Embora sendo estudante de Ciência Cristã, em certa época eu estava me deixando vencer pela comiseração própria. Acreditava que certos amigos estavam ficando completamente afastados de mim sob a influência de terceiros. Envolvida por essas sugestões errôneas, esquecia-me de que um eu mortal orientado para a matéria não constitui o verdadeiro eu, que é espiritual.
Quando cada vez mais me fui abismando dentro dos pontos de vista do erro, comecei a sentir perturbações físicas. Havia-me deixado amarrar pela crença mortal, em lugar de deixar a lei de Deus desmascarar e destruir tal imposição, e assim me libertar. Assediada um dia por dores intensas nas costas, fui levada para o pronto-socorro de um hospital. O diagnóstico médico foi edema pulmonar causado por insuficiência cardíaca. Completamente inerte, entreguei-me aos tratamentos médicos e a variados exames, e assim passei uma semana no hospital.
Entretanto, eu sabia que tinha a responsabilidade de corresponder a todo o amor que me estava sendo expressado, dando também amor e identificando-me corretamente como filha perfeita de Deus — isenta de doença.
Uma manhã, quando já estava de volta em casa, decidi recusar os cuidados médicos e me entregar inteiramente ao tratamento pela Ciência Cristã. Pedi que telefonassem a uma praticista da Ciência Cristã, comunicando que eu tinha abandonado todo tratamento médico e que daí em diante só confiaria nos meios espirituais para minha cura. Auxiliada pela oração da praticista, humildemente desafiei os conceitos errôneos que havia cultivado e enfrentei-os com verdades específicas. Inúmeras vezes recordava-me desta passagem de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy (p. 200): “A Vida é, sempre foi, e sempre será, independente da matéria; pois a Vida é Deus, e o homem é a idéia de Deus, formado não material, mas espiritualmente, e não sujeito à decomposição e ao pó.” A Sra. Eddy também nos adverte (ibid., p. 463): “Uma idéia espiritual não contém um só elemento do erro, e essa verdade remove convenientemente tudo quanto é nocivo.” Também temos a certeza de que, como afirmam as Escrituras, “nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28). Dei maior valor à natureza imutável, espiritual, da verdadeira substância, e percebi que ela formava minha identidade real como semelhança de Deus.
Familiares insistiram em que eu deveria consultar um médico ou continuar a tomar remédios, mas recusei-me. Embora houvesse emagrecido muito e estivesse muito pálida, eu estava certa de que minha perfeição como filha de Deus iria ficar comprovada. E ficou. O amor com que me cercavam os demais companheiros Cientistas Cristãos e o trabalho específico da praticista culminaram em minha cura total. Fiquei maravilhosamente restabelecida, certa de que o Amor divino governa o homem.
São Paulo, SP, Brasil
