Há cerca de seis anos e meio, enfrentei meu segundo divórcio. Comecei a procurar nova fonte de felicidade e amor mergulhando na bebida e na promiscuidade. No entanto, parece que quanto mais eu bebia e quanto mais promíscua ficava, mais infeliz me tornava. Eu não fora criada numa família religiosa, por isso não me ocorria volver-me para Deus naquela ocasião.
Então, dois anos e meio atrás, parecia que eu tinha chegado ao limite — tanto mental como fisicamente. Achava que ninguém se interessava por mim. Eu sofria de colite — mal que o médico dissera ser decorrente de ansiedade. Prescreveu tranqüilizantes e outros tipos de medicação para vencer minha dor, mas nada ajudou. Encontrava-me num constante estado de embriaguês tóxica e alcoólica, num esforço para enfrentar mais um dia. As drogas e o álcool pareciam ser a única forma de enfrentar a mim mesma.
Sem eu saber, o proprietário do apartamento no qual eu morava era Cientista Cristão. Um dia ele veio visitar-me. Numa ocasião anterior eu lhe havia mencionado minha enfermidade, e agora ele me falava sobre Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss). Eu nunca tinha tomado conhecimento dela, mas ele me deu um exemplar do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy e me disse que achava que o livro me ajudaria se eu o lesse. Eu sempre fora ávida leitora, e embora tivesse muitas dúvidas sobre esta religião, li o livro por curiosidade.
Na ocasião fiquei sabendo que certa amiga também era Cientista Cristã. Eu lhe telefonava seguidamente para lhe fazer perguntas sobre o que eu estava lendo em Ciência e Saúde. No entanto, apesar de sua ajuda, fiquei desanimada. Parecia-me que a Ciência Cristã era uma religião para pessoas “boas” como minha amiga — não para mim. Comecei a pensar seriamente em acabar com minha vida, tomando doses excessivas de pílulas.
Numa noite em que me achava extremamente angustiada, chamei minha amiga e lhe disse que estava pensando em suicídio. Nunca esquecerei o amor e a compreensão que ela expressou! As verdades espirituais em que ela falou fizeram-me compreender que o suicídio não era a solução para meus problemas. Suas palavras ajudaram-me a ver que eu poderia encontrar resposta através de uma compreensão de Deus, conforme a Ciência Cristã O explica. Ela sugeriu que eu telefonasse a uma praticista para me ajudar através de oração, o que fiz. Algumas semanas após minha primeira entrevista com a praticista, joguei fora todos os medicamentos e, menos de três meses depois de eu ter começado a estudar Ciência Cristã, percebi que a colite tinha sido curada. Esta cura foi permanente.
Tal cura significava muito para mim, mas eu ainda me encontrava lutando contra sentimentos de culpa por meu passado. Acreditava que tinha feito demais para alguma vez ser perdoada e duvidava ser capaz de superar a bebida e a promiscuidade.
Muitas vezes, quando a frustração me sobrepujava com sentimentos de fracasso, eu guardava num armário toda a literatura da Ciência Cristã da qual tinha decidido nunca mais ler uma só palavra. Pensei até em dar ou vender minha Bíblia e o Ciência e Saúde. Todavia, passados alguns dias, o desejo de ler e estudar era por demais forte, e então eu tirava tudo do armário outra vez e recomeçava a estudar. Em breve passei a comparecer com certa regularidade às reuniões de testemunhos de quartas-feiras à noite e aos serviços dominicais de uma Igreja de Cristo, Cientista, local.
Durante esse período comecei a sofrer de febre do feno — problema que me havia incomodado durante toda a vida. Certa noite, quando os sintomas se faziam sentir com muita intensidade, decidi que estava na hora de me tratar na Ciência Cristã. Eu sabia que a sugestão de que uma idéia no reino de Deus pudesse prejudicar outra idéia era uma crença falsa. Um trecho de Ciência e Saúde foi assaz significativo para mim (p. 175): “Que ultraje à formosura da natureza, dizermos que uma rosa, o sorriso de Deus, pode produzir sofrimento! A alegria de sua presença, de sua beleza e de sua fragrância, deve elevar o pensamento e dissipar qualquer sensação de medo ou de febre. É profanação imaginar que o cheiro do trevo ou a exalação do feno recémcortado possam causar inflamações glandulares, espirros e pruridos no nariz.“ Também estudei referências sobre a palavra “hereditário”, uma vez que muitos membros de minha família sofriam do mesmo tipo de alergia.
Algum tempo depois encontrava-me numa sala com um gato. E, embora gostasse de gatos, eu sempre fora muito alérgica a eles. Sem pensar, apanhei o animal e comecei a acariciá-lo. De repente, percebi que já não havia reação alérgica — eu estava completamente curada. Isso aconteceu há mais de dois anos, e a cura é permanente. Mais esta demonstração da onipotência e totalidade de Deus em minha vida fez-me compreender que talvez houvesse esperança de que meu passado pudesse ser perdoado.
Com a ajuda de uma praticista fui capaz de superar a crença de que eu tinha um passado material. Comecei a compreender que deixar o pecado completamente para trás é estar perdoado. Em realidade, o homem, como idéia de Deus, coexiste com Deus eternamente. Coexistir com o Espírito é conhecer apenas pureza, harmonia e satisfação e esta existência exclui o conceito de um mortal vacilante que é pecador ou bom conforme sua escolha. Senti-me redimida e o peso da culpa foi completamente levantado.
Meu desejo por álcool desapareceu e a compreensão de que a companhia feliz já faz parte de minha vida como reflexo da totalidade de Deus, trouxe relacionamentos realmente satisfatórios. Não faz muito, casei com um homem maravilhoso que ama a Ciência Cristã tanto quanto eu. Nosso casamento é uma provisão da onipotência e onipresença do Amor divino.
Que gratidão sinto por ter sido libertada da crença de que eu era um ser mortal condenado! Agora estou aprendendo cada vez mais sobre a liberdade que provém do conhecimento de mim mesma como o homem de Deus.
New Braunfels, Texas, E.U.A.
