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O que poderia ter sido?

Da edição de maio de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Talvez algum desastre em particular abateu-se sobre sua vida. Ou talvez foi só uma decisão, tomada ou deixada de tomar, que determinou o que aconteceu depois. Com frequência você poderá ficar pensando se teria sido possível evitar-se tal desastre, ou, se o curso de sua vida poderia ter sido substancialmente alterado caso alguma coisinha houvesse acontecido de outra forma ou a decisão tivesse sido outra.

Mas, a libertação desse tipo de fantasmas está à mão. Ela ocorre à medida que discernimos a perene proximidade do bem, a sua natureza infindável. Aquilo que é realmente maravilhoso em sua vida e na minha, é maravilhoso porque é de Deus e não devido a uma escolha que fizemos entre várias alternativas, dias ou anos atrás. Deus é Amor, o único criador, o eterno governante do homem e do universo. Deus está perenemente suprindo o bem em sua vida e na minha. Como o bem procede do Amor infinito, o bem está sempre à mão. A Sra. Eddy o expõe claramente quando diz: “O Amor descortina o bem maravilhoso e desvenda o mal escondido.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 288.

Ao mesmo tempo em que revela o bem imenso que é nosso por sermos expressões de Deus, a luz do Amor expõe o mal que poderia bloquear o aparecimento daquele bem em nossa vida. Levanta o tapete que esconde as características negativas — egotismo, sensualismo e medo — e o faz com um só motivo: para que possam ser varridas. Na proporção em que nos revestimos cada vez mais da natureza da Mente divina, ao compreender que esta é a única Mente que há, desprendemo-nos naturalmente de tudo aquilo que não reflete a consciência divina. Atirando fora a falsa mentalidade mortal que alega ser a nossa, estamos, na verdade, cortando a raiz que alimentava as tendências negativas. Essas então definham e caem.

Se nos parece que tomamos uma decisão errada dias ou anos atrás, ou se achamos que alguma outra pessoa tomou uma decisão errada que nos afetou, as más conseqüências podem ficar corrigidas agora mesmo. O bem que existia então, existe agora. O bem que poderia ser nosso agora se tivéssemos tomado outro rumo, existe agora. Aqui.

Se não lhe parece ser esse o caso, comece por conseguir maior compreensão do Amor. Deixe que o reconhecimento da realidade do Amor, o bem espiritual, venha em primeiro lugar. Estaremos então menos dispostos a aceitar os pensamentos e hábitos desleixados que obscurecem nossa percepção da totalidade de Deus. Faremos o possível para expulsá-los.

Esse amor ao bem é a oração que nos liberta e nos transforma. Quanto mais amarmos a Deus, tanto mais sentiremos Seu amor a abrir nossos punhos mentais para que as mãos possam aceitar o bem que Deus nos está sempre dispensando. Quando isso ocorrer, seguir-se-á a evidência da presença eterna de Deus. E será lindo. Há o verso de um hino, com relação a isso: “Pois todo o bem que já passou,/Presente está no meu viver.” Hinário da Ciência Cristã, n° 238. Note-se que não há aí limite de tempo. O bem permanece. A chave para se poder vê-lo é a compreensão.

Se estivermos olhando para o passado à procura de alegria ou de fuga, estaremos olhando na direção errada. Há um ímpeto para a frente no cristianismo. Há um enfoque na realidade que se revela continuamente, naquilo que o Cristo, a Verdade, traz à luz. Lembre-se da história da conversão de S. Paulo — quando, ao ir pela estrada, foi atingido pela cegueira. Num instante, ruiu o muro de fanatismo e vontade própria que estivera bloqueando sua percepção do Cristo. S. Paulo não disse: “Se por acaso eu não estivesse passando por essa estrada ...” ou, “Qual poderia ter sido a situação agora se eu tivesse me tornado cristão na semana passada?” Mas veja-se o que disse: “Senhor, o que queres que eu faça?” Atos 9:6 (conforme a versão King James). Alí mesmo, em meio à cegueira, estava escutando, orando, olhando mentalmente para a frente. E, naturalmente, o bem maravilhoso, assim como a cura, ocorreram em sua vida. E quanto de bem foi S. Paulo capaz de proporcionar a outros por meio de suas viagens e de seus escritos.

Há um fio de união percorrendo toda a sua vida. E não é um fio de eventos humanos. É espiritual. É o fio do bem que se revela continuamente, e com o qual você — da forma como Deus o fez — está constantemente em contato e o qual você está constantemente expressando, independentemente dos eventos humanos ao seu redor. Quando compreendemos tal coisa a questão do que poderia ter sido se desvanece na brilhante realidade daquilo que é: o homem sempre a expressar sua origem, o Amor divino, o homem, inseparável do bem infinito.


Bondade e misericórdia certamente me seguirão
todos os dias da minha vida;
e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.

Salmos 23:6

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