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Começar e permanecer

Da edição de outubro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando nos vemos diante de um problema, que fazemos? Subimos mentalmente a serra? Tentamos esquecer o caso ou ignorá-lo? Pesamos a evidência exterior para ver o grau de dificuldade e nossa capacidade de enfrentá-la com êxito? Ou encontramos bem depressa respostas para estas duas perguntas:

1. Com que vou começar?

2. Com que vou permanecer?

Permitam-me ilustrar. Uma jovem aeromoça lesionou seriamente o joelho enquanto esquiava. Um médico diagnosticou o caso como rutura de ligamentos. Disse-lhe que era necessário operar imediatamente e que ainda assim, devido à extensão das lesões, ela talvez não mais teria liberdade total de movimento.

Alarmada pelo diagnóstico, a jovem voltou-se para seu companheiro de esporte em busca de consolo e orientação. Para ele, a Ciência Cristã havia sido uma maneira de viver, por isso recomendou-lhe que a experimentasse de fato.

A jovem concordou em falar com um praticista da Ciência Cristã e, com o auxílio de muletas, compareceu à entrevista marcada. O praticista ressaltou que havia duas opções: (1) Ela podia começar e permanecer com a premissa material de que era um ser físico que levara um tombo e sofrera uma lesão de que talvez não se restabelecesse por completo. Ou (2) ela podia começar e permanecer com a mesma premissa de que Jesus partia em seu trabalho de cura, isto é, de que Deus é Espírito; de que o homem é a própria manifestação de Deus e é necessariamente todo espiritual; de que Deus, o bem, é a causa da saúde e da harmonia contínuas e do estado perfeito do homem.

O praticista pediu-lhe para fazer um esforço no sentido de identificar-se do modo como Jesus identificava o homem, isto é, espiritualmente em vez de materialmente. Para ajudá-la nisto, ele a animou a ler o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. Ela concordou. Entrementes, o praticista orou a partir da premissa da Ciência Cristã, ou seja, de que Deus é Tudo, de que Ele expressa Sua totalidade no homem, Sua manifestação, o reflexo completo e perfeito de Deus em termos de qualidades espirituais e não de partes físicas, quer harmoniosas quer discordantes.

Então o que dizer a respeito do homem físico e de seus sentidos? São conceitos errôneos a respeito do homem real e de seus sentidos, que são espirituais. Essa falsa premissa de que a matéria seja criadora e condicionadora precisa ser abandonada em troca da premissa correta de que Deus, o Espírito, é a única fonte, substância e saúde de todo ser.

Graças a seus esforços em começar com o espiritual e aliar-se ao espiritual em vez de ao ponto de vista material a seu próprio respeito, e graças aos esforços do praticista no sentido de apoiá-la nesse trabalho em espírito de oração, a aeromoça, caminhando sem a ajuda de muletas, pôde voltar ao médico num prazo de cinco dias. Ele a examinou outra vez, disse que o joelho estava bem e que breve ela poderia retornar ao trabalho. Posteriormente, seus empregadores lhe exigiram novo exame pelo médico da empresa. A aeromoça retomou suas funções em perfeito estado, com a alegria e a convicção do poder sanador de Deus e de Seu amor.

Para sermos metafísicos eficazes, não partimos da dificuldade, embora fiquemos tentados a fazê-lo. Não temos de aceitar sugestões tais como: “Este é um problema e tanto. Parece bem grande e ameaçador. Não sei se conseguirei lidar com ele e sair-me bem.” A Sra. Eddy escreve: “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente — que Deus é Amor, e por isso, Ele é Princípio divino.” Ciência e Saúde, p. 275;

Porque Deus é Tudo, o homem é a expressão da totalidade de Deus, da totalidade do Espírito — todo espiritual, portanto, todo perfeito. Temos de partir desse ponto de vista, não do ponto de vista material, ou seja, da crença errônea que dá vez a outras crenças errôneas.

É vital que verifiquemos qual a premissa em que o nosso raciocínio se baseia. Problemas de lesão, doença, enfermidade, limitação, desarmonia, parecem desconcertantes quando pensamos e agimos a partir da premissa errônea de que a existência do homem seja material em vez de a espiritual — uma amalgamação de mentalidade e corpo, em vez de a personificação incorpórea de idéias divinas.

S. Paulo disse: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2; Ele não disse para renovarmos nosso corpo, mas nossa mente ou pensamento. O único meio de ter uma experiência melhor é ter pensamentos melhores. E a única maneira de ter melhores pensamentos é baseá-los em Deus em vez de na matéria. Isso significa identificar o homem — nós mesmos e os outros — como expressão do próprio Deus em termos de idéias espirituais incontáveis de Verdade e Amor, de inteligência e bondade, em vez de como um ser físico com um motor mental interior, sujeito a muitos tipos de problemas.

O homem, imagem e semelhança de Deus — o meu e o seu ser verdadeiro — não tem de se tornar perfeito. Já o é. Nosso trabalho é reconhecer esse fato, independente de quão ameaçador o quadro material pareça ser. Temos de começar com a verdade a respeito do homem em união com todo o bem, não com um sentido material de homem propenso a problemas e que necessita obter algo ou livrar-se de algo. Na primeira epístola de João lemos: “Amados, agora somos filhos de Deus.” 1 João 3:2; Agora — e não no porvir.

Curar pela Ciência Cristã não é modificar o homem, o descendente de Deus; é revelar o homem — revelando o fato da perfeição espiritual presente. Isso exige que comecemos com o ponto de vista perfeito. A Bíblia diz: “Com tudo o que possuis adquire o entendimento.” Prov. 4:7; Não diz: “Com tudo o que possuis adquire uma cura.” Porém começar a partir da premissa Deus perfeito e homem perfeito, traz cura.

Cristo Jesus disse que devíamos conhecer a verdade e a verdade nos tornaria livres. Disse também que somos seus discípulos, se permanecemos na mensagem que ele pregou e praticou. ver João 8:31, 32; Nosso trabalho é aternos a essa verdade básica — a perfeição espiritual de Deus e do homem — não vacilando entre o perfeito e o imperfeito, o verdadeiro e o falso.

“Vigia a mente, em vez de o corpo, para não te penetrar no pensamento nada que seja impróprio ao teu desenvolvimento” Ciência e Saúde, p. 419;, diz-nos Ciência e Saúde. Depois de ter conhecido a verdade a respeito do homem, como reflexo de Deus, será que, às vezes, nos encontramos a vigiar o corpo físico, uma entidade ou uma pessoa jurídica, para ver quão bem estamos indo? Em vez disso, podemos vigiar nosso estado mental e perguntar-nos: “Estou hoje mais propenso às coisas espirituais do que estava ontem, mais alegre, mais grato, mais semelhante a Deus?” É preciso enfatizar a espiritualização do pensamento, não a mudança da matéria.

Sabendo que Deus é Vida e Amor e que o homem é a expressão plena da totalidade de Deus (conquanto os sentidos materiais declarem o contrário), podemos perguntar: “Haverá, na realidade, um mortal que caia e se lesione, que sinta dor e esteja desolado? Haverá qualquer estado dessemelhante de Deus?” Não. O único estado da totalidade é a perfeição presente. Na totalidade de Deus está incluído Seu homem, Sua manifestação, mantida em perfeição e feliz em Seu amplexo.

Precisamos insistir, em oração, que Deus é Tudo. A Bíblia coloca-o desta maneira: “Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus.” Isaías 44:6. Na medida em que começamos, feliz, grata e corajosamente, com a totalidade de Deus e com permanecemos, resolvemos problemas e gozamos de realização cada vez maior.

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