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Faminto? — de quê?

Da edição de fevereiro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


“Somos aquilo que comemos” é uma frase que circula nos tempos atuais. Ela parece um tanto banal quando consideramos a fome e a desnutrição existentes no mundo e o número de pessoas que definham de fome e que, a seguir-se essa linha de pensamento, não teriam praticamente identidade alguma. Talvez se pudesse reformular tal afirmativa, com a observação de que estamos sempre engolindo algo e de que aquilo que ingerimos torna-se o que somos. Mas quando ela é traduzida do ponto de vista físico para o metafísico, reconhecemos que o que somos como seres humanos depende em grande parte da nutrição espiritual que ingerimos. Então podemos concluir que o mundo sofre mais de desnutrição espiritual do que física e que talvez haja uma conexão entre essas duas.

Um mortal espiritualmente faminto não é nem sequer um fac-símile razoável do homem. O homem — a imagem de Deus — nunca está separado do Amor que provê nutrição. Nunca está em estado de carência. Está sempre saciado e realizado, pois sua substância é o reflexo de tudo o que Deus é. A Sra. Eddy anima os membros de sua igreja a pensarem e agirem desde a base de estarem sempre em união com todo o bem: “Assim possa cada membro desta igreja elevar-se acima da pergunta tantas vezes repetida: Quem sou eu? para a resposta científica: Sou capaz de transmitir verdade, saúde e felicidade, e essa é a minha rocha de salvação e a razão de minha existência.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 165;

Para ser capaz de manter a aptidão científica de transmitir, o ser humano precisa estar nutrido espiritualmente. Poucos são os que se rebelam contra a necessidade de tomar duas ou três refeições por dia, e muitos concordam com a importância de se começar o dia comendo. Quão diferente seria o mundo, se igual atenção fosse dada ao reabastecimento espiritual. A qualidade de nossa vida e do que transmitíssemos uns aos outros seria enaltecida milhares de vezes.

Cristo Jesus elevou, de uma base física para uma espiritual, a nossa compreensão de que Deus nos nutre com alimento divino, quando instou seus seguidores a considerarem que o pão dos céus não se achava restrito ao maná com que os filhos de Israel se alimentaram no deserto. “Porque o pão de Deus”, explicou ele, “é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida.” João 6:33–35;

Reconhecer que o Cristo é o próprio pão da vida e participar, freqüente e liberalmente, desse alimento torna-se o remédio para a desnutrição espiritual. Se nos alimentamos espiritualmente, enfrentamos a fome humana, quer seja fome de alimento físico ou de sustento emocional e mental. Tal alimento espiritual sacia também aquela fome básica de justiça — de ser bom e de fazer o bem — que é intrínseca ao espírito humano.

Uma das evidências do cuidado de Deus por Seus filhos é a de que Ele nos pastoreia. Jeremias, numa de suas expressões “diz o Senhor”, di-lo da seguinte maneira: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência.” Jeremias 3:15.

Fonte incomparável de nutrição espiritual no mundo de hoje é a Bíblia. Contém ela a progressão cada vez mais clara do Cristo a revelar a natureza da realidade. E o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, focaliza o significado espiritual da Bíblia. Juntos, esses dois livros constituem o pastor de todos os cultos nas igrejas da Ciência Cristã. Oferecem-nos um suprimento ilimitado de conhecimento e compreensão de Deus. Levam-nos sempre para onde receberemos o puro alimento espiritual do Cristo.

Então, reconhecemos que o verdadeiro ser do homem é, de fato, completo e sadio; que não necessita de alimento exterior. Quanto mais claramente reconhecermos a natureza crística do verdadeiro homem, tanto mais estaremos imunes à servidão aos falsos deuses deste mundo.

A nutrição é um desses deuses cuja adoração está aumentando progressivamente. Apenas vilipendiar essa adoração, lamentando-lhe a inutilidade e, até mesmo, as qualidades danosas das muitas excentricidades e a crassa desonestidade de muitas das pesquisas feitas por encomenda pelas indústrias, não nos coloca em posição de sermos abençoados. Podemos deixar que essa preocupação excessiva com a nutrição física aponte para o valor da nutrição espiritual.

Necessitamos, realmente, atacar o problema da desnutrição espiritual com dedicação ainda maior do que a que nos pede a resolução do problema físico. E precisamos atendê-lo nos mesmos níveis específicos e amplos: em nossa própria mesa de jantar mental e em nossas orações pelo mundo.

Uma sociedade espiritualmente nutrida, mais imune a temores e luxúrias, encontrará soluções para alimentar o mundo e para satisfazer a todos os tipos de fome. Boa nutrição espiritual consegue realizar o que a nutrição física freqüentemente alega fazer: cura e previne a doença.

Estar ciente de que o que faremos na próxima hora pode fazer diferença em nossa própria saúde e em nosso bem-estar e no do mundo constitui um desafio e uma promessa. Pode significar uma hora de refrigério espiritual.

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