Fui aluno da Escola Dominical da Ciência Cristã na região leste da Alemanha, onde a firme fé e o amor a Deus foram plantados em minha consciência. Ao longo de toda minha vida esta Ciência tem me suprido de plano e direção; e nunca me deixou sem apoio. Deus e o homem são inseparáveis; portanto, o homem nunca está desamparado ou sozinho.
No tempo em que servia nas forças alemãs, durante a Segunda Guerra Mundial, tivemos horas obscuras e grandes desafios. Certa ocasião fui preso pela Gestapo e acusado de traição, porque soldados sob meu comando haviam sido apanhados entregando combustível às forças de resistência. Tal crime era punível com a morte, e me cabia provar minha inocência. Como oficial comandante eu era, aos olhos da Gestapo, responsável pelas atividades dos que haviam sido pegos, embora, de fato, eu não tivesse conhecimento dessas atividades. Mas eu não tinha provas de minha inocência, e minha palavra não bastava.
Nunca senti tanta gratidão pelos anos de Escola Dominical como naquela ocasião. As orações que aprendi sustentavam-me com a certeza do poder divino, à medida que eu as considerava em absoluta sinceridade. Senti-me como o Salmista deve ter-se sentido quando escreveu este verso (Salmo 139:11, conforme a versão King James): “Se eu digo: As trevas com efeito me encobrirão, a noite ao redor de mim será clara.” Minha escuridão mental deu lugar a um sentimento inspirador da presença e do amor de Deus, o que me devolveu a paz de espírito. Todo medo desapareceu.
Depois de uma noite sob custódia, fui libertado sem nenhuma explicação e não houve nenhum interrogatório posterior. A Sra. Eddy começa o primeiro capítulo de Ciência e Saúde com esta afirmação (p. 1): “A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor abnegado.” Esta verdade nunca me fora tão magnificamente confirmada como naquele caso.
Há alguns anos, em meus negócios, fui processado por uma cliente, por uma quantidade de dinheiro assaz vultosa. Ela exigia indenização por danos supostamente causados por negligência de parte de minha empresa. Essas exigências, que ela sustentou com declarações feitas sob juramento, não eram nada fundamentadas. Mas a sentença foi a seu favor, e fui condenado a pagar a indenização, o que fiz.
Orei para saber o que devia ser feito a seguir. Primeiro pensei em apelar judicialmente, por ser de fato inocente de qualquer coisa mal feita. Mas decidi que em vez de apelar ao tribunal eu deveria acreditar na sabedoria e justiça de Deus para desvendar a mentira. Não especulei como a situação iria ser resolvida. Logo minha paz interior voltou. Eu não guardava ressentimento para com a minha acusadora. Realmente esqueci tudo sobre o incidente.
Dois ou três meses após, recebi uma carta dessa mesma pessoa, na qual ela admitia, de maneira humilde, o erro que cometera ao obter a sentença judicial. Disse-me que depois daquela época se tornara estudante sincera da Bíblia e isto a impedia de conviver com ações de falsidade. Ela não mais havia encontrado paz até que se decidira a corrigir o erro. Junto com a carta havia um cheque no valor do dinheiro que eu lhe havia pago após a sentença judicial. Eu me regozijei, não só pelo retorno do dinheiro, mas pela prova do poder de Deus, a Verdade, para desvendar o erro e abençoar um coração receptivo.
Curas físicas também provaram-me que a Ciência Cristã nunca falha quando confiamos inteiramente nela e a praticamos adequadamente. Eu havia sido seriamente ferido num acidente de trânsito uns meses antes de minha planejada mudança da Alemanha para os Estados Unidos. Os médicos do hospital a que fui levado disseram-me que provavelmente uma perna deveria ser amputada devido aos ferimentos. A perna sofrera sete fraturas além de outros ferimentos.
Solicitei logo tratamento a um praticista da Ciência Cristã, e após alguns dias houve tal melhora que os médicos já não acharam ser necessária a amputação. Concordaram em engessar a perna, embora me advertissem de que eu teria de ficar em tração durante seis meses e igualmente ficaria aleijado para o resto de minha vida.
Em pouco tempo recuperei o uso de minha perna, e passei a caminhar com uma bengala, apenas quatro semanas mais tarde. Os médicos estavam atônitos. Meu estado continuou a melhorar, e após mais algumas semanas passei por um rigoroso exame médico para obter o visto de imigração para os Estados Unidos. Uma condição para obter o visto era estar livre de qualquer dificuldade física. Depois que os examinadores me viram, reexaminaram escrupulosamente as fichas do meu acidente. Incrédulos, insistiam que eu parasse de pé, caminhasse para trás e para frente, diante deles, para provar que eu podia caminhar livremente. Quando me identifiquei como Cientista Cristão, minha perfeita mobilidade não mais lhes pareceu incrível e o visto de entrada foi concedido.
Na medida em que aprendemos a orar e sentir a totalidade de nosso Pai-Mãe Deus, a presença curativa do Cristo torna-se tangível em nossa vida com bênçãos sem medida. Sou grato à Sra. Eddy, nossa Líder, por estabelecer sua Igreja, e pelo privilégio de apoiar essa Igreja em sua missão, no mundo de hoje.
Boston, Massachusetts, E.U.A.
