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Estamos entre os que “honestamente procuram a Verdade”?

Da edição de junho de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Num artigo intitulado: “A mística da matemática: o medo de calcular”, o autor comenta: “Ninguém sabe ao certo por que a matemática causa tanta ansiedade.”

“Bem, depois de doze anos de matemática em escolas públicas, posso dizer-lhes o porquê”, foi a resposta de um leitor desse artigo. “Poucas coisas na vida são tão inflexíveis como a matemática. Um erro, por menor que seja, significa uma resposta errada. É assustador lidar com um tema que sempre exige perfeição.” Time, 4 de abril de 1977, p. 7; Quando, porém, nos detemos a pensar nisso, vemos que existir uma base inflexível para obterem-se soluções corretas é algo realmente tranqüilizador, em vez de ser algo assustador.

Um desejo genuíno, em conjunto com um esforço aplicado, para conhecer melhor o Princípio do universo e do homem pode resolver todos os tipos de problemas humanos. Este Princípio é Deus. Este Princípio é o próprio Amor, é a Vida sem começo e sem fim — a Verdade infinita, que não inclui nenhum erro. O Princípio divino não tem nenhuma falha e todos podem comprovar que Ele é inteiramente bom.

Ser ignorante de Deus e de nosso relacionamento com Ele é estar fora de contato com a realidade. E esta ignorância está na raiz de cada problema.

Raciocinando nesse sentido, a Sra. Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã e autora de seu livro-texto, Ciência e Saúde, tem a dizer o seguinte: “É nossa ignorância acerca de Deus, o Princípio divino, que produz aparente desarmonia, e compreendê-Lo corretamente restabelece a harmonia.” Ciência e Saúde, p. 390.

Nada na nossa vida pode comparar-se à importância de conhecer cada vez mais este Princípio, Deus. Deveríamos acalentar e seguir este conselho bíblico que consta do livro de Jó: “Reconcilia-te, pois, com ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem.”  Jó 22:21;

Até mesmo uma compreensão pequena começa a arrasar o medo e a dar-nos confiança para depender da bondade de Deus. Este mesmíssimo Princípio é também a Mente que tudo sabe, e em que não há nenhuma ignorância, nem opinião, nem crença. Podemos contar com a Mente para comunicar-se com qualquer pessoa e para atender a cada indivíduo de maneira ímpar, com espantosa precisão — e ternura. A quem sinceramente deseja, é possível demonstrar este Princípio divino e todo-poderoso na mais ínfima faceta ou nos acontecimentos mais importantes de seu viver diário.

A pergunta é: Queremos de fato demonstrar o Princípio, ou estamos mais interessados em obter meramente melhores condições materiais? Nossa resposta a esta pergunta é que faz toda a diferença. Se nossos esforços estão voltados para a obtenção de melhoramento material e não estamos realmente muito interessados em travar melhor conhecimento com o Princípio e em demonstrá-lo, então há um erro em nossa premissa. O Princípio é Espírito e dentro de sua infinidade não existe matéria a ser demonstrada. O Espírito não pode ser tecido na matéria nem fora da matéria, seu oposto, por mais intensamente que possamos desejar condições humanas melhoradas ou delas necessitar. Estritamente falando, o Espírito não pode ser usado para obter-se alguma coisa material ou para livrar-se de alguma coisa material. Nossos esforços mal-dirigidos visando a usar o Espírito, Deus, em benefício próprio, ou em busca de alguma coisa material, indicaria um erro, o que significaria uma resposta errada.

A Sra. Eddy faz, no Prefácio do livro Ciência e Saúde, uma declaração impressiva: “O Princípio divino da cura fica comprovado pela experiência pessoal de todos aqueles que sinceramente procuram a Verdade.” Ciência e Saúde, p. x; Falando a respeito de sua autoria, ela encerra assim as declarações introdutórias: “Imbuída do espírito da caridade de Cristo — como alguém que ‘tudo espera, tudo suporta’, e se alegra em levar consolo aos acabrunhados e cura aos doentes — ela entrega estas páginas aos que honestamente procuram a Verdade.” ibid., p. xii;

Significa isto que estamos fadados a ver frustrada a restauração da harmonia? Antes pelo contrário! O matemático que não obtém a resposta correta não se desespera, por certo, nem crê que a ciência dos números pretenda que ele não obtenha a resposta correta. Não. Em vez de deter-se no erro, ele volta à regra correta para fazer a correção necessária.

E assim, é preciso procurar o Princípio em si mesmo, e fazê-lo com maior sinceridade e profundidade. Esta procura mais profunda tem sua inevitável recompensa no encontro daquilo que estamos, de fato, procurando — a Vida perfeita, o Amor imparcial, a Verdade universal. Neste Princípio perfeito encontramos nosso próprio eu refletido — nosso eu espiritual e absolutamente perfeito. E vemo-nos curados ao reconhecermos mais do estado normal do homem, a semelhança de Deus.

Por outro lado, se nosso objetivo fundamental não passa da obtenção de uma cura em vez de procurarmos compreender o Princípio, isto pode interferir com a cura. A preocupação com a necessidade de uma cura física é admissão tácita de que algo esteja errado, de que algo seja imperfeito e material. Tal pensamento focaliza-se intensamente no que vê como um estado doentio, carente e infeliz do ser mortal. E isto está em oposição direta aos fatos espirituais, que são inflexivelmente mantidos pelo Princípio.

Fiquei quase surpresa quando me vi face a face com esta maneira imatura de considerar a cura. Durante quase dois anos, eu vinha sofrendo de hemorragias lentas, mas contínuas, e me havia acostumado a viver sob dor constante. Estando a sós durante este tempo, eu vivia aterrorizada. Diariamente, atirava-me à Bíblia e ao livro Ciência e Saúde em busca da cura. Não que eu estivesse desinteressada em obter melhor conhecimento de Deus, mas a necessidade de alívio era tão grande que eu não me dava conta de quanto o meu pensamento se ocupava com o problema.

Uma noite, sentei-me para reler Ciência e Saúde desde o início. As duas frases do Prefácio referentes aos que sincera e honestamente procuram a Verdade ressaltaram-se qual fachos de luz. Instantaneamente, fui inundada por um desejo genuíno de compreender melhor a Deus como Verdade, como Princípio divino, como Amor e Mente. Tendo decidido ler o livro do ponto de vista de um inquiridor novato, ponderei, até tarde da noite, todas as asserções com nova reverência. A cada frase, eu me perguntava: O que há nesta declaração que me pode dar uma compreensão melhor de Deus?

Quando comecei a ler, a dor era intensa e eu não conseguia sentirme aquecida. Mas, na medida em que continuava, comecei a sentir o calor a me envolver. Dentro em pouco, havia-me aquecido o corpo todo e sentia-me querida, não mais só. Por estar tão inteiramente envolta em nova inspiração e alegria, não sei quando a dor me deixou. Mas sei que fui para a cama naquela noite, curada. A hemorragia nunca mais voltou. E, embora o sentimento de pesar de que eu vinha sofrendo não tivesse sido curado naquela noite, dissipou-se num período de tempo relativamente curto, enquanto eu persistia em minha aventura espiritual contínua.

Um título marginal: “A matemática espiritual” acha-se colocado ao lado do texto em que a Sra. Eddy indaga: “Quem se colocaria diante de um quadro negro e rogaria ao princípio da matemática que lhe resolvesse o problema?” Ela continua: “A regra já está estabelecida e é nossa tarefa achar a solução. Devemos pedir ao Princípio divino de toda bondade que faça Seu próprio trabalho? Seu trabalho está feito e só precisamos utilizar a regra de Deus a fim de receber a Sua bênção, a qual nos permite elaborar a nossa própria salvação.” ibid., p. 3.

O livro revolucionário e transformador, Ciência e Saúde, ilumina as Escrituras e permite-nos perceber como e por que os profetas e os apóstolos realizaram suas obras maravilhosas. Vemos que essas obras não eram milagrosas, mas o resultado perfeitamente natural da compreensão que eles tinham de Deus. Mediante esse livro, entendemos as obras de Cristo Jesus. Página após página, o livro abre os nossos olhos para vermos como podemos, e precisamos, seguir no caminho que Jesus indicou aos seus discípulos de outrora e aos dos dias atuais.

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