Logo no início do meu estudo de Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) aprendi a sabedoria de não me deixar impressionar por aflitivas condições materiais. Criando três filhos, descobri que as curas vinham rapidamente quando eu me recusava a focalizar a atenção nas feridas, nas contusões ou nos outros problemas e declarava a verdade a respeito da identidade do homem espiritual.
Uma das minhas filhas prendeu o dedo na porta de um carro. Foi preciso abrir a porta para soltar o dedo. Carreguei a menina até em casa e em nenhum momento olhamos para o dedo. Orei, declarando sua identidade espiritual, livre de desastres e intocada pela matéria. Ela acalmou-se rapidamente. Lembro-me muito claramente de que dois dos pontos que contribuíram para a cura foram que nós havíamos dado uma volta para ser gentis com uma vizinha, e eu sabia que a menina não podia sofrer por ter sido gentil; e, também, a deliberada obediência dela em não olhar para o dedo. Cerca da meia-noite, quando fui ao quarto das crianças para cobri-las mais uma vez, meu olhar pousou no dedo. Não havia mais nada de machucado, somente uma leve marca vermelha, que pela manhã havia desaparecido.
Em outra ocasião, minha vizinha da frente telefonou agitada e pediu-me que chamasse os bombeiros. Disse que sua cozinha (separada da casa) estava pegando fogo. Depois de chamá-los, em vez de ir para a janela ver o estrago que o fogo estava fazendo, fiquei parada e declarei que o fogo não era nada senão a fúria da mente mortal — um suposto poder à parte de Deus — e, portanto, não tinha poder de destruir algo. Lembrei-me do que Mary Baker Eddy diz em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 293): “Não existe fúria vã da mente mortal — expressa por terremotos, ventos, ondas, raios, fogo, ferocidade bestial — e essa assim chamada mente se destrói por si mesma.” Não sei quanto tempo fiquei ali parada, mas quase ao mesmo tempo em que ouvi a sirena dos bombeiros no alto da colina, a uns dois quilômetros de distância, tocou a compaínha da porta. Era a vizinha, com uma expressão muito espantada. Disse: “Não posso compreender — o fogo se apagou!” Então saiu para a rua e disse aos bombeiros que seus serviços não seriam necessários. Depois, à tarde, veio contar-me que ao ligar seu grande fogão a óleo, pegara fogo o óleo que dele havia vazado e caído ao chão; e quando ela correra para dentro de casa a fim de telefonar, a chama já atravessara a cozinha, começando a subir pela parede. Quando voltou para a cozinha, as chamas estavam morrendo como se tivessem jogado água nelas. Três vezes a vizinha disse: “O fogo simplesmente se apagou!”
Pouco depois de fazer o Curso Primário de Ciência Cristã, tive um precioso vislumbre que me pareceu ser algo como se eu olhasse da Mente, e não para a Mente: Uma tarde, quando nossa filha caçula tinha quatro anos, e eu a estava colocando na cama para descansar, ela ergueu as mãos cobertas de verrugas e disse: “Mamãe, você reza para estas verrugas irem embora?” Primeiro, uma responsabilidade esmagadora tomou conta de mim e pensei: “Oh, e se eu desapontar esta pequena!” Mas então veio a mensagem angelical — parecia quase audível — “Humilha o humano e deixa a idéia-Cristo brilhar!” Coloquei-a na cama e sentei-me no sofá para orar.
Recentemente eu assistira a uma conferência baseada no artigo “O caminho” de autoria da Sra. Eddy, publicado em Miscellaneous Writings (pp. 355–359), no qual ela indica três estágios do crescimento mental: o conhecimento próprio, a humildade e o amor. Reconheci que a menina e eu éramos idéias espirituais perfeitas, filhas do único Pai. Humilhando o sentido humano das coisas, reconheci a verdadeira identidade e o amor todo-envolvente de nosso Pai celestial. Não lembro os outros pensamentos que me vieram, mas recordo ter estado consciente de que nada podia ser acrescentado ao infinito. E assim, todo o problema me deixou. Três dias depois, enquanto eu lavava as mãos da menina, vi que estavam inteiramente livres das verrugas.
Uma interessante seqüência a esta cura foi que, duas semanas após, a filha mais velha queixou-se de que ao tocar piano uma verruga na ponta do dedo a incomodava. Não lembro exatamente o que eu lhe disse, mas sei que fiquei firme e reconheci que as verdades que haviam sido estabelecidas também a abençoariam. E não ouvi mais queixa alguma. A criança estava curada.
Certa ocasião, sofri de torcicolo e tive de faltar à aula diversos dias. Incapaz de dormir de noite ou de dia, eu estava sentada no escuro, às três e meia da manhã, quando me veio a idéia de que optando pela Ciência Cristã e recusando ajuda de qualquer outro meio, eu estava servindo à sua Causa — mesmo que ninguém mais soubesse da cura, que eu sabia haveria de vir. Esta mensagem angelical deu-me tanta alegria que consegui ir para a cama e dormir. Na manhã seguinte eu estava em meu posto lecionando na Escola Dominical da Ciência Cristã, e na segunda-feira sentia-me completamente livre.
Houve uma drástica redução de despesas na escola onde eu lecionava, e fui uma das pessoas solicitadas a se demitir — talvez devido ao meu alto nível salarial. Eu não estava em idade de me aposentar nem lecionara por tempo suficiente para receber uma pensão. Pedi apoio a uma praticista da Ciência Cristã e me firmei nestas palavras (Êxodo 14:13): “Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor.” Consegui ficar quase livre da ansiedade. Houve um inesperado reajuste no meu departamento e continuei a lecionar durante anos, até que me tornei elegível para uma pensão e optei pela aposentadoria, apesar de não ser obrigatório fazê-lo.
Recentemente, eu estava velejando num pequeno barco com mais duas pessoas, no meio de um grande lago. Uma enorme vespa voou para dentro do meu colete salva-vidas e me picou. A dor foi intensa. No entanto, consegui orar em silêncio. Sabia que sendo uma expressão de Deus eu estava intata, livre de ataques. Apeguei-me a esta verdade e a outras aprendidas do meu estudo diário de Ciência e Saúde e dos outros escritos de autoria da Sra. Eddy. Quando chegamos à praia, toda dor se fora e este foi o fim do incidente.
Sou imensamente grata pelos ensinamentos puros e límpidos recebidos no Curso Primário de Ciência Cristã e por todas as curas que me ensinaram a ir adiante para melhor servir à Causa da Ciência Cristã.
Seattle, Washington, E.U.A.
