Desemprego, divórcio e falta de orientação, aposentadoria magra ... você não tem de aceitar tais condições como tristes fatos da vida.
Se nos sentimos indesejados, desnecessários, sem razão de existir, então temos uma necessidade básica: encarar a nós e a nosso lugar de maneira espiritual e científica, em vez de apenas de maneira pessoal falsa e mortal. Tendo identificado essa necessidade central, podemos atendê-la mediante o estudo dos livros de texto da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) e, realmente, pensar a respeito dos fatos espirituais que neles se encontram. Não é preciso haver demora em verificarmos que nos estamos encaixando melhor no esquema das coisas. Porque Deus é Amor e é realmente o autor do homem, não há quem leia esses livros e que não possa alcançar um sentido mais elevado do ser e de sua finalidade.
Ora, o homem é absolutamente essencial à Divindade, porque o efeito é absolutamente essencial à causa. Deus e homem coexistem como criador eterno e criação eterna. A única coisa dispensável é o sentimento de sermos desnecessários! Esse sentimento não é válido, porque procede de um sentido mortal de homem. Podemos pôr de lado esse conceito errôneo a nosso respeito, que é a causa da infelicidade e do sofrimento. Partindo do ponto de vista científico, podemos descartar, pouco a pouco, a crença e a aparência de que o homem seja mortal, solitário, de que viva num globo material giratório, num espaço de tempo que vai do nascimento à morte.
Porque Deus é a única causa e é o bem imutável, de Sua criação não fazem parte seres de segunda classe, enjeitados, nem mortais cujas oportunidades se exauriram. “O homem é o máximo da criação, e Deus não está sem ter uma testemunha sempre presente que dê testemunho dEle” Não e Sim, p. 17;, diz-nos Mary Baker Eddy. Como Deus nunca prescinde de Sua expressão, pois a Mente necessita sempre de uma idéia para ser Mente, Deus nunca prescinde de você. Essa é uma verdade que pode ser provada. É verdade, quer estejamos classificados humanamente como homem quer como mulher, como branco ou preto, jovem ou velho.
A perda de autoconfiança pode ser transformada em valor espiritual, substituindo-a pela confiança no reflexo de Deus, e isso decorre de se ter primariamente confiança em Deus. Precisamos elevar o objeto de nossa confiança, substituir a autoconfiança mortal pela confiança em Deus e no Seu homem real. Derrotamos a desmoralização descobrindo e vivendo nosso eu real.
Aceitar que o homem não é um ser mortal não significa retirarmo-nos da vida e cairmos num vácuo. Não significa retrairmo-nos do contato com outras pessoas. Antes pelo contrário. Essa aceitação enriquece e nutre nossa vida em todos os seus aspectos, porque estamos vivendo numa base autêntica.
Uma a uma podemos abandonar as nossas concepções erradas a respeito da vida. Na medida em que cessamos de procurar finalidade e satisfação fora de nós, em rostos familiares ou lugares conhecidos, passamos a viver com maior domínio. Mudanças de local ou de rostos não podem roubar-nos de nosso contentamento interior. A satisfação vem de se saber que todas as idéias são essenciais à plena expressão do Próprio Deus. Se Deus não fosse plenamente expressado, Ele seria um Deus finito, termos que são contraditórios. Não existe ninguém que não seja necessário a Deus. Você pode aplicar esse fato espiritual a si mesmo. O homem, isto é, você, em sua única identidade, é tão necessário a Deus para que Ele seja Deus, como a cor é necessária para que um arco-íris seja um arco-íris.
Devemos enfrentar toda crença de que não somos queridos nem necessários e de que ninguém se importa conosco. Tais conclusões são extraídas de um falso sentido de Deus e do homem, e você pode corrigilas. A única coisa indesejável e desnecessária é o sentido mortal do homem, isto é, de nós mesmos. O que não é desejado nem necessário é a crença de que não existe Deus, ou de que Deus não se importa com o homem ou não está consciente do homem. A Sra. Eddy assegura-nos: “O ‘ouvido divino’ não é um nervo auditivo. É a Mente que tudo ouve e tudo sabe, e que sempre conhece todas as necessidades do homem e as satisfaz.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 7;
Cristo Jesus manteve o verdadeiro sentido de homem e, aplicando-o às dores da humanidade, ele as curou. Ele mesmo levou a vida mais rica e mais plena de todos os tempos. A certeza que tinha de sua própria identidade e do seu próprio valor, sua imutável convicção da imortalidade do homem, levaram-no à ressurreição e à ascensão. Ele sabia que o homem é amado, querido e necessário a Deus. Ele expressou esta verdade vívida e comovedoramente em sua aplicação à humanidade: “Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto nenhum deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça todos estão contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais.” Lucas 12:6, 7;
Se nos sentimos deslocados na vida, ou pensamos que nunca tivemos um lugar útil, podemos desafiar essas inverdades como sendo crenças mortais. Podemos substituí-las pela verdade espiritual. E a verdade é que a vida, vida que é a expressão da Vida divina, é ordenada por Deus. Não há colocação errada na Vida nem dela podemos ser deslocados. Como homem criado por Deus temos sempre lugar e finalidade. Não existe efeito sem causa, nem causa sem efeito. Nossa finalidade é ser o efeito da causa divina. Pertencemos a Deus e somos testemunhas da bondade imutável de Deus. Essa é a base espiritual a partir da qual podemos demonstrar um profundo sentido de finalidade. “A Mente imortal é Deus, o bem imortal; em quem as Escrituras dizem que ‘nele vivemos, e nos movemos e existimos’,” informa-nos a Sra. Eddy. “Essa Mente, não está, pois, sujeita a crescimento, mudança ou declínio, mas é a inteligência divina, ou o Princípio, de todo ser real; mantendo o homem para sempre no ciclo rítmico da felicidade que se desdobra, como testemunha viva e idéia perpétua do bem inexaurível.” Miscellaneous Writings, pp. 82–83. Esse testemunhar dinâmico do bem é sua função e finalidade agora. Sempre. Por toda a eternidade.
