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Transformando ameaças em promessas

Da edição de outubro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando situações mundiais inconstantes ameaçam, muitas pessoas voltam-se à oração. A oração que percebe as leis de Deus aplicáveis a essas situações torna-se fator determinante no restabelecimento da ordem ou na descoberta de uma ordem mais elevada. Acontece, às vezes, que já há alguém orando especificamente sobre um assunto tão ligado à situação mundial que não lhe é preciso conhecer muitos dos detalhes do caso.

Por exemplo, talvez alguém tenha orado por maior harmonia no seio da família, regozijando-se nestas verdades espirituais relevantes: que o homem é a própria prova do ser concorde; que na realidade divina tudo que ocorre é a manifestação espontânea da ordem de Deus; e que não há nada externo a Deus e Seu universo para interromper esse desdobramento harmonioso.

É óbvio que essas verdades são universais e colocam em ação leis de Deus específicas que atuam sobre a situação mundial e sobre casos de problemas pessoais. Em realidade, esta é a alegria proporcionada ao se resolverem problemas mediante a oração científica: a solução abençoa o mundo todo.

No entanto, se as orações de uma pessoa não se tenham volvido especificamente a um aspecto que necessitaria de atenção para assim abençoar a situação mundial — ou se alguém não estiver orando! — a própria situação talvez dê rumo à oração.

Claro é que ninguém irá orar para que uma solução justa seja encontrada, se acreditar que o conflito seja algo legítimo, permanente e imutável. O fato de que oramos para resolver qualquer dificuldade é prova de que não acreditamos que o problema tenha poder de permanência. O próprio ato de orar é uma afirmação de que o caso será mudado quando se fizer atuar sobre ele a lei de Deus. O problema não tem lei de continuidade em seu apoio. É um engano — uma mentira a respeito do que é verdadeiro.

Cristo Jesus falou do diabo como um mentiroso e disse: “Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44; O significado e a aplicabilidade desse ensinamento revolucionário ainda não foram percebidos de todo. Mesmo a menor percepção de que o mal é enganoso, irreal, uma mentira, abre a porta ao Cristo — a Verdade salvadora que Jesus viveu e ensinou.

Podemos ouvir repetidamente o mal — o diabo, se preferirem — e todos os seus testemunhos falsos, ou podemos seguir outro curso. Podemos reconhecer que o mal é uma mentira, inverter seu testemunho e perceber na Ciência a verdade a respeito da mentira.

Embora possamos estar considerando uma crise mundial, a espécie de ameaça que ela representa para cada um de nós não é sempre a mesma. Algumas pessoas podem encarar determinada crise como ameaça real a sua vida. Podem considerar essa mentira — a ameaça de morte — e começar a orar com a verdade oposta, isto é, que a Vida é Deus, o Tudo. Podem afirmar que o homem é espiritual, a manifestação da Vida auto-existente, e, por isso, nunca pode estar separado da Vida.

Se a ameaça diz que nossos meios de subsistência serão interrompidos devido ao fato de que certos suprimentos cessarão, podemos usar essa mentira par indicar o inverso — a natureza ininterrupta da provisão do Amor. Se, em vez de a nós a ameaça parece atingir a nosso irmão, dizendo que ele passará privações, podemos, graças à compreensão espiritual, insistir em que a bondade de Deus é universal e imparcial.

Mary Baker Eddy deu-nos uma maneira precisa de lidar com o erro: enfrentá-lo e invertê-lo, em vez apenas analisá-lo e explicá-lo. Escreve ela: “A mentira, sem o saber, serve para confirmar a Verdade, quando é enfrentada pela Ciência Cristã, que inverte o falso testemunho e adquire um conhecimento de Deus por meio de fatos ou fenômenos opostos.” Unity of Good, p. 36;

A obtenção de um conhecimento de Deus, mediante a oração que inverte uma prova falsa e ameaçadora, faz mais do que abençoar o caso imediato. Traz progresso rumo ao cumprimento da profecia de Habacuque: “A terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.” Habac. 2:14;

Não estaria o grande progresso atual na rápida comunicação internacional dos problemas nos impelindo ao cumprimento dessa profecia? Talvez sejamos tentados a desanimar, quando os problemas do mundo desabam em nossas salas de estar através dos aparelhos de televisão. Se nos conscientizarmos, porém, de que se obterá um conhecimento de Deus ao inverterem-se as mentiras, talvez não sejamos tão rápidos em desligar o aparelho.

Até que cada canto da terra esteja “cheio do conhecimento da glória do Senhor”, precisaremos ser suficientemente sábios para avaliar corretamente o mal. “Um perigo bloqueia tua vereda? — uma ordem espiritual, em reverso, te aguarda” Message to The Mother Church for 1902, p. 19., escreve nossa Líder, a Sra. Eddy.

Reconhecendo que essa ordem espiritual — essa fusão de mandado e promessa — é o inverso do perigo, não nos sentimos abandonados diante do que pode parecer um desastre iminente. Quando há uma ameaça, sempre podemos encontrar uma ordem espiritual no caso.

A experiência integral de sermos cristãos faz mais do que aliviar nosso medo. Cala, por fim, as situações ameaçadoras. O homem espiritual, real, não tem medo, porque na criação que é toda boa não há nada a temer.

E este é “o conhecimento da glória do Senhor” que enche a terra sempre que anulamos o erro que nos apresenta. Enfrentar as mentiras do mentiroso, invertendo-as pela compreensão da totalidade de Deus, é oração científica que cura. Tal oração e tal viver cristãos transformam um mundo ameaçador numa terra da promissão.

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