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O que há aí, então?

Da edição de junho de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Um estudante de Ciência Cristã, cedo em seu estudo aprendeu a perguntar-se, quando diante de uma dificuldade: “Que há aí, então?” Muitos problemas foram resolvidos mediante esse enfoque e houve curas físicas.

Convém perguntarmo-nos: “Qual é o lado certo dessa situação?” Se Deus é Tudo-em-tudo, conforme a Ciência Cristã o explica, então como e onde pode existir qualquer tipo de mal? A resposta absoluta e científica é a de que ele não existe. Ninguém está lutando com algo real. Ao se trazer à luz sua filiação real, espiritual, com o Pai, o Amor divino, está-se provando a inexistência da discórdia.

No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz-nos: “O maior mal é apenas um oposto hipotético do sumo bem.” Ciência e Saúde, p. 368; Atentando para a força dessa palavra “hipotético” é possível despojar o erro do seu aguilhão. Com tal atitude consegue-se desarraigar o erro e revelar a tolice de se acreditar nele, seja sob a forma de doença, medo, preocupação, carência, perigo, seja de qualquer outra coisa desarmoniosa que surja.

O inverso do erro é a verdade a respeito de cada situação. Em Miscellaneous Writings a Sra. Eddy alerta-nos bem a propósito: “Toda crença material indica a existência da realidade espiritual; e se os mortais estão instruídos nas coisas espirituais, ver-se-á que ao inverter-se a crença material, em todas as suas manifestações, encontrar-se-á o tipo e o representante de verdades de valor inestimável, eternas, e bem à mão.” Mis., pp. 60–61;

Se um mal — seja qual for a sua natureza — não é real, podemos desde já procurar em seu lugar o que é real. E ao provar o que é real teremos feito uma demonstração sadia da Ciência da Vida. O Mestre, Cristo Jesus, trouxe esta Vida à luz. Mais tarde, a Sra. Eddy expôs, em plenitude, a sua Ciência.

Um estudo da palavra “inverter” e seus derivados, feito com a ajuda da Concordância para as obras da Sra. Eddy, pode lançar uma luz penetrante em nosso caminho. Pode tirar muito da solidez e firmeza aparentes de qualquer erro específico com que nos defrontemos.

Moisés, temendo desincumbir-se da missão que lhe fora designada, de liderar os filhos de Israel para fora do cativeiro da materialidade, que se apresentava sob a forma do despotismo egípcio, teve mostras da nulidade do que a matéria apresenta; foi-lhe provado serem ilusões inofensivas tanto a lepra como a vara que virara cobra. A natureza hipotética desses dois erros, que lhe foi mostrada por orientação do Pai, trouxe um grande despertar ao seu pensamento. Isto o capacitou a prosseguir com esclarecimento, fortaleza e segurança. Assim nosso caminho, hoje, será grandemente iluminado na medida em que começarmos a enfrentar as várias imagens do mal. Uma compreensão da Ciência Cristã, conseguida mediante cuidadoso estudo das obras da Sra. Eddy, há de abrir a porta do pensamento a grande bem — bem que parecia estar invertido pela falácia dos sentidos mortais. Uma figura fora de foco, de cabeça para baixo — não duas realidades, não o bem e o mal em confronto — é o resultado ilusório do erro que inverte a verdade.

“A grande verdade na Ciência do ser, de que o homem real era, é, e sempre será perfeito, é incontrovertível; pois se o homem é a imagem, o reflexo, de Deus, não está invertido nem subvertido, mas é reto e semelhante a Deus” Ciência e Saúde, p. 200;, afirma o livro-texto. E para levar a situação a um final vitorioso, precisamos descobrir o que existe aí, então. O que há? A filiação espiritual do homem, sua identidade perfeita atual sob o Princípio, sua inteireza como filho de Deus. O homem é amado e amável. O homem é totalmente bom. O homem é íntegro, puro, reto, veraz e humilde. É saudável e não doentio. Estes estados existem aqui e agora. São reais. Demonstráveis. Por quê? Porque expressam Deus, que é apenas bom. Não incluem nenhum elemento discordante. Gradativamente essas verdades áureas aflorarão ao pensamento e serão demonstradas passo a passo.

Momento a momento, todos têm o privilégio de desafiar os erros mentais e corporais. Podemos exigir de nós mesmos que encontremos o que está verdadeiramente presente em vez de uma mentira hedionda. Tal tentativa tem o apoio total do Princípio divino.

Certa feita, encontrava-me nas vizinhanças de um número de enormes dínamos elétricos no local de um dique de onde era gerada eletricidade para uma vasta zona. Era época de festas. Na sala de estar brilhavam muitas pequeninas lâmpadas numa árvore de Natal. De repente, ocorreu-me que toda a força daqueles enormes dínamos estava por trás de cada pequenina lâmpada da árvore natalina. Então, pensando mais adiante, vi que o poder do Princípio divino estava por trás de cada idéia correta. Também, que o Amor infinito estava por trás da mais ínfima manifestação de amor. Essa maneira de pensar deu vez a muita inspiração.

Ao determinar o lado certo de algum problema — o que há aí, então — podemos saber que o Princípio divino está por trás daquilo que expõe o erro à sua destruição. Pode ser provado que o erro não tem poder real para embaraçar, adoecer e despojar. Ninguém precisa chafurdar na discórdia qual um porco numa poça dágua. A Ciência Cristã revela maravilhosos vislumbres espirituais que crescerão e brilharão cada vez que neles se confiar genuína, sagrada e sinceramente no viver diário.

O inverso de todo erro é a verdade a seu respeito. Onde pode habitar o erro se Deus enche todo espaço? Em lugar algum a não ser na sugestão, na ilusão. Não originamos suposições. Somos em realidade a própria imagem de Deus, expressões individuais de Sua auto-asserção. Somos Seus. Não nos pertencemos. O querido apóstolo Paulo pergunta concisamente: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”  1 Cor. 6:19. Com essa identificação adequada podemos começar a descobrir o que realmente há aí, então.

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