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Intata a obediência

Da edição de maio de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


O poder da cura pela Ciência Cristã procede do controle contínuo que Deus exerce sobre tudo o que existe. Portanto, em cada cura cristã e científica demonstra-se, até certo ponto, que a subordinação do homem à lei divina está intata. Realmente a ação desta lei nunca foi eclipsada pelos pecados e enfermidades da humanidade, nem estes a ela se evadiram.

Obediência implícita é o efeito do único Princípio infinito que não erra, o resultado da Alma impecável, da Mente onisciente, Deus. O divino Único é ininterruptamente bom. Sua vontade se exerce em lei irresistível que coloca em vigor a perfeição para toda a Sua criação e mantém Sua semelhança, o homem.

Aceitar inteiramente o ser, e sua ação, na semelhança de Deus é obediência. No ser refletido não há mau funcionamento, cessação, rompimento; nem existe transgressão, culpa ou necessidade de punição. Tudo o que manifesta substância, inteligência e vida imortal não pode fazer menos do que espelhar exatamente a perfeição e a eternidade. Tudo o que existe com o fim de manifestar bondade, graça e bem-aventurança só pode refletir pureza e integridade.

O que Deus requer, Ele também supre. E, na exigência divina de lealdade e no seu suprimento, desaparecem as crenças de enfermidade, discórdia e pecado, à medida que a realidade aparece em uma vida espiritualmente regenerada. A Sra. Eddy indaga: “Quem é que exige nossa obediência? E responde: É Aquele que, na linguagem das Escrituras, opera ‘segundo a Sua vontade ... com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem Lhe possa deter a mão, nem Lhe dizer: Que fazes?’ ” Ciência e Saúde, p. 256.

Deus nos deu um Salvador para salvar-nos de crer numa presença ou num poder separados dEle, para salvar-nos de acreditar na desobediência, aliás, numa suposta capacidade de errar. Deus nos deu o Seu Cristo, o modelo do ser perfeito que Jesus exemplificou. Em suas obras de cura, Cristo Jesus negava toda aparente contradição à totalidade de Deus. Ele exercia a inteireza soberana de fidelidade à ordem divina.

O Mestre reprovava a justificação própria, a inflexibilidade mesquinha de alguns dos religionários de seus dias, bem como a inadvertida ou deliberada desobediência de pecadores inveterados e a instabilidade dos assim chamados elementos materiais. Ao ser repreendida por ele, uma tempestade marítima transformou-se imediatamente em calmaria. Seus discípulos, tomados de espanto, cogitavam: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?”  Mateus 8:27.

Jesus não reivindicou para si o monopólio da cura espiritual. O Mestre disse a seus seguidores: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá.”  Lucas 17:6. Quando ordenou a um homem que estendesse sua mão mirrada, a fé que o Mestre depunha em Deus e sua compreensão de que a obediência do homem a Deus é imediata anulou a aflição material. A normalidade substituiu instantaneamente as crenças em deformidade, deficiência, debilidade. Ver Mateus 12:10–13.

A prática da Ciência Cristã invoca continuamente a devoção à lei divina ilustrada por Jesus. A Ciência Cristã, porém, não treina a mente humana a controlar a matéria. Não institui nem policia um sistema legal superfical que diz o que se pode ou não se poder fazer. Leis imortais poderosas governam o homem na similitude de Deus, o homem que realmente somos. O tratamento pela Ciência Cristã fortalece completamente, ou reintegra, a obediência consciente a essas leis. E essa obediência manifesta-se em retidão moral.

A conscientização de que a obediência está intata tem efeito redentor, curativo e restaurador. Realmente, não existe matéria nem mente mortal para opor-se a esse resultado. A cura pela Ciência Cristã mostra-nos a realidade da lei inviolável e inviolada que impede sempre a possibilidade de pretensão ou de ser pervertida qualquer qualidade deífica.

O Amor divino inefável age apenas em contínua bênção a seus filhos sempre merecedores. Portanto, se quisermos ser sanadores científicos, precisaremos reconhecer humildemente que a individualidade verdadeira está subordinada a Deus. O Próprio Deus é responsável pela obediência. Para Deus, ninguém jamais errou; nada pode errar.

A ampla aceitação da crença de que o homem decaiu do céu da obediência total não fez dessa crença um fato. Nenhuma desobediência — nenhum pecado ou doença — teve alguma vez causa ou efeito verdadeiros. Todos os erros a respeito da verdadeira criação são desfeitos quando se os reconhece pelo que são: mentiras do único mentiroso, crenças em algo separado de Deus, que é Tudo-em-tudo.

Podemos derrotar o medo de que a matéria não vá restabelecer-se ou que a mente mortal nao vá se comportar a menos que seja tratada pela matéria ou pela força de vontade. Podemos calar a compulsão de levar a matéria ou a mente mortal a fazer o que pensamos que deva fazer. A confiança em Deus e a manifestação de humildade possibilitam o desenvolvimento em nossa vida das energias espirituais da verdadeira lealdade.

Contudo, não é preciso levar tempo para estabelecermos o acesso sanador à obediência inabalável, em que a saúde, a estabilidade e a santidade permanecem como realidades irreversíveis e demonstráveis. Todo esforço para pormo-nos de acordo com a disciplina divina nos move para mais perto de alguma medida de autoridade curativa. Como escreve a Sra. Eddy: “A doença, o pecado e a morte terão, finalmente, de recuar ante os direitos divinos da inteligência, e então será reconhecido o poder da Mente sobre todas as funções e sobre todos os órgãos da constituição humana.” Ciência e Saúde, pp. 384–385.

Obediência é o poder subjacente ao trono da autoridade curativa. A compreensão espiritual é o fundamento da obediência, que recusa ceder mesmo diante de qualquer testemunho que os cinco sentidos ilusórios possam sugerir, quer abalado quer de aparente solidez. A ordem suplantará o caos, e a atividade imbuída de propósito desarraigará a inércia na medida em que nos devotarmos à disciplina de demonstrar o que vemos da realidade da lealdade.

A prática da Ciência Cristã restaura a obediência àqueles que parecem tê-la perdido de vista. Na proporcão em que nos conscientizarmos da conformidade exata de toda criação ao seu Princípio divino, poderemos exercer o domínio que Deus deu ao homem, seja a necessidade pequena seja grande. Quando compreendemos e provamos a verdadeira obediência, somos capazes de curar.

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