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A falsa economia do magnetismo animal

Da edição de maio de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Qual o cristão que não ficou inspirado pela grandiosa fuga de Paulo e Silas! Ver Atos 16. Estes estavam presos, bem guardados, no interior de uma prisão, quando um terremoto, um acontecimento supostamente aterrorizador, significou para eles o começo da sua libertação. E, em meio a esse drama, um carcereiro que estava a ponto de cometer suicídio, foi, ao invés, convertido ao cristianismo.

Poucos dos que conhecem esse caso esquecerão a expectativa, a coragem, a prova do poder divino. Muitos de nós, inspirados pela lembrança que temos de Paulo e Silas a louvar a Deus, adquirimos, em nossa própria meia-noite, a convicção capaz de romper as prisões do pecado ou da doença, da depressão ou do medo.

Embora tais acontecimentos, que envolveram esses dois homens, venham prontamente à mente, há mais para se aprender desse episódio. As circunstâncias que levaram ao encarceramento deles podem ensinar-nos lição inestimável em lidar com maior determinação com o magnetismo animal. Paulo e seu companheiro vinham pregando o poder de Deus. Foram importunados durante dias por uma jovem escrava, conhecida por suas práticas de ocultismo. Talvez ela fosse espírita ou astróloga. Seja como for, seus donos estavam obtendo lucros substanciais com os talentos dela.

A jovem mulher estava sendo utilizada pelo magnetismo animal. Isto é, ela estava apresentando uma faceta da mentalidade que ressalta e promove a crença em uma mente separada de Deus; mente secreta, misteriosa e esotérica. Seus donos tinham interesse pessoal nas ações dela. Tratava-se de um interesse pecuniário.

Paulo curou-a. Libertou-a, até certo ponto, de crer que possuía uma consciência mortal, consciência impelida a pôr à prova supostos labirintos de crenças mentais sutis. Foi precisamente porque os donos dela se viram despojados do benefício financeiro, que Paulo e Silas foram encarcerados. Que significado moral vital e revelador a Bíblia transmite nesse caso.

O que, precisamente, vem a ser magnetismo animal? Em certo sentido, poder-se-ia dizer dele que é simplesmente um engano da mente humana. No entanto, isto alude apenas à natureza da mente mortal. Definido mais amplamente, magnetismo animal é o engano maior de que de fato existe uma mente separada de Deus. Os erros da assim chamada mente mortal são muitos e variados. Começam, porém, a se desfazer ao descobrirmos que o magnetismo animal não tem verdadeiro poder motivador, nem finalidade, nem razão de existir. Só Deus está na base de toda ação. E Deus é bom, é Amor e Verdade, que tudo sabe. A mente mortal gostaria de tomar emprestado um motivo humano legítimo, deturpá-lo e defini-lo como aquilo que dá objetivo e impulso ao mal.

Os que hoje querem dedicar-se à cura podem aprender de Paulo e Silas a reconhecer e remover com maior eficiência qualquer motivo que o mal pretenda seguir. Há razões incontáveis por que essa assim chamada mente tem o propósito de resistir ao Cristo que cura. Uma das razões fundamentais é, porém, de natureza econômica.

A crença no ocultismo é um engano. Não existe mistério, segredo nem elemento desconhecido na totalidade da Mente divina. Um paciente sob a influência geral ou específica de uma sugestão oculta merece ser libertado do mal-estar que a sugestão subseqüentemente produz. Um folhear de livros nas livrarias da cidade, um olhar de relance no horóscopo publicado na maioria dos jornais, até mesmo exposições públicas recentes de vários cultos e de suas metas financeiras, tudo isso revela a vida que a mente mortal daria a suas ações com o apossar-se do ganho econômico e dar-lhe aplicação errada.

De um ponto de vista metafísico, é erro desenvolver e disseminar drogas, quer sejam usadas para produzir prazer ou para aliviar dor. Fomenta-se esse erro por motivos financeiros. Instituições de caráter religioso não estão isentas da necessidade de examinar seus objetivos ao acumular grandes somas de riqueza material. A instrução teológica devia ser impelida por um profundo amor a Deus, nunca por objetivos comerciais.

Nem o praticista da Ciência Cristã nem o paciente podem tornar-se vítimas de motivos erróneos quando reconhecem as riquezas das bênçãos de Deus e compreendem que o magnetismo animal verdadeiramente nunca proporcionou benefícios econômicos; o mal não pode apropriar-se de bens, orientando-se pela cobiça, e sobreviver baseado nela, quando se percebe que esse suposto motivo não tem substância nem poder.

Os primeiros cristãos estavam tão cheios da alegria e do espírito da Verdade que realizavam curas maravilhosas. Outrora como hoje, no entanto, pode haver necessidade de o sanador anular o aparente ricochete do erro. A experiência de Paulo e Silas bem que lembra a necessidade de nos defendermos, desacreditando a crença de que o magnetismo animal tenha motivação específica, prazerosa ou odiosa, simpática, amedrontadora ou, até mesmo, de caráter financeiro. Hoje a Ciência divina, o Consolador, mostra-nos especificamente não só como curar mas também como preservar nossa integridade, nosso bem-estar, nossa segurança, contra as reações da mente mortal quando as pretensões do erro são desafiadas.

O Cristo provê-nos de defesa. Revela a onipotência do único Espírito infinito. Cristo traz à luz o fato de que toda verdadeira motivação procede do Amor divino, nunca da distorção da economia com fins egoísticos. A motivação mais elevada de que podemos desfrutar humanamente é o desejo de curar; nisso acha-se incluída a destruição do mal, bem como de suas tentativas de erradamente tirar proveito para si. A cura assenta sobre a base de que Deus é o único poder; de que o mal não tem vida. A Sra. Eddy, Fundadora da Ciência Cristã, põe o magnetismo animal a descoberto. Ao trazer à luz sua falta de poder, escreve: “O erro está apenas fermentando, e seu assobiar procura abafar ‘o cicio tranqüilo e suave’ da Verdade; mas não pode silenciar nem desarmar a voz de Deus. As forças espirituais do mal estão ocupando as regiões celestes; porém, cegas ao seu próprio destino, despenhar-se-ão no abismo.”Miscellaneous Writings, p. 134.

Cristo Jesus foi um exemplo clássico de alguém que compreendeu a supremacia de Deus. Desafiou o mal. Curou a doença. Regenerou o pecador. Ressuscitou mortos. E, quando a mente mortal lançou sua fúria contra Jesus, ele a enfrentou e ao fim a silenciou. Provou que nada na terra poderia superar ou substituir o poder motivador do Amor divino. Venceu todo ataque do mal, e sua vitória final fornece um exemplo incomparável que abre o caminho para cada um de nós.

Cristo, a Verdade, revela que o homem é a expressão espiritual de Deus. O homem é motivado pela Verdade divina, o Amor imortal. O mal não tem organização, nem influência econômica ou princípio subjacente ou propulsor. Deus é Princípio infinito, e a ordem de Sua criação está completa e é perfeita. O homem está infinitamente suprido da bondade infindável de Deus.

O praticista tem defesa infalível na compreensão científica de que Deus é Tudo. Não existe poder oposto. A economia da Mente divina é completa, não está deturpada. O praticista pode comprovar, tanto para seu paciente como para si mesmo, que o homem é abençoado pela supremacia de Deus.

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