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Bem algum se perde

Da edição de fevereiro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem quer que ouça um programa de rádio em que o ouvinte fala por telefone com o locutor enquanto o programa está no ar, logo constata existirem muitas pessoas que vivem quer a sós quer num círculo familiar e que não se sentem realizadas. Uma compreensão da Ciência Cristã elimina a sensação de estarmos incompletos e traz de volta à vida a alegria e o propósito.

Nesta Ciência aprendemos que a identidade de cada um é, na realidade, e expressão de Deus, a Mente divina. Aprendemos a transferir nossa confiança em bens materiais, afeto pessoal e circunstâncias, ao terno governo do Amor divino. Como reflexos do Amor infinito encontramos em Deus a nossa própria inteireza.

Implica essa atitude em abandonar aquilo que é bom e rejeitar aqueles que amamos? Ao contrário, quando trocamos a fé naquilo que é humano pela compreensão do divino, constatamos que não se perde nenhuma forma permanente de bem. Por quê? Porque a matéria apresenta apenas um conceito limitado da verdadeira substância do bem; e a personalidade, por sua vez, representa uma ilusão efêmera da identidade eterna do homem. De acordo com o segundo capítulo do Gênesis, tanto a matéria como a personalidade estão associadas ao sonho que se apossou de Adão. Mais cedo ou mais tarde os sonhos se acabam. A realidade espiritual, porém, permanece para sempre intacta. A Sra. Eddy explica: “Quando nos compenetrarmos de que a Vida é Espírito e nunca está na matéria nem é de matéria, essa compreensão se expandirá até a sua autocompletação, achando tudo em Deus, o bem, sem necessitar de nenhuma outra consciência.” Ciência e Saúde, p. 264; O título marginal que acompanha esse trecho é: “Autocompletação.”

Ainda que os extremosos laços familiares contribuam grandemente para a felicidade e o conforto, isso, por si só, não torna completo o indivíduo. Se o tornasse, então a partida de um membro da família deixaria os demais incompletos. Sem depender do relacionamento humano, a autocompletação está diretamente ligada a qualidades espirituais refletidas, ou seja, à consciência individual da unidade inseparável que há entre o homem e Deus, o Amor divino. Isso significa que nada nos pode separar das qualidades divinas que outrem expressa. Essas qualidades permanecem conosco para sempre. Aceitar esse fato eleva-nos acima do pesar quando a pessoa com quem associamos tais qualidades já não se encontra junto a nós.

A autocompletação não é definida por sexo ou gênero. As qualidades masculinas e femininas não estão restritas, de modo tragicômico, a uma disputa entre homem e mulher, mas procedem de um infinito Pai-Mãe Deus e são Sua expressão. Reconhecer que o homem é o reflexo completo de seu Criador faz com que tais qualidades se expressem individualmente.

Hoje em dia muito tem sido dito e escrito a respeito de como podemos tornar-nos um ser “completo”. Os remédios, porém, que prometem a realização mediante a satisfação sensual conduzem invariavelmente à insatisfação. Claro é que o anseio por algo mais não proporciona a cura para a sensação de nos sentirmos incompletos. Somente à medida que encontramos tudo em Deus, o bem, podemos alcançar a estabilidade da inteireza individual, que ao mesmo tempo fortalecerá amizades genuínas e nosso relacionamento no lar e na comunidade.

A compreensão de que “a Vida é Espírito e nunca está na matéria nem é de matéria” proporciona-nos nova perspectiva do ser como imagem espiritual, ao invés de como personalidade física. Nosso temor a um mal iminente diminui. A fascinação sensual transforma-se numa transparência cada vez menos atraente à medida que nossa verdadeira e impecável inteireza é melhor compreendida. Em nossa busca pelo único fundamento, a verdadeira base — a Mente divina e sua manifestação infinita — o conceito dual de um ego que vive num mundo bom e mau se desfaz.

Encontrar tudo em Deus significa encontrar saúde, abundância, atividade, companheirismo e alegria. Nenhum bem está excluído. A inteireza não depende de um fator pelo qual ansiamos. Onde quer que pareça manifestar-se a carência, pode ser asseverada com firmeza esta inerente lei da criação: o homem a exercer domínio. Cada necessidade indica a idéia divina já à mão para supri-la.

Sem levar em conta se o estado incompleto parece relacionar-se com um indivíduo, uma igreja filial ou uma nação, a verdade que reconhecemos acerca da expressão de Deus que a tudo envolve, elimina qualquer crença em desequilíbrio, insuficiência, inferioridade, desigualdade. Cada idéia no universo espiritual de Deus é completa em si mesma e expressa o propósito do Princípio que a sustém. Se nosso propósito parece frustrado, nossa vida ameaçada, precisamos apenas nos volver ao Princípio de onde toda realidade emana e reivindicar progresso espiritual.

O propósito de encontrar tudo no bem não nos pode conduzir a uma atitude egoísta e indiferente com relação a outros. A autocompletação não pode estar isolada, afastada; reflete, isto sim, o bem divino que a tudo inclui e está universalmente disponível. A Ciência Cristã revela que o despontar da Mente divina é a única vida verdadeira e consciente do homem. Reconhecer o reino que está dentro em nós traz o céu para nossa terra.

Quando Cristo Jesus se defrontou com um homem que, em busca de cura, fitava as águas do tanque de Betesda, perguntou-lhe: “Queres ser curado?” João 5:6; A resposta imediata e afirmativa a essa pergunta assegura libertação dos clamores do erro. A inteireza exige que encontremos todo poder na Mente divina. Ir em busca dessa meta significa seguir o Cristo. Essa vereda de progresso revela o homem como idéia do Amor divino, completo em Deus. Compreendemos essa inteireza à medida que relacionamos nossa experiência humana à inteireza do que é divino. Se assim procedermos constataremos tornar-se nossa existência cada vez mais completa em todos os aspectos, assegurando, dessa forma, confiança e progresso ao cenário humano. A Sra. Eddy diz: “O homem é o reflexo de Deus e não necessita de aprimoramento, mas é sempre belo e completo.” Ciência e Saúde, p. 527;

Se, no entanto, nos sentimos isolados, malquistos, solitários, incompletos, qual é o remédio sanador? Permanecermos na carência, ou volvermo-nos a Deus reconhecendo que somos Seu reflexo?

Essa autocompletação, que tudo possui e na qual nada falta, pode ser atestada na vida de cada um agora mesmo, não importam as dificuldades que tentem argumentar em contrário. Jesus disse a seus seguidores: “Eu e o Pai somos um.” João 10:30. Aceitemos nossa inteireza como reflexos sempre belos do Amor e encontremos tudo no bem. O reconhecimento de que nossa verdadeira identidade é inseparável de Deus demonstra a autocompletação onde quer que nos encontremos, agora mesmo.

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