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A variedade ilimitada da criação de Deus

Da edição de abril de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Eram belos os jacarandás em plena florescência. Flores caídas, de um profundo roxo-azulado, cobriam partes das ruas por todos os lados. Alguém comentou que seria uma beleza se as árvores florissem o ano todo. A seguir, outrem lembrou que o período de brotação e o verde abundante dos ramos nas outras épocas do ano davam variação e interesse ao ciclo todo.

De igual modo, se as coisas permanecessem conosco quase na mesma o tempo todo, nossa vida não estaria espelhando a criação espiritual, subjacente, de Deus. Como descrita no primeiro capítulo do Gênesis, a expressão universal da Mente divina manifesta variedade ilimitada.

Contudo, muitas vezes as pessoas acham que sua sorte, mutatória ou estática, não espelha em nada a variedade divina. Dizem que a vida parece estar ignorando-as. A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) mostra como tais circunstâncias podem ser corrigidas prazerosamente.

Na Ciência aprendemos que Deus e o homem são um só, como causa perfeita e efeito perfeito. O homem, a idéia espiritual do Amor divino, expressa prazenteiramente a diversidade infinita das qualidades de Deus. Mediante o sentido espiritual, esta verdade é aceita na consciência humana e constatamos que o tédio, a frustração, a monotonia estagnada cedem a uma crescente expectativa de oportunidades ilimitadas. Quando nosso pensamento está aliado ao controle infalível de Deus, verificamos que Sua orientação permeia nossa experiência humana. Com a convicção de que o bem contínuo de Deus sustenta nossos afazeres diários, discernimos os estímulos divinos que nos livram da improdutividade ou da confusão sem fim.

A percepção individual de que a unidade inseparável entre o Amor divino e sua idéia é a verdade do ser, traz o “Haja luz” Gênesis 1:3., a consciência crística que subjuga todas as barreiras mortais. Precisamos reconhecer que Deus, a Vida, e Seu reflexo infinito estão imunes a todos os conceitos e condições materiais, quer estes pareçam ativos ou inativos. Talvez digamos que nos queremos livrar de uma dificuldade física, da sensitividade pungente, do automartirizar-se, ou de um temperamento problemático, mas talvez nem sempre estejamos dispostas a entregar seu sustentáculo: a personalidade física, errônea. Sem uma base a partir da qual operar, os elementos desagradáveis não podem permanecer. Onde quer que predomine o conceito da unidade espiritual que há entre Deus e o homem, a ação restauradora e o consolo do Cristo se fazem sentir, destruindo o que quer que venha perturbar a felicidade e o progresso.

Cristo Jesus deu-nos, em demonstrações de cura, o exemplo supremo da ação sempre disponível de Deus, a Vida. Junto ao tanque de Betesda perguntou ao homem que estava enfermo havia trinta e oito anos: “Queres ser curado?” A evidente disposição mental do homem, de aceitar Cristo, a Verdade, deu lugar ao passo seguinte. Jesus disse, sustentado absolutamente no vigor, na presença todo-poderosa e na ação da Vida divina: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” João 5:6, 8. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, explica: “Para nosso Mestre, a vida não era simplesmente uma noção de existência, mas incluía o conhecimento de poder que subjugava a matéria e trazia à luz a imortalidade, tanto assim que as multidões ficavam ‘maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas’.” Retrospecção e Introspecção, p. 58.

A Ciência Cristã ensina-nos que o homem é o reflexo da Mente divina. À medida que entendemos esta verdade, podemos demonstrá-la em nossa vida diária. Podemos confiar na fonte única da inteligência, a Mente infinita, para nos dirigir quanto ao como, quando, o que, e onde, em cada detalhe dos assuntos humanos. Esta confiança científica não é uma atitude meramente esperançosa de que algo de bom há de vir por fim. Antes, é a convicção inabalável de que Deus está sustentando Seu plano e finalidade originais, mantendo a variedade infinita de Seu universo, inclusive o homem. Tal confiança absoluta reconhece que Deus está decretando e delineando toda ação e criação. Este delinear, portanto, nunca é enfadonho ou imprudente. Qualquer atitude errada de nossa parte pode — quando corrigida, de modo que nossa vida melhor se coadune com o plano divinamente perfeito — ser encarada como um episódio de crescimento.

No inverno os jacarandás se mantêm serenamente de pé, aguardando o estágio de desenvolvimento seguinte. Quando os frios ventos da depressão mental sopram, podemos cobrar ânimo nestas palavras de Isaías: “Como a terra produz os seus renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor perante todas as nações.” Isaías 61:11. A mente mortal não nos pode enregelar enquanto mantivermos no pensamento o calor do Amor divino sempre presente. A bondade divina, que a si própria se impõe dentro de nós, há de superar todos os desafios. Podemos aceitar nosso verdadeiro status individual como filhos do Deus vivo e coadunar-nos com as exigências que esse relacionamento impõe à nossa vida diária.

Portanto, quando as coisas parecem mundanas e a rotina diária proclama que estamos indo inteiramente à deriva, conscientizemo-nos de que a variação infinita de ilimitada alegria, beleza, ordem, caráter e estabilidade já se acha estabelecida no reino de Deus. Aqui está para que a aceitemos e a tornemos cada vez mais evidente em nosso viver diário.

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