Porventura foi você recentemente convidado a ensinar na Escola Dominical? Está ponderando se deveria aceitar? Por favor, não diga “não” antes de ler este artigo!
Não seria nenhuma surpresa se lhe tivessem ocorrido alguns pensamentos como os seguintes, ao lhe oferecerem a tarefa:
• “Não me sinto à vontade com crianças.”
• “Não sei o suficiente de Ciência Cristã.”
• “Não sei o que dizer para preencher uma hora.”
• “Não tenho tempo de preparar-me.”
• “Na última vez em que substituí o titular, fracassei redondamente.”
• “ .” (Preencha com sua própria razão favorita.)
Argumentos como esses, às vezes, impedem certos Cientistas Cristãos que dariam bons professores, de concordarem em servir. As desculpas sempre soam plausíveis; muitas vezes, no entanto, fazem parte da demoníaca tentativa de reduzir ou deter a ajuda simples e vital que Mary Baker Eddy desejava cada Igreja de Cristo, Cientista, prestasse aos jovens que tem em seu meio.
A cada semana, incontável número de Cientistas Cristãos como você vencem a resistência a ensinar, ensinando! Verificam que podem dar o “mergulho” e gozar os efeitos estimulantes de aprender com os alunos, renovando sua própria compreensão e aguçando sua prática da Ciência Cristã. É este esforço que os torna bons professores. Verificam que aprendem a estar à vontade com os jovens, principalmente porque ficam mais tempo com eles. Uma hora ou menos aos domingos é bom começo. Compartilhar verdades e experiências transpõe barreiras facilmente.
Como preencher o tempo? O professor verificará que, em verdade, não o deve preencher. Irá preparar boas perguntas, baseadas nos tópicos de ensino delineados pela Sra. Eddy no Manual de A Igreja Mãe. Manual, §§ 2° e 3° do art. 20. Irá orar para ser um ouvinte atento. Então estará pronto para abrir a classe com base no dar-e-receber, nela incluindo livremente as necessidades e perguntas dos alunos. A própria preparação do professor torna-o flexível, mas também capaz de manter um senso de direção à medida que a discussão avança. O padrão de ensino é sempre a Ciência pura do Cristo contida na Bíblia e no livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, incentivando-lhe a aplicação prática e compassiva. Quer se trate de classe dos menores quer de jovens adolescentes, há sempre à mão amplo auxílio. Encontramos tal auxílio à medida que pesquisamos esses livros nós mesmos, atentos, enquanto lemos, às verdades que dizem respeito às necessidades da classe e prontos para reconhecer a unidade de cada aluno com a Mente única.
Tomemos um grupo de alunos de onze anos, por exemplo. Talvez estejam começando no escotismo ou se encontrem profundamente envolvidos em esportes de grupo. Talvez necessitem saber que os erros cometidos e os jogos perdidos podem ser vistos como ocasiões de aprender algo e não como desastres. Talvez lhes pareça que a escola está dando mais trabalho que antes. Os temas de casa talvez estejam se empilhando. Neste ponto, as crianças precisam de muita confiança de que Deus está ali com elas, guiando-as inteligentemente, mostrandolhes como crescer e aceitar responsabilidades, como seguir em frente com lealdade e honestidade.
Os salmos estão repletos de orientação direta e prática, com versículos fáceis de decorar e depois aplicar nos folguedos ou no laboratório de ciências. Ver, p. ex., Salmos 46:1; 90:16, 17:23:1–3. O texto áureo e a leitura alternada, nas lições bíblicas do Livrete trimestral da Ciência Cristã, também podem ser bons temas de casa. Além disso, temos o que Ciência e Saúde diz a respeito de formar modelos perfeitos no pensamento, delineando, desse modo, nossa vida. Ver Ciência e Saúde 248:28–35. São também de interesse: Salmos 78:1–4; Deut. 29:29; Ciência e Saúde 235:13–18; 234:5–9. Estes são ensinamentos simples e claros que tocam facilmente o aluno e com ele permanecem, às vezes, por décadas. Se o medo ao fracasso sob o ponto de vista de alguém outro é problema para um aluno, o professor pode falar com ele fora da classe e pôr-se à disposição para quando surgir alguma necessidade em especial. Se o aluno está tendo dificuldades na leitura ou em manter-se à altura dos outros, ou se tem problemas em fazer amigos, estas são oportunidades sob medida para o professor mostrar atenção e confiança de modo prático. Sua melhor ajuda está em ver o filho glorioso e completo do único Deus, livre de medo e erro, exatamente aí onde aparece um jovem mortal perturbado.
E, o que dizer do tempo necessário para preparar-se uma aula? Em verdade, o preparar-se para ensinar na Escola Dominical deveria tomar tanto tempo como o preparar-se dedicadamente para participar como membro da congregação, no domingo. A questão principal em qualquer dos casos não é o quanto sabemos de Ciência Cristã ou quantas vezes lemos a lição bíblica, mas o quanto estamos dispostos a aprender de Deus e a compartilhar o que aprendemos e o que ainda estamos aprendendo. Uma ou duas idéias, bem ponderadas no que tange à sua aplicação às necessidades da classe, podem ser suficientes para uma hora inteira de ensino. O objetivo é proporcionar um fundamento prático para viver e para aprender mais profundamente a lei espiritual e moral.
Agora que você leu este artigo e nele meditou, ainda poderá dizer “não”, caso tenha sido convidado a ensinar. E, certamente, sempre deveríamos orar antes de tomar decisões tão importantes. Mas, lembre-se, poderia ser você exatamente o professor de quem as crianças precisam.
