Como adolescente internada numa escola, eu jogava no time de basquete. Durante certo jogo, fui inadvertidamente atirada contra um aquecedor do tipo radiador e fiquei muito machucada. Quando o médico de nossa família me examinou, algum tempo depois, afirmou que eu deveria ser operada o mais rápido possível. Assim foi feito.
Depois de algumas semanas no hospital, recebi, certa manhã, a visita do médico, que disse parecer-lhe justo contar-me que eu nunca mais iria ficar boa nem iria ser uma pessoa ativa; e, que eu não poderia ter filhos. Esse foi um choque terrível para mim, pois eu sempre imaginara construir um lar feliz e ter minha própria família.
Pouco tempo antes disso, minha mãe obteve uma cura impressionante por meio da oração na Ciência Cristã. Assim, ela encorajou-me a dirigir-me a Deus, uma vez que os médicos haviam predito que eu não me recobraria por completo.
Deixei o hospital e chamei uma praticista da Ciência Cristã. Ela me disse que o homem é a idéia espiritual de Deus, a manifestação exata da única causa perfeita. E, desde que Deus, o bem, cria o homem, deduzimos que eu expresso somente aquilo que é bom e perfeito. Quanto mais eu pensava nesses conceitos, bem como na seguinte afirmação inequívoca de Mary Baker Eddy (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 494): “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana”, mais eu sentia que podia confiar em Deus para cuidar de mim.
Em três ou quatro semanas eu estava completamente bem — curada do sério ferimento no ventre e sentindo-me verdadeiramente feliz, livre e muito grata. Alguns anos depois casei-me e tivemos uma família maravilhosa de quatro filhos e uma filha, sendo que todos freqüentaram a Escola Dominical da Ciência Cristã, na infância e adolescência.
Recentemente senti dores muito fortes nas pernas, que estavam rígidas e dormentes. Eu não podia mover os pés. Imediatamente afirmei ser ativo o controle da Mente única, da inteligência sempre presente, e exigi que minha identidade fosse somente governada por esta autoridade. Percebi, então, que as crenças de dor e rigidez nunca fizeram parte da idéia espiritual de Deus e, dessa forma, eram incapazes de tirar-me a paz e a mobilidade.
Estas linhas do livro Ciência e Saúde foram muito apropriadas (p. 283): “A Mente é a fonte de todo movimento, e não há inércia que lhe retarde ou tolha a ação perpétua e harmoniosa.” Logo todo o medo deixou-me. Continuei a orar, seguindo a instrução da Sra. Eddy (ibid., p. 261): “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.” Não muito depois, tive um sentimento de conforto e pude mover os pés. Logo fui capaz de dormir confortavelmente, com o coração repleto de gratidão pelo cuidado bondoso de Deus. No dia seguinte, eu estava livre e foi-me possível prosseguir com minhas atividades habituais.
Como membro de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, tive o feliz privilégio de servir durante anos na Escola Dominical (como professora e como superintendente) e, mais recentemente, participei de várias comissões da igreja e da Sala de Leitura.
Parece-nos, às vezes, que o conceito mortal acerca do homem procura nos tirar a saúde, a satisfação e a alegria, ao tentar fazer-nos acreditar que estamos sozinhos. É então que o conselho da Sra. Eddy parece-nos mais relevante (Ciência e Saúde, p. 495): “Quando a ilusão da doença ou do pecado te tentar, apega-te firmemente a Deus e Sua idéia. Não permitas que coisa alguma, a não ser Sua semelhança, permaneça no teu pensamento.” À medida que compreendemos essa verdade e que confiamos em Deus como o bem infinito, sentimo-nos completos e amados.
Desde que meu marido faleceu, tenho continuado independentemente com as atividades diárias de meu lar. Agora, aos noventa e seis anos de idade, dou graças a Deus todos os dias pelo vigor e pela força, e por muitas bênçãos que recebo como membro de A Igreja Mãe e pelo Curso Primário de Ciência Cristã.
Fort Lauderdale, Flórida, E.U.A.
