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A cura das pretensões de influenza

Da edição de outubro de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Senti os sintomas de influenza, ou gripe, no exato momento em que terminava de mudar-me para uma nova casa. Pretendiam eles agravar uma sensação de exaustão e tirar-me a alegria. Mas, logo lembrei-me de uma experiência anterior, quando me fora recordado que a palavra “influenza” tem a mesma raiz que “influência”.

Nos seus escritos, a Sra. Eddy emprega a palavra “influência” tanto no sentido positivo como no negativo. Valendo-me de uma Concordância para esses escritos, relacionei em duas colunas o emprego que ela faz dessa palavra. Então comecei a afirmar a presença da ação dos fatos espirituais que a lista positiva representava. Em seguida, neguei vigorosamente qualquer poder ou verdade às implicações errôneas da lista negativa. Logo eu estava livre da doença.

A primeira vez em que a Sra. Eddy se refere à palavra “influência” no livro Ciência e Saúde encontra-se no Prefácio. Aí explica que as curas físicas realizadas pela Ciência Cristã são o resultado natural da ação do Princípio divino na consciência humana. Prossegue, dizendo: “São o sinal de Emanuel, ou ‘Deus conosco’ — uma influência divina, sempre presente na consciência humana, e que se repete, vindo agora como fora prometido antigamente:

Para proclamar libertação aos cativos [do sentido],
E restauração da vista aos cegos,
Para pôr em liberdade os oprimidos.” Ciência e Saúde, p. xi.

Qual é a natureza dessa “influência divina” sempre presente? É o Cristo, a ação consoladora, curativa, sustentadora, do carinhoso amor de Deus a envolver a humanidade. Essa atividade do Cristo na consciência humana desaloja toda ansiedade, medo, exaustão — o contágio mental das crenças mortais — e os substitui pela influência inspiradora e revigorante da Verdade divina a conceder-nos a cura.

Emanuel, a presença e o poder divinos conosco, é a manifestação santa e harmoniosa da Alma, que desfaz a dúvida, o desânimo, a confusão e o mal-estar. É a ação inteligente da Mente divina, ou Princípio, que vem à luz, substituindo as crenças supersticiosas pelos fatos espiritualmente científicos, e o pensamento desordenado, confuso, pela atividade ordeira da lei divina. Esta força, “sempre presente na consciência humana”, é a expressão sustentadora e revigorante da própria Vida divina, superando o cansaço ou o sofrimento, a depressão ou o desânimo.

Ao reivindicar-se a ação sempre presente dessa influência divina na consciência humana, nega-se lugar ou poder a toda sugestão de mal ou doença. Confirma-se a união entre a consciência individual e a única Mente divina, a qual conhece somente a infinidade da Verdade e sua manifestação harmoniosa.

A fonte de todo verdadeiro sentir, de toda sensação real, é a Alma. O sentir real é espiritual, não material, e só pode ser vivido mediante o sentido espiritual. Os sentimentos discordantes, debilitadores, associados à influenza não podem, de maneira alguma, ser reais. São apenas contradições do verdadeiro sentimento e negam a onipresença da sensação espiritual, do amor, da alegria, da paz, da harmonia. Assim, como a escuridão não passa de ausência de luz e não é, em si mesma, alguma entidade ou substância, assim também os sentimentos materiais discordantes não podem ser outro tipo de sensação, mas unicamente a sugestão agressiva de que as harmonias da Alma estão ausentes.

A cura, então, inclui, de um lado, o livrar-se de sensações físicas desagradáveis, e, de outro, o perceber que a verdadeira natureza do homem é a de expressão harmoniosa da Alma. Cristo Jesus, ao visitar a casa de Pedro, constatou que a sogra deste estava acamada, com febre. Não atribuindo poder à pretensão de haver qualquer outra influência, Jesus tomou-a pela mão e a fez levantar-se. A febre imediatamente a deixou. Em seguida, ela passou a servir aos que ali se haviam reunido — a forma natural de mostrar sua gratidão. Ver Marcos 1:29–31.

Para começar a pôr em ação as qualidades de gratidão e amor, alegria e paz, não é preciso ficar à espera de que primeiramente a pretensão de febre venha a ceder. Um telefonema, uma nota de apreço ou uma palavra de agradecimento a alguém que nos ajudou pode ser uma forma prática de demonstrar que não existem vácuos na totalidade do Amor divino, que sentimos seu poder motivador e o desejamos expressar.

Negar validade ou identidade às pretensões dos sentidos materiais e afirmar que o homem expressa desde já as harmonias da Alma são passos importantes para vencer a influenza. Para chegar a essa conscientização, no entanto, talvez seja preciso negar veementemente que nossa consciência ou experiência possam ser invadidas por crenças mortais.

Tornar a estudar em espírito de oração a “Regra para motivos e atos” do Manual de A Igreja Mãe de autoria da Sra. Eddy talvez seja útil. Quase todas as palavras de cada uma das frases podem servir de base para um auto-exame minucioso. Esse Estatuto conclui com a declaração: “Os membros desta Igreja devem vigiar e orar diariamente para se livrarem de todo o mal, para se livrarem de profetizar, julgar, condenar, aconselhar, influenciar ou serem influenciados erroneamente.” Manual, § 1° do art. 8°.

Será que fomos tentados a influenciar ou a ser influenciados erroneamente? Teremos nos submetido, sem o perceber, a influências errôneas? Será que estamos acompanhando sem resistência as crenças e opiniões correntes que estão sendo expressadas em nossa comunidade — crenças não científicas, por não se basearem na totalidade de Deus, o bem, e na falta de poder do mal, que resulta dessa totalidade?

Acredita-se que a influenza seja doença contagiosa. O contágio é mental, não material. É a aceitação, a que não se resistiu, de crenças mortais errôneas, as quais são transmitidas em geral pelos jornais, pelo rádio e pela televisão com seus noticiários e reportagens sobre o tempo, sua propaganda e os temas utilizados em seus programas. Conversas casuais com pessoas conhecidas ou telefonemas de amigos, colegas e parentes podem ser outras vias de contágio mental se não estivermos alerta ao nosso dever de cumprir com os requisitos do Manual.

“A afirmação física de doença deve sempre ser enfrentada com a negação mental”, escreve a Sra. Eddy em Ciência e Saúde. No parágrafo seguinte, ela dá em uma só linha duas ordens importantes que, se obedecidas, nos ajudarão a demonstrar o domínio que temos sobre toda influência errônea. “Inverte o caso”, diz-nos ela. “Monta guarda à porta do pensamento.” Ciência e Saúde, p. 392.

Será que invertemos ativamente o caso quando algum quadro errôneo se nos apresenta ao pensamento, ou limitamo-nos a aceitá-lo passivamente? A menos que com a verdade invertemos por completo os argumentos da mente mortal e suas pretensões de influenciar, não estamos montando “guarda à porta do pensamento”.

A influência divina tem a autoridade de Deus, o Princípio, a sustentá-la, trazendo ordem e harmonia à nossa experiência. A influência errônea da mente mortal, por não ter Princípio a sustentá-la, não tem autoridade nem poder de se fazer obedecida. Não tendo poder para mandar, a mente mortal só pode tentar persuadir por meio de sugestão. O cedermos a suas sugestões dá-lhe o único poder que ela parece ter. Se recusamos nosso consentimento, ela fica desprovida de poder. As crenças errôneas da mente mortal realmente nunca deram origem a coisa alguma. Nosso consentimento a suas persuasões é que produziu qualquer aparente resultado.

O grande líder hebreu Josué declarou ao povo de seus dias: “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito, e servi ao Senhor. Porém se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Josué 24:14, 15.

A escolha é nossa. Reivindicando nossa verdadeira consciência como sendo a própria manifestação de Deus, temos a sabedoria e o poder para rejeitar as más sugestões e escolher o bem. Temos a autoridade divina para aceitar apenas a influência sempre presente de Emanuel, “Deus conosco”.

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