Quando eu era jovem, perturbavam-me as palavras da Sra. Eddy: “Pela senda rude irei,/Sempre a cantar.” Hinário da Ciência Cristã, n° 304. Lembro-me de ter desejado que houvesse dito: Pela linda senda — ou, pela senda real ou celestial. Hoje, depois de muitas lições que aprendi quando a senda era rude, sinto-me profundamente grata por compreender que podemos regozijar-nos durante tempos difíceis. No esforço de alegrar-me tive de tornar-me consciente da presença de Deus e da presença da bondade viva que O expressa, e tornar-me grata por isso. O alegrar-se com as realidades espirituais leva o indivíduo a ressuscitar da crença no pecado e no sofrimento. Somente a crença mortal torna o caminho áspero ou acidentado.
Dificilmente alguém escolherá sofrer. Por outro lado, há quem pense não ter lição alguma a aprender. Mas a maioria de nós concorda em que o sofrimento freqüentemente nos impele a rejeitar, ou, a abandonar, um falso conceito acerca de nossa própria identidade, ou a de outrem. A Sra. Eddy observa o seguinte: “O sacrifício do eu é a estrada real para o céu.” Não e Sim, p. 33. Se estivermos nos sentindo mal na mortalidade — vergados com o mortal, material e pessoal — estaremos mais propensos, talvez até ansiosos, para ser despertados da ilusão. De bom grado acordaríamos para nos encontrar na “estrada real para o céu”, reivindicando nossa verdadeira identidade, nossa semelhança a Deus.
Quando nossa senda é suave, talvez nos inclinemos a ficar à vontade na mortalidade e a fazer somente esforços intermitentes no sacrifício do eu — isto é, em rejeitar ter aliança com a mortalidade e em identificarnos com o bem imortal. Entretanto, quando a senda é rude, e nos perturba um sentido errôneo de identidade, queremos ficar livres das limitações e depredações da mortalidade — a cruz que o mundo nos deu. Nessas ocasiões é bom lembrar que, através da oração e da regeneração, a cruz será trocada pela glória da vitória sobre o erro, e finalmente ocorrerá a ascensão acima de tudo o que pretenderia negar a bondade infinita de Deus. A Sra. Eddy nos assegura: “A cruz é o emblema central da história. É a estrela polar na demonstração da cura cristã — a demonstração pela qual o pecado e a doença são destruídos.” Ciência e Saúde, pp. 238–239.
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