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Ore neste momento!

Da edição de abril de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Encaramos alguma vez um problema com o pensamento de que precisaremos de muito tempo para orar, porque ele representa um desafio tão formidável? Nesse caso estamos considerando real essa dificuldade, atribuindo-lhe poder e propondo-nos a trazer batalhões de verdades espirituais para vencê-la amanhã, ou mais tarde. Nunca houve um momento em que a discórdia fosse real, em que Deus e Sua criação perfeita estivessem ausentes. A hora de orar, de conscientizarmo-nos de nossa perfeição atual, é o momento em que pensamos: “Preciso orar a respeito disto, quando tiver algum tempo livre.”

Tal se deu comigo anos atrás quando, ao falar com uma jovem amiga que começara a praticar Ciência Cristã recentemente e de todo o coração, comentei que me era preciso trabalhar sobre visão, pois se me estava tornando cada vez mais difícil ler as letras miúdas. Sua resposta foi pronta e decidida. “No momento em que se sente a dificuldade física é que é a hora de trabalhar”, declarou ela. Suas palavras ajudaram a desfazer a crença num problema grande e ameaçador. Quando tive nova oportunidade de ler letras miúdas e ainda me foi difícil enxergar claramente as palavras, pus-me a trabalhar instantaneamente. Neguei que a vida e a inteligência estivessem na matéria e que a visão fosse orgânica. Afirmei que o homem é espiritual, portanto seus sentidos são espirituais. Neguei também que a matéria pudesse impedir-me de ver o que era preciso enxergar humanamente naquele momento. Declarei que, ao ler para aprender mais a respeito de Deus e de Suas qualidades, que era o que eu fazia, tinha o apoio de Deus e não podia ser dificultada. Isso ocorreu há mais de vinte anos e, ainda hoje, leio, sem a ajuda de óculos, as letras miúdas.

Em dor, enfermidade ou acidentes, o instante presente é o único com que temos de lidar. Podemos recusar-nos a crer num passado ou num futuro. No livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany a Sra. Eddy diz-nos: “Não temos passado, nem futuro; possuímos apenas o agora.” Miscellany, p. 12. Por mais arrasadora que a evidência física possa parecer, ainda assim é apenas com este instante que temos de lidar. Não digo que a solução venha num momento só, embora assim possa ocorrer. Porém quando este instante, e cada momento sucessivo, é preenchido com o leal reconhecimento da totalidade do Espírito e da perfeição de sua criação, manifestar-se-ão as verdades específicas que se fazem necessárias para alijar a dúvida e o desânimo resultantes da aceitação da evidência física. Nosso estudo e nossas preces hão de trazer alegria e confiança, e desfazer a crença mesmérica de que só o futuro pode trazer a compreensão necessária.

Os problemas de relacionamento humano talvez pareçam mais difíceis de serem atacados imediatamente, como, por exemplo, os que resultam da convivência diária com alguma pessoa cujos objetivos e modo de vida divirjam dos nossos ou sejam ativamente contrários aos nossos. No exato momento em que o desentendimento fundamental, a animosidade ou a indiferença parecem se evidenciar, podemos rejubilar-nos por ser isto apenas um ataque impessoal do magnetismo animal, ao pretender que existe mais de uma única Mente. Na medida em que aceitamos o fato de que Deus é a Mente, ou a Vida, única, e nos conscientizamos de que essa Mente é onipresente e oniativa, a situação se ajusta, e sem deixar traço de justificação ou comiseração próprias.

Se nossa irritação ou raiva produziu uma atmosfera hostil, é preciso certificarmo-nos de que o momento passado não governe o presente. É apenas com este momento que precisamos lidar, e ele aqui está, agora: repleto do conhecimento de que só o Amor divino está presente e em ação! E a ação humana correta segue tal conscientização.

Se alguém se sente ansiosamente responsável por outrem, e geralmente tal atitude disfarça-se em bondade, faz-se mister que, toda vez que essa pessoa se sinta ansiosa e sobrecarregada, reconheça que o homem não é um ente físico, mas uma idéia espiritual da Mente e, por isso, inseparável da Mente. Assim sendo, ninguém realmente depende de outrem, seja qual for o quadro humano. No caso de um filho, os pais podem afirmar continuamente que ele é espiritual e está sob o cuidado de seu amado Pai-Mãe Deus. De igual modo, no caso de um adulto dependente, é possível, momento após momento, ater-se à verdade do ser. A definição de homem dada no Glossário de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, diz: “A idéia composta que expressa o Espírito infinito; a imagem e semelhança espiritual de Deus; a representação completa da Mente.” Ciência e Saúde, p. 591. Se nos conscientizarmos da natureza integral e verdadeira do homem e, então, entregarmos nas mãos de Deus essa outra pessoa, veremos atendida sua necessidade. O livro dos Salmos diz-nos: “Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens.” Salmos 104:28.

Qualquer que seja a forma de erro que a personalidade humana apresente, e por mais que tenha durado, ainda assim temos de lidar apenas com o momento presente. O mesmo se dá com todo problema. E como lidamos com ele? Reconhecendo que “agora somos filhos de Deus” 1 João 3:2.. Neste exato momento!

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