Encaramos alguma vez um problema com o pensamento de que precisaremos de muito tempo para orar, porque ele representa um desafio tão formidável? Nesse caso estamos considerando real essa dificuldade, atribuindo-lhe poder e propondo-nos a trazer batalhões de verdades espirituais para vencê-la amanhã, ou mais tarde. Nunca houve um momento em que a discórdia fosse real, em que Deus e Sua criação perfeita estivessem ausentes. A hora de orar, de conscientizarmo-nos de nossa perfeição atual, é o momento em que pensamos: “Preciso orar a respeito disto, quando tiver algum tempo livre.”
Tal se deu comigo anos atrás quando, ao falar com uma jovem amiga que começara a praticar Ciência Cristã recentemente e de todo o coração, comentei que me era preciso trabalhar sobre visão, pois se me estava tornando cada vez mais difícil ler as letras miúdas. Sua resposta foi pronta e decidida. “No momento em que se sente a dificuldade física é que é a hora de trabalhar”, declarou ela. Suas palavras ajudaram a desfazer a crença num problema grande e ameaçador. Quando tive nova oportunidade de ler letras miúdas e ainda me foi difícil enxergar claramente as palavras, pus-me a trabalhar instantaneamente. Neguei que a vida e a inteligência estivessem na matéria e que a visão fosse orgânica. Afirmei que o homem é espiritual, portanto seus sentidos são espirituais. Neguei também que a matéria pudesse impedir-me de ver o que era preciso enxergar humanamente naquele momento. Declarei que, ao ler para aprender mais a respeito de Deus e de Suas qualidades, que era o que eu fazia, tinha o apoio de Deus e não podia ser dificultada. Isso ocorreu há mais de vinte anos e, ainda hoje, leio, sem a ajuda de óculos, as letras miúdas.
Em dor, enfermidade ou acidentes, o instante presente é o único com que temos de lidar. Podemos recusar-nos a crer num passado ou num futuro. No livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany a Sra. Eddy diz-nos: “Não temos passado, nem futuro; possuímos apenas o agora.” Miscellany, p. 12. Por mais arrasadora que a evidência física possa parecer, ainda assim é apenas com este instante que temos de lidar. Não digo que a solução venha num momento só, embora assim possa ocorrer. Porém quando este instante, e cada momento sucessivo, é preenchido com o leal reconhecimento da totalidade do Espírito e da perfeição de sua criação, manifestar-se-ão as verdades específicas que se fazem necessárias para alijar a dúvida e o desânimo resultantes da aceitação da evidência física. Nosso estudo e nossas preces hão de trazer alegria e confiança, e desfazer a crença mesmérica de que só o futuro pode trazer a compreensão necessária.
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