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Simpatia que cura

Da edição de maio de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


A plataforma de lançamento na cura mediante a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) é que Deus é o bem onipresente e o homem é infalivelmente perfeito e está isento de doença. O homem, que manifesta o poder de Deus, nunca é um sofredor, mas está sempre dando prova do amor e do governo imutáveis de Deus. Os seres humanos, no entanto, adoecem e sofrem de outros tipos de problemas.

Que atitude devemos ter para com alguém que não esteja se sentindo bem ou que esteja profundamente aflito a respeito de alguma outra circunstância em sua vida? Talvez achemos que se nos esforçarmos por reconhecer o que realmente é o homem — segundo o critério exposto no primeiro parágrafo — então a conseqüência natural será falar e agir como se tudo estivesse de fato bem com tal pessoa.

Ao agir desse modo talvez tenhamos a melhor das intenções. E se nossa visão do verdadeiro ser for profunda, clara, coerente, nossa compreensão espiritual há de ter poderoso efeito curativo. Mary Baker Eddy salientou, segundo um de seus alunos, que para curar depressa “devemos ir a um paciente com o sentimento de que ele está bem e desejamos mostrar-lhe que está bem” We Knew Mary Baker Eddy, 2° tomo (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1950), p. 23;.

Ora, em nossos contatos com pessoas em dificuldade, nunca devemos deixar de levar em consideração a hora amarga pela qual estão passando, segundo o conceito mortal das coisas. Nem devemos dar a impressão de ignorá-la. A Ciência Cristã define como erro o que não estiver de acordo com a perfeição divina. Nunca devemos dar realidade e localização ao erro. Em vez disso, devemos estar conscientes de sua natureza ilusória e, com a maior coerência possível, edificar nosso raciocínio e nosso proceder sobre esse fato. Nunca necessitamos desculpar os conceitos errôneos e a ruindade do pensamento mortal, ou ter simpatia por eles. Muito pelo contrário. “A simpatia para com o erro deve desaparecer” Ciência e Saúde, p. 211;, diz-nos a Sra. Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. A simpatia que cura não se baseia no pensar que admite a presença do mal e que ao mesmo tempo procura deleitar-se na onipresença do bem.

Embora não simpatizando com o erro, devemos ter toda a paciência e gentileza, compaixão e ternura, para com o homem, a mulher, ou a criança que se ache em dificuldade. Essas qualidades confirmam a presença do Amor divino, e acompanham a cura cristã. Deus é Amor, e Deus é eternamente solícito para com Suas miríades de idéias.

Na medida em que reconhecemos este ponto temos uma base espiritualmente científica para a simpatia que anima e espiritualiza os sofredores. Nossa Líder, a Sra. Eddy, era vigorosamente a favor desse tipo de simpatia, tendo escrito: “O sanador a quem falte compaixão por seu semelhante, carece de afeição humana, e temos autoridade apostólica para declarar: ‘Aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.’ Não tendo essa afeição espiritual, falta ao sanador fé na Mente divina e ele não tem aquele reconhecimento do Amor infinito, que é o único a conferir o poder curativo.” ibid., p. 366;

Cristo Jesus exemplificou a simpatia que cura. A Bíblia diz-nos que ao se aproximar ele da cidade de Naim saía o enterro do corpo de um jovem, que era “filho único de uma viúva” Lucas 7:12.. Jesus, num ímpeto de compaixão pela desolada mãe, fez algo para resolver o caso. Devolveu à vida o jovem. Jesus não manifestou simpatia pelo erro de morte e luto. Mas teve ilimitada simpatia pelos indivíduos envolvidos nesse caso.

Ele não se voltou para o outro lado.

Nem se sentiu constrangido ou incomodado, nem fez de conta que o caso simplesmente não existia.

Não ficou confuso à procura das palavras certas nem tentou dar alento à mãe por meio de frases sentimentais.

Esse tipo de reação seria inconcebível da parte dele. Seu sentido espiritual aguçado varou o aspecto material, e Jesus reconheceu a presença da Vida eterna e a permanência da idéia da Vida, o homem. Isso ressuscitou o morto.

Podemos alimentar o tipo adequado de simpatia por nós mesmos. Se estamos enfermos, não somos ajudados pela errônea simpatia dos nossos lamentos nem pela tristeza resultante das circunstâncias. Esse tipo de auto-simpatia é concordância com o erro e deve desaparecer. Não é o mero ato de nos culparmos por nossos infortúnios, numa autocrítica dura e sem fim, que resultará em cura. De nada servirá ficarmos a nos culpar tristemente por nossa maneira errada de pensar que resultou na confusão em que parecemos nos encontrar.

Ora, será útil amar. Sempre é. Será útil amar a Deus, o único criador do homem, e amar o homem real, que manifesta a seu criador com perfeição. É esse o homem que realmente somos. Esse homem verdadeiro não é capaz de ter pensamentos errôneos nem de causar discórdia, que é o resultado do pensamento errôneo. Ele não é capaz da autopiedade nem da falsa simpatia que perpetua a crença de que o homem seja um mortal pecador, físico, que decaiu a ponto de estar fora do alcance do amor de Deus.

Na medida em que cultivarmos um sentido mais agudo e profundo das realidades divinas do ser, não ficaremos insensíveis e indiferentes às dores e tristezas dos outros. Quanto mais entendermos a natureza e a identidade reais do homem, tanto mais nos dirigiremos ao nosso próximo e agiremos de modo a animá-lo e curá-lo. Encontrar-nosemos acentuando cada vez mais as coisas que fortalecem os esforços que as pessoas fazem no sentido de estarem bem e serem boas. Exerceremos a simpatia que cura.

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