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A oração vence a fadiga

Da edição de fevereiro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Que é que faz as pessoas se cansarem? Por que uma tarefa fatiga mais do que outra, e por que as pessoas se sentem exaustas sem causa aparente?

Há médicos que pesquisam essas perguntas hoje em dia. O lamento tão generalizado de fadiga abrange todas as linhas de idade, sexo e ocupação. Pesquisas mostram que raramente o esforço físico excessivo é a causa da exaustão. Revelam também que conflitos emocionais, depressão e ansiedade ponteiam de longe as causas mais freqüentes da fadiga prolongada. Ver The New York Times, 23 de janeiro de 1980;

Colocar a fadiga no reino mental ou não-físico talvez seja o primeiro passo para atacar esse problema. Mas é apenas o início da luta para superar essa dificuldade tão alastrada, que é o cansaço inexplicável ou crônico.

A Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), Mary Baker Eddy, levanta estas perguntas: “Dizes: ‘O trabalho me cansa.’ Mas, que vem a ser este me? É músculo ou mente? Qual dos dois está cansado e assim fala? Sem a mente, poderiam os músculos estar cansados? São porventura os músculos que falam, ou és tu que falas por eles?” E dá a resposta: “A matéria não é inteligente. É a mente mortal que faz uso da linguagem falsa, e aquilo que fala em cansaço, é o que produziu esse cansaço.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, pp. 217–218; O que a Sra. Eddy denomina “mente mortal” é a força mental errônea que parece dirigir toda ação do corpo. Ela afirma proverbialmente: “A mente mortal e o corpo são uma só coisa.” ibid., p. 177;

Para lidar-se cientificamente com a mente mortal e assim vencer a fadiga, precisamos expor a natureza dessa falsificação desprovida do poder da inteligência real. A mente mortal é uma inversão da Mente divina, que é Deus. A Mente divina é infinita; a mente mortal é finita. A Mente divina não se cansa; a mente mortal, a certa altura, sempre vacila e falha. A Mente divina é oniativa; a mente mortal começa e pára. Em suma, a Mente divina significa energia e poder reais, enquanto que mente mortal é sinônimo de falta de poder.

Mesmo um vislumbre desses fatos espirituais nos ajuda a revitalizar energias lassas. Como explica o livro Ciência e Saúde: “O remédio científico e permanente contra a fadiga é conhecer o poder da Mente sobre o corpo ou sobre qualquer ilusão de cansaço físico, e destruir assim essa ilusão, porquanto a matéria não pode ficar cansada e oprimida.” ibid., p. 217;

Em vez de nos concentrarmos em quanto trabalho foi realizado e, então, concluir que temos o direito de nos sentir cansados, podemos conscientizar-nos de que o homem, por ser a própria expressão do poder da Mente, tem reservas de força ilimitadas. Em vez de nos cansarmos com preocupações a respeito de alguma tarefa esmagadora que tem de ser feita num período de tempo limitado, podemos romper as barreiras do tempo e da capacidade, delineadas pela crença humana, sustentados pela verdade de que a atmosfera da Mente é de capacidade infinita. Em vez de nos esgotarmos com ansiedade e tensão emocional enervante, podemos cultivar o conforto, a paz e a tranqüilidade, na medida em que nos damos conta de sermos em verdade manifestações da Alma que propicia descanso.

Talvez se nos imponham miríades de exigências ao nosso tempo, nossa energia, nossa capacidade e nossas emoções, mas essas exigências são atendidas com graça quando reconhecemos que somos controlados e ativados pela suficiência absoluta da Alma, Deus. Embora pareçamos viver num mundo caótico, cheio de tensão (para o qual só olhar nos pode roubar as energias), devemos reconhecer que aí mesmo onde parecem estar a fraqueza, o cansaço e a ansiedade está o Espírito Todo-poderoso a irradiar incessantemente o seu suave poder por sobre o homem e o universo.

A atividade do homem demonstra a natureza de Deus. É possível até mesmo dizer que “homem” é, em realidade, um termo que designa a atividade de Deus, a Vida. Nossa verdadeira natureza, portanto, é trabalhar e mover-nos com eficiência, paz e alegria. Como diz a Bíblia: “Os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Isaías 40:31;

Nesta época tão preocupada com a questão da energia, convém lembrar que crises de energia pessoal não são fenômenos modernos. Moisés cansou-se da pobreza de visão e da falta de determinação dos filhos de Israel. Elias, fugindo da ira de Jezabel e sentindo-se sozinho em seus esforços para despertar o povo da letargia do materialismo, sentou-se, certa vez, sob um zimbro e disse: “Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma.” 1 Reis 19:4; Sua dedicação infatigável parecia estar esvaindo-se. Mesmo Cristo Jesus angustiou-se profundamente quando de sua provação no Jardim de Getsêmani. Sem o apoio de seus discípulos mais chegados, que dormiam, ele ansiava por livrar-se do ordálio que o aguardava. Nessas horas de crise de energia individual, para onde se voltavam esses gigantes espirituais? Sempre ao Deus Todo-poderoso. Devem ter reconhecido a insuficiência crassa da mente humana para sustentar-lhes a missão. Caso tivessem se apoiado na força de vontade ou na coragem humana para levá-los a completar a missão, certamente teriam falhado. A humildade e a obediência a Deus triunfaram sobre os desejos temporários de serem libertos das exigências incríveis que lhes eram feitas e isso revitalizou esses homens dedicados. Revigorados por Deus, renovados pela oração, puseram abaixo as barreiras da fadiga e do desespero e triunfaram.

A oração nos coloca em harmonia com a Mente real — a única força verdadeiramente revitalizadora. A dieta, o exercício e o descanso são geralmente considerados necessários para a manutenção da força e do vigor. Embora haja sabedoria na dieta apropriada e no equilíbrio entre a atividade e o descanso, a atenção excessiva aos meios materiais para manter o vigor tende a escravizar. O pensamento que presume serem a vida e a identidade primariamente materiais está bem mais sobrecarregado das limitações inerentes ao que é físico. A consciência que reconhece o poder da Mente eleva-nos acima da fragilidade da matéria. Em vez de confiar nalguma capacidade inerente no alimento, nos estimulantes ou no dormir para nos restabelecermos, podemos aprender a recarregar nossa experiência com a energia pura do Espírito. Então, pouco a pouco, transcenderemos o processo e o mecanismo.

Afastarmo-nos da matéria e das teorias materiais acerca da saúde é o primeiro passo na oração revigorante. Precisamos também reconhecer que o homem está em união com a Vida, Deus, de quem jamais pode ser separado. Precisamos perceber que, na verdade, estamos vivendo agora a única Vida que há e que a Vida nos está suprindo de todos os constituintes do ser. De fato, o Espírito constitui o nosso próprio ser. O estímulo do Espírito é contínuo. Orar continuamente com o reconhecimento desses fatos fundamentais, e, portanto, excluir a matéria e suas teorias de saúde, amplia-nos as capacidades e aumenta-nos a resistência. E dessa liberdade surge o domínio.

Nenhuma influência decadente do materialismo pode iludir a pessoa espiritualmente alerta e fazê-la aquiescer com as crenças populares chamadas fadiga crônica, síndrome de dona de casa cansada, pressão dos negócios, etc. A regeneração brota do reconhecimento de nossa união com a onipotência. Demonstramos energia em ação produtiva na proporção em que compreendemos não estarmos separados do poder do Princípio divino, o Amor. Como no-lo assegura a Sra. Eddy: “Saber que podemos realizar o bem ao qual aspiramos, estimula o organismo a agir na direção que a Mente aponta.” Ciência e Saúde, p. 394.

Nosso universo — nossa esfera de atividade — quando visto através das lentes do Amor infinito, torna-se um reino de genuína aventura e de oportunidades contínuas. Nossa disposição de participar dessa aventura divina prover-nos-á de todo incentivo e de toda vitalidade e suster-nos-á a verve necessária para realizar nossa finalidade ímpar.

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