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Há um ano e meio aproximadamente, depois de me haver mudado...

Da edição de maio de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Há um ano e meio aproximadamente, depois de me haver mudado para uma vizinhança multi-racial, na zona central da cidade, trabalhei num filme documentário sobre a segurança na cidade. Havia um elemento de confusão mental em torno do projeto, e tentei obter profunda compreensão do que realmente é a segurança e de onde vem. Vi que ela se baseia em Deus, que é quem cria e governa toda a verdadeira existência.

Uma noite, quando voltava a pé ao meu apartamento com um sanduíche e um refrigerante nas mãos, vi três rapazes que suspeitei viessem me seguindo. Durante o dia eu trabalhava com marginais e estava aborrecido demais para pensar em ser paciente com criminosos. Eu desejava prender aqueles rapazes e dizer-lhes quão ridículo é roubar. Essa, no entanto, não era a mais inspirada resposta que procedesse de Deus, e enquanto eu planejava o contra-ataque, eles pularam sobre mim.

Tendo se dado o assalto, reagi de maneira que nunca esperara: fiquei literalmente calmo. Não pensei em nenhuma citação específica da Bíblia ou dos escritos da Sra. Eddy. Mas tudo o que eu havia aprendido na Ciência Cristã criou uma atmosfera de segurança e confiança que produziu tranqüilidade. Pensei especialmente no fato de que a verdadeira identidade do homem é espiritual, não material. Num retrospecto, conscientizei-me de que deveria ser agressivo em reconhecer de preferência estes fatos espirituais, em vez de combater os rapazes de modo puramente material.

Nós quatro estávamos entrelaçados numa bola, sobre a calçada, tão próximos a ponto de um respirar o ar do outro. Foi quando eu estava tão perto deles, numa atmosfera de ódio e raiva, que subitamente deime conta de que eles eram mais vítimas do que eu. Estavam possuídos do clamor materialista de que deve haver disparidade entre rico e pobre, ou entre preto e branco.

Raciocinei da seguinte maneira: “Se não sou a vítima, o que sou, e quem são eles?” O rótulo de criminoso e vítima desapareceu quando percebi que, na verdade, o verdadeiro criminoso é uma perspectiva falsa, não espiritual, a respeito do homem, a qual enganosamente nos faz depender de coisas materiais, como, por exemplo, do dinheiro alheio. A reflexão do Amor onipotente, a verdadeira natureza do homem, não pode ser vitimada por ninguém ou por qualquer coisa.

Já então estávamos de pé. Eles estavam tão nervosos e com medo, que começaram a me apalpar em busca da carteira. Por fim, eu a entreguei a eles, e depois de verem que nela não tinha muito dinheiro, começaram a andar rapidamente.

Eu queria minha carteira de volta e também desejava conversar com os rapazes, por isso fui atrás deles. Eles se separaram e segui um que corria pela rua sozinho. Este deixou cair o chapéu e eu parei para apanhá-lo. Quando o alcancei, devolvi-lhe o chapéu. Isto, ligado ao fato de que eu estava conversando e caminhando com um rapaz que acabara de me assaltar, realmente o confundiu.

Finalmente recuperei minha carteira. Nós nos separamos sem nenhum abraço, mas à medida que eu o olhava no rosto, podia ver que aquela experiência o havia sacudido o suficiente para ele fazer a si mesmo algumas perguntas fundamentais. E, certamente, respondeu algumas das minhas perguntas.


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