Conhecer Deus: o mais importante objetivo, projeto, ambição ou acontecimento que existe.
O grau do nosso conhecimento de Deus fornece a medida do quanto verdadeiramente estamos vivos.
Conhecendo Deus, estamos vivendo de acordo com a realidade. Vivendo na ignorância espiritual, estamos, por assim dizer, sendo irreais. Conhecer Deus é a maneira de expressar mais amor. É o âmago da cura. É a essência da sabedoria. O livro dos Provérbios nos dá esta exuberante e lírica verdade: “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela.” Prov. 3:13–15;
Como podemos conhecer Deus, e conhecer Deus melhor ainda? Um caminho inicial é por meio do estudo da Bíblia e dos escritos de Mary Baker Eddy. Mas o estudo deve ser tão lúcido que nos esclareça conceitos de Deus que consideramos irresistíveis e que absorvem a atenção. Precisamos ponderar o que lemos. Talvez tenhamos a Bíblia, os livros da Sra. Eddy, as concordâncias para estes livros — além dos periódicos da Ciência Cristã
Christian Science (kris'tiann sai'ennss) — espalhados e abertos sobre nossa mesa ou pela sala de estar. E isto pode estar indicando quão consciente e constante é o nosso estudo. Mas chegamos a conhecer Deus não só ao focalizar oticamente o que está impresso, mas ao focalizar mentalmente os conceitos — os fatos espirituais — que lemos, e ao deixá-los abrir para nós novos territórios de compreensão.
Então segue-se a isso um acompanhamento necessário — aplicar e utilizar o que estamos estudando, aprendendo e vendo. Precisamos enfrentar mentalmente as falsas crenças, armados de idéias espirituais. É preciso curar, com o que estamos aprendendo sobre Deus, as pretensões de doença e raiva — toda a gama de imperfeições e desordens, grandes e pequenas — que se nos apresentem durante a semana. “É nossa ignorância acerca de Deus, o Princípio divino, que produz aparente desarmonia,” indica a Sra. Eddy, “e compreendê-Lo corretamente restabelece a harmonia.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 390; Que declaração notável e sucinta dos requisitos para a cura e do método da Ciência Cristã.
Um interesse todo absorvente em compreender a Divindade — em “compreendê-Lo corretamente” de modo a restaurar o nosso sentido de harmonia — não significa que ficamos perdidos em Deus, com um senso reduzido de nossa própria individualidade. O que sucede é que a consciência de nossa individualidade se aguça e solidifica. A Sra. Eddy diz-nos: “Na Ciência, aprendemos que o homem não é absorvido na natureza divina, mas é absolvido por ela. O homem está livre da carne e é individual na consciência — na Mente, não na matéria. Não penseis que a Ciência Cristã esteja inclinada ao budismo ou a qualquer outro ‘ismo’. Ao contrário a Ciência Cristã destrói tal inclinação.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 119; Não há obscurecimento do nosso ser único, não há monotonia nem incerteza implícitas no conhecer Deus. Tornamo-nos mais e mais conscientes de nossa singularidade como expressão direta e imediata de Deus.
Como podemos conhecer Deus melhor? Deixando a Vida divina vir à tona em nosso viver diário. O homem é, em seu ser real, o que a Vida divina está expressando infinitamente a respeito de si mesma. No nosso verdadeiro ser, não somos mortais que levam uma vida de privações espirituais ou de ignorância, mas entes que vivem, e existem, na Vida imortal, no Espírito. Se acreditamos que nos movemos lentamente ou que vamos a passos largos rumo à aceitação desse fato, podemos ter certeza de que pelo menos vamos na direção certa. Nosso objetivo deve ser aprender hoje um pouco mais sobre Deus do que conhecíamos ontem. Esta é a maneira de se fazer progresso espiritual. Nunca deveríamos estar tão contentes com as palavras e frases que conhecemos a respeito de Deus, a ponto de negligenciarmos nosso esforço no sentido de obter crescimento espiritual autêntico, evidenciado num viver melhor.
Se nos sentimos apáticos porque algum problema físico parece perdurar quando pensamos já ter feito tudo o que podíamos, devemos consciente e vigorosamente sacudir-nos. É o pensamento mortal que quer induzir o tédio e desespero, argumentando que nada mais pode ser feito. Há sempre algo mais que podemos fazer: entender Deus melhor. É disso que trata a cura. O sentido espiritual, nosso sentido do Espírito, é tudo o que importa. Nunca devemos nos sentir tão afiados num assunto que não haja nada mais a fazer. O esforço extra para perceber mais uma faceta da natureza real de Deus poderá ser justamente o que precisávamos para finalizar a cura.
A Bíblia dá-nos a promessa de Deus a Seu povo: “Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor, até ao maior deles.” Jeremias 31:34. A Ciência divina mostra que já somos, e sempre seremos, o povo de Deus, Suas idéias espirituais infinitas e infinitamente perfeitas. A convicção de que isto é verdade resulta inevitavelmente de se conhecer Deus melhor. A Ciência divina é aquilo que Deus sabe, Sua onisciência. É o conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de Sua criação, inclusive o ser real de cada um de nós.
Conhecer Deus significa conhecer o que Deus conhece. Deus é Mente, a única fonte de todo pensamento real. A Ciência divina estende a todos a possibilidade e a inexprimível satisfação de comprovar este conhecimento.
