada momento, o que realmente somos e como Deus nos sustenta ininterruptamente. Na proporção direta de nossa compreensão espiritual, podemos demonstrar que sempre temos tudo o que necessitamos.

Na oração, participamos da compreensão espiritual e bebemos daquele Cristo, a Verdade, que a Ciência Cristã explica e que Cristo Jesus exemplificou e ensinou. Disse ele: “Aquele... que beber água que eu lhe der nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.”  João 4:14;

A água é o símbolo natural dos elementos cristãos de limpeza e esclarecimento que nos batiza e nos renova espiritualmente na medida em que oramos. Essas idéias e qualidades divinas, puras e refrescantes, são, na verdade, inerentes a cada identidade espiritual, porque cada uma delas manifesta a Vida divina. São, portanto, para nós substância sempre presente quando nos utilizamos de nossos sentidos espirituais para percebê-las e reivindicá-las como nossas próprias.

A substância das idéias supre o símbolo das idéias — atendendo à necessidade humana — até que o símbolo seja superado. Esse fato pode derrotar a seca. Os que têm sede de Cristo, a Verdade, crescerão até compreender que Deus provê e preserva tudo que é necessário na vida humana até ser superado o sentido carnal. Mediante essa compreensão, vivenciamos a realizaçao da profecia bíblica: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu o Senhor os ouvirei, eu o Deus de Israel não os desampararei. Abrirei rios nos altos desnudos, fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em açudes de águas, e a terra seca em mananciais.”  Isaías 41:17, 18.

Na medida em que cessarmos de acreditar nalguma possível realidade de causa ou efeito maus — porque compreendemos até certo ponto que Deus, o bem, é Tudo-em-tudo — água suficiente ou outros recursos se manifestarão exatamente ali onde forem necessários. O mesmerismo da seca irá se dissipando até desaparecer.

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