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Expectativa de vida: a eternidade

Da edição de maio de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Daniel, na cova dos leões, saudou o rei Dario com esta antiga bênção: “Ó rei, vive para sempre!” Daniel 6:21; É uma boa idéia saudarmo-nos assim diariamente, pois Deus mandou que o homem, o reflexo real do Deus eterno, viva para sempre. Nem a Mente divina nem o seu reflexo conhecem a morte, nem lhes é possível passar por tal experiência. Quem compreende o domínio dado por Deus que esta verdade confere, ficará cada vez mais livre do temor de que sua vida possa chegar ao fim.

Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss), escreve: “A Vida é eterna. Devemos certificar-nos disso, e começar a demonstrá-lo.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 246; E Jesus, que foi quem melhor demonstrou domínio sobre a crença na morte, disse: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3;

Que reviravolta completa em direção oposta à convição que o mundo tem de que a vida seja temporal! Em vez de tentarmos acumular tantas realizações quantas possíveis num curto período de tempo, assevera-se-nos, com a mais alta autoridade cristã, que a vida espiritual, a realidade, acontece agora mesmo e prossegue para todo o sempre. Aceitar este ponto transforma toda a nossa maneira de encarar a existência.

A Sra. Eddy anima-nos a começar a demonstrar agora a Vida eterna. Nosso trabalho, então, é mostrar que a vida que levamos exatamente neste instante — como filhos de Deus — é espiritual e divina. É tão celestial e harmoniosa neste momento como o será para sempre.

Em outra parte nossa Líder afirma: “A Vida é, sempre foi, e sempre será, independente da matéria; pois a Vida é Deus, e o homem é a idéia de Deus, formado não material, mas espiritualmente, e não sujeito à decomposição e ao pó.” Ciência e Saúde, p. 200; Sendo este o caso, nossa vida nunca está enclausurada numa forma carnal. Existe independentemente do corpo material; de fato, existe em lugar do corpo. O homem, a idéia individual da Vida, evidencia a natureza da Vida — forte, vital, perene, radiante por toda a eternidade.

O que dizer, então, da vida que nasce, desenvolve-se, amadurece na matéria e depois começa a enfraquecer e morrer? Nenhuma partícula desse modelo é verdadeira com respeito ao nosso eu espiritual. Na medida em que virmos com clareza que somos inseparáveis da Vida, jamais conectados com sangue e ossos, começaremos a libertar-nos da suposta seqüência de vida na matéria. Equipados com a compreensão espiritual do ser, podemos superar cada sugestão de materialidade e sentir até certo ponto que estamos livres da crença na existência cuja base está na matéria.

Portanto, a nossa jornada, partindo das estreitas vielas do viver material rumo às riquezas intermináveis do ser infinito, é contínua e progressiva. Nossa finalidade não é melhorar a vida na matéria, mas sim abandonar gradativamente a crença de que a vida possa existir na matéria.

Demonstrar a vida eterna envolve necessariamente desarraigar a noção de que o nascimento desempenhe qualquer papel na verdadeira existência. A individualidade espiritual nunca teve começo; nem os pensamentos dos pais e dos ancestrais, nem as antigas superstições da astrologia têm qualquer conexão com a formação da mentalidade real do homem, nem podem traçar sua vida. Aprendemos na Ciência Cristã que o homem é reflexo, e não um ente mortal, e que o reflexo, a emanação, da Vida, ou seja, da Mente, nunca nasce e, portanto, nunca está sujeito às influências hereditárias ou astrológicas ligadas ao nascimento. Só os pensamentos de Deus moldam ou afetam o verdadeiro ser. Uma conscientização profunda da identidade espiritual pode limpar a consciência das crenças ligadas à personalidade corporal e proporcionar a convicção de que a vida é espiritual e imutável.

Aceitando-se o nascimento, também aceita-se a identidade mortal com respeito ao sexo e às crenças na expectativa de vida a ela relacionadas. Tal como qualquer mentira acerca da vida eterna, essa crença não precisa instalar-se na consciência de alguém ou atingi-la de qualquer forma. No seu capítulo “O Apocalipse” a Sra. Eddy diz-nos: “A esposa do Cordeiro apresenta a unidade de macho e fêmea não mais como dois indivíduos desposados, mas como duas naturezas individuais em uma só; e essa individualidade espiritual composta reflete Deus como Pai-Mãe, não como um ser corpóreo. Nessa consciência espiritual, divinamente unida, não há impedimento para a bem-aventurança eterna — para a perfectibilidade da criação de Deus.” ibid., p. 577;

Desfazendo-nos de atributos mortais erroneamente associados quer à masculinidade quer à feminilidade, e expressando nosso verdadeiro eu como reflexo da paternidade e maternidade de Deus, revestimo-nos de qualidades espirituais que pertencem à verdadeira condição de homem perfeito. Estas irão expulsar da consciência toda característica mortal masculina — ou feminina — que possa minar a saúde e inibir a demonstração de vida eterna.

A Sra. Eddy atribui a proteção que Daniel sentiu na cova dos leões à sua compreensão do controle que o Amor tem sobre tudo. ver ibid. 514:26—28; Imbuído da consciência do Amor, ele era incapaz de reagir com medo e assim conseguiu livrar-se da destruição. A reação habitual a circunstâncias mortais, por outro lado, é uma tendência à morte, que nos cega para a vida eterna.

Reagir contribui para o envelhecimento, crença que se liga à personalidade material desde o instante da concepção. Embora os mortais creiam existir no reino do tempo e concomitantemente envelhecer a cada momento, na realidade a Vida está incessantemente impregnando sua criação com estuante vitalidade. O que é preciso para contra-atacar os pensamentos mortais que contribuem para a aparência de velhice e os efeitos do envelhecimento? Uma compreensão mais clara da substância espiritual, um esforço de expressar, momento a momento, apenas as qualidades de Deus que constituem a verdadeira identidade. Essas qualidades expressam para sempre harmonia e dispersam as forças-pensamento da mente mortal que são negativas e se evidenciam em discórdia e decadência.

As qualidades de Deus não podem envelhecer. Poder-se-á imaginar que a inteligência, o amor ou a bondade envelheçam? Seu estado é sempre novo, vital. Estes e outros elementos da natureza divina constituem a substância do homem, são sua identidade. O estado do homem, portanto, precisa permanecer eternamente novo e vital como as qualidades que ele corporifica. Se esta verdade de nosso ser nos fica turvada, e consentimos que o pensamento mortal se expresse como sendo o nosso, podemos reconhecer o erro de imediato e conscientizarmo-nos a tal ponto de nossa identidade espiritual que o pensamento errôneo e seus efeitos sejam removidos da consciência. Este é o começo da demonstração de vida eterna.

O que dizer da morte, a conseqüência final da crença de que existimos num corpo material? É real? Não. Aqueles que passam pela ilusão da morte continuam com a imagem mental chamada corpo material. A morte não nos torna melhores, mais felizes ou mais saudáveis. Não é de modo algum uma amiga. É antes apenas mais um argumento de que a existência seja material.

Não é nem a mera recusa nem a disposição de morrer, mas a compreensão do que a Vida é, o que obtém a vitória sobre a mortalidade em todas as suas fases. S. Paulo escreve: “Assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” 1 Cor. 15:22. É esse o modo de agir do Cristo. Mostra-nos que habitamos na Vida eterna, onde em realidade sempre estivemos. Portanto, ó homem eterno e divinamente real, você vive para sempre!

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