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Remédio espiritual: não o bebemos, o pensamos

Da edição de maio de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


A mãe de Cíntia estava pintando o retrato de uma menininha bonita, na sala de estar da casa da jovem, enquanto Cíntia ajudava a mãe da menina na cozinha. Vinham fazendo-o todo sábado à tarde, havia várias semanas, e isso já vinha se tornando uma rotina muito agradável. Desciam de seu vilarejo nas montanhas, logo nas primeiras horas da tarde, a mãe de Cíntia ficava umas duas horas trabalhando no retrato e, no caminho de volta, paravam em seu restaurante preferido à beira da estrada.

Cíntia gostava de acompanhar a mãe naquelas tardes de sábado, pois era divertido ajudar na cozinha e a dona da casa servia doces deliciosos na hora em que a mãe de Cíntia e a menina, a que posava para o retrato, faziam um intervalo.

Mas nesse sábado em particular as coisas não iam bem. Cíntia estava com a garganta inflamada e começou a sentir febre e dores no corpo, tanto que queria voltar para casa quando mal haviam chegado. Entrou na sala de estar onde sua mãe estava pintando e sussurrou-lhe o problema.

A mãe de Cíntia pediu licença e foi com ela para outra sala. Aí a menina despejou sua história: “Não posso continuar normalmente”, choramingou. “Além disso parece que a dona da casa não me quer na cozinha, porque tem medo. Disse que há uma epidemia de gripe por aí, e acha que vai pegá-la de mim.”

“Entendo”, respondeu a mãe. “Bem, não queremos assustar ou atrapalhar ninguém. Por isso, vamos dizer juntas a Oração do Senhor, e depois você fica aqui descansando até a hora de irmos embora.” Pronunciaram, então, a maravilhosa oração que Cristo Jesus ensinou a seus seguidores. Ver Mateus 6:9—13. E, quando disseram “Faça-se a tua vontade”, a mãe de Cíntia lembrou-lhe que nosso Pai-Mãe celestial, Deus, ama todos os Seus filhos, não quer que eles fiquem doentes, e certamente não criou germes de doença para Seus filhos transmitirem uns aos outros e se causarem doenças. Deus dá tudo o que Seus filhos têm, e é sempre bom. Cíntia sentiu-se melhor e a mãe voltou a trabalhar no retrato.

No entanto, à hora do intervalo, Cíntia nem agüentou olhar para a torta de chocolate que era servida. A dona da casa ficou preocupada e ofereceu-lhe um comprimido. Sem saber o que dizer, Cíntia olhou para a mãe. Embora fizesse pouco tempo que Cíntia ía à Escola Dominical da Ciência Cristã, já tivera algumas curas maravilhosas, e sabia que não podia confiar em Deus e no remédio ao mesmo tempo.

A mãe de Cíntia agradeceu à dona da casa, e explicou que, sendo Cientistas Cristãs, elas confiavam somente na oração para se curarem. “Ah, sei!” respondeu a dona da casa, “mas isso quer dizer que vocês nunca tomam remédio, nem mesmo um comprimido para resfriado?”

Nesse ponto, Cíntia animou-se um pouco, porque se lembrou de algo que seu professor da Escola Dominical havia dito, e o repetiu: “Usamos remédio espiritual. Só que não o bebemos, o pensamos.” Todos deram uma risadinha. Entretanto, a mãe decidiu que era melhor elas irem embora para poderem ficar sozinhas e orar a respeito da situação.

Depois de colocarem o cavalete de pintura da mamãe no pequeno carro amarelo, partiram para seu vilarejo, uma viagem de vinte minutos montanha acima, por uma estrada de onde se via um córrego ruidoso correndo para baixo. Cíntia estava perdendo a paisagem, pois deitara-se no assento de trás.

“Mamãe, diga a ‘exposição científica do ser’ para mim”, pediu Cíntia, “e, por favor, corra para casa.”

“Está bem”, respondeu a mãe, “mas sente-se e repita-a comigo. E não a diga, simplesmente; procure compreendê-la.”

Isso fez Cíntia lembrar-se de outra coisa que seu professor havia dito na Escola Dominical: “A verdade não é verdadeira porque nós a dizemos; nós a dizemos porque é verdadeira.” Cíntia obedeceu, sentou-se. Embora sua garganta doesse — repetiu com atenção as conhecidas palavras da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.” A exposição termina com estas palavras: “O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual.”Ciência e Saúde, p. 468.

Cíntia sabia que a palavra “homem” nessa passagem refere-se a todos, e como ela era espiritual — à imagem de Deus — não podia sentir forma alguma de dor, doença ou febre.

Nem bem tinham terminado de dizer as últimas palavras da citação e Cíntia já pulou para o banco da frente, de onde podia olhar melhor para fora; logo estava tagarelando e rindo com a mãe como costumava fazer quando andavam de carro por suas queridas montanhas.

Num piscar de olhos chegaram ao restaurante à beira da estrada. A mãe de Cíntia entrou e estacionou. “Que tal um sanduíche?” perguntou sorrindo.

“Claro!” respondeu prontamente Cíntia, e juntas dirigiram-se à entrada do restaurante.

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