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É a Verdade que cura e não a influência pessoal

Da edição de fevereiro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem ama a Ciência Cristã almeja praticar a verdadeira cura, a cura espiritual. E isso é possível porque o Cristo, a idéia de Deus sempre presente, está conosco, mostrando-nos o método científico da cura-pelo-Cristo.

A oração de um Cientista Cristão, às vezes, não é eficaz porque se apóia num nível pessoal, limitado e humano. Quem dá o tratamento talvez se considere uma pessoa bastante boa que está tratando metafisicamente de outrem que precisa se tornar uma pessoa melhor.

Contudo, a Sra. Eddy, que compreendia como Jesus curava as pessoas, ensinou que a verdadeira cura não se realiza mediante a mente humana, nem se origina da bondade pessoal.

Em certa ocasião, ao expor como se realiza a cura mediante tratamento pela Ciência Cristã, nossa Líder explicou como é que ela não se realiza: “Não se trata da ação de uma mente sobre outra mente; nem da transferência de imagens humanas de pensamento a outras mentes; não está apoiada pela evidência dos sentidos pessoais — a Ciência contradiz essa evidência; não é da carne, mas do Espírito. É o advento do Cristo que veio para destruir o poder da carne; é a Verdade que triunfa sobre o erro; a compreensão disto permite ao homem elevar-se acima do testemunho dos sentidos, apropriar-se das energias eternas da Verdade e destruir a discórdia mortal com a harmonia imortal — as sublimes verdades do ser.” Miscellaneous Writings, pp. 96–97;

O poder do Cristo, a Verdade, vem ao praticista, ao sanador, quando, ao invés de procurar transmitir a outro indivíduo bons pensamentos acerca da Verdade, ele reconhece ser a Mente divina, ou a Vida, Deus, a substância da verdadeira identidade do paciente. O Cientista Cristão cura espiritualmente ao reconhecer o Espírito, ou Deus, como Tudo-em-tudo. O trabalho em oração é eficaz na proporção em que se eleva acima da evidência da matéria e do modo de pensar mortal e alcança a compreensão espiritual, em que se percebe que o paciente já está, e sempre esteve, em saúde perfeita e em harmonia como idéia de Deus.

Contudo, a cura-pelo-Cristo requer que o praticista se esforce para ser governado pelo aspecto crístico, ou a bondade pura, que Jesus expressou tão eficazmente. O estudo das Bem-aventuranças, as quais Jesus deu no Sermão do Monte (ver Mateus 5:1–12), revela que cada uma delas se refere a um aspecto da bondade: mansidão, misericórdia, pureza, pacificação; o pensar arrependido dos que choram, a receptividade dos humildes de espírito. A bondade é a transparência por meio da qual o poder de Deus opera. Ou, mais sucintamente, a bondade alinha os pensamentos do praticista com os elementos sagrados da Mente divina, que é o verdadeiro sanador.

Este ideal do Cristo, que o praticista ora por expressar, é terno, compassivo, moralmente corajoso, paciente e não condena. Quando alguém pratica em prol de outros a cura pela Ciência Cristã, essa pessoa precisa ser boa no sentido de ser justa, bondosa e pura, uma vez que Deus, o bem divino, é o sanador.

Os praticistas são tentados, às vezes, a pensar em si mesmos como em pequeninos deuses. Poderão, talvez inconscientemente, pensar que por terem orado tanto, sua opinião com referência ao curso de ação de um paciente seja a única. A verdadeira cura, porém, ocorre quando Deus revela a resposta ao paciente. No caso de relações humanas ou de problemas de negócios, a solução correta para o paciente pode ser bem diversa daquela que o praticista prefere. Mas se o praticista é leal em reconhecer o fato de que o paciente é, na realidade, a idéia de Deus, que é completamente obediente à Verdade, Deus, e por ela está governado, esse praticista não vai querer ditar ou questionar as decisões de seu paciente.

Praticistas não estão dotados de sabedoria especial que lhes permita dizer às pessoas se devem ou não casar ou se divorciar, qual a decisão a tomar em seus negócios e onde e quando encaminhar o pedido para fazer o Curso Primário de Ciência Cristã. Contudo, estão aprendendo uma sabedoria mais elevada, aprendendo que Deus é a única Mente do homem, que só a Mente divina orienta os seus filhos. Os praticistas confiam em que seu reconhecimento espiritual desse fato venha a ajudar outros a encontrarem o caminho, de acordo com a direção infalível da Mente.

Cristo Jesus foi cuidadoso em não se deixar envolver por um sentimento pessoal de bondade que dá conselhos humanos a outros. “Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança” foi o que lhe rogou certo homem, esperando que Jesus viesse em seu auxílio. A sublimidade crística de Jesus, porém, lhe conferiu a sabedoria de recusar-se a dar conselho pessoal, bem como forneceu-lhe a percepção espiritual que aos outros alça a um reino mais elevado do bem. “Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?“ mostra que o Mestre recusou-se a servir de árbitro; e, então, acrescentou: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” Lucas 12:13–15; O Mestre exemplificou a meta do praticista: elevar o pensamento do paciente à verdade do ser. Nesse nível, a afluência e a justiça serão vistas como qualidades espirituais do pensamento, que são riquezas eternas, e a verdadeira solução para as necessidades humanas.

Enquanto alguém se considerar sanador pessoal, sentirá grande peso de responsabilidade pelo bem-estar de seus pacientes. Sob o disfarce de benevolência, a falsa responsabilidade pretenderia manter o poder sanador da Verdade num nível limitado e assim interferir na sua eficácia. A Sra. Eddy diz-nos em Ciência e Saúde: “A Ciência Cristã é a lei da Verdade, que cura os doentes tendo por base a Mente única, ou seja, Deus. Não pode curar de nenhum outro modo, porquanto a assim chamada mente mortal humana não é um agente da cura, mas é a causa da crença na moléstia.” Ciência e Saúde, p. 482;

A cura decorre da atividade do Cristo, a Verdade, na consciência humana. Uma vez que a relação desarmoniosa, a doença física, ou o pecado, são erros de pensamento, nada mais do que crenças de que Deus não esteja presente, a presença da própria Verdade na consciência pode destruir essas crenças. Quando nos atemos à verdade de Deus e o homem, essa verdade torna-se a própria substância e atividade da consciência. A Verdade dissipa o erro porque desaloja o erro mediante a manifestação de Deus.

Enquanto praticista e paciente mantenham inabalavelmente a verdadeira identidade do homem existente na Mente, identidade essa incapaz de pecar e de adoecer, o Cristo revelará ao paciente, à maneira divina, o fato espiritual que cura e corrige sua crença na discórdia material. Quando contemplamos as demonstrações do poder sanador crístico de Jesus, vemos que ele não assumia responsabilidade pessoal pela cura. Disse: “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que permanece em mim, faz as suas obras.” João 14:10;

A espiritualidade eleva os que estão precisando de cura a um nível de percepção mais clara do reino de Deus, a consciência da saúde, da felicidade e da harmonia perfeitas, onde o homem já está estabelecido na liberdade do Amor divino. A espiritualidade é também proteção e ajuda para o praticista que assim o mantém fora do reino dos enganos, do sentido pessoal, da crítica, dos conselhos humanos, do diagnóstico médico: coloca o seu tratamento apenas na base única da Mente divina. A espiritualidade lhe dá poder e graça e o eleva com a verdade do ser que ele nutre em prol de outros.

A Sra. Eddy, certa feita, escreveu a um aluno: “A cura virá mais fácil e mais rapidamente quando você estiver consciente de que Deus, o bem, é tudo, e de que o bem é Amor. Você precisa ganhar o Amor e perder o falso sentido chamado amor. Você precisa sentir o Amor que nunca falha... aquele perfeito sentido do poder divino que torna a cura uma graça e não um poder. Então você terá o Amor que expulsa o medo e, quando o medo desaparece, a dúvida desaparece e seu trabalho está feito. Por quê? porque nunca deixou de estar feito.” We Knew Mary Baker Eddy (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1979), pp. 90–91.

Precisamos orar para que nosso trabalho de cura se eleve ao reino da verdadeira cura espiritual, onde o Cristo facilmente apóia o nosso trabalho e onde nossos pacientes sentem em si a presença real de Deus.

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