Em sentido figurado, fluido vital significa força vitalizante; e, literalmente, Deus é o poder vitalizante e sustentador de toda a Sua criação. Mary Baker Eddy escreve: “O ser individual do homem deve refletir o supremo Ser individual, para ser Sua imagem e semelhança; e esta individualidade nunca se originou na molécula, corpúsculo, materialidade, ou mortalidade.” Não e Sim, p. 26.
A capacidade de viver plenamente e desenvolver-se produtivamente é inerente à verdadeira individualidade de cada um de nós. Mas, como poderemos estabelecer uma ligação entre os nossos recursos divinos de vitalidade e a cura de outros, ou a nossa própria cura, da crença em problemas do sangue, de anemia? Cristo Jesus, o exemplo do homem ideal, responde: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10.
Todo o ministério de cura de Jesus mostra que a Vida divina — a mesma Vida que impeliu a ressurreição inigualada do Mestre — sustenta poderosamente nossos esforços no sentido de provar que o homem é o filho espiritual de Deus. Em todas as épocas, a lei deífica supre os discípulos cristãos com renovado vigor e resistência, essenciais ao progresso espiritual e ao serviço divino. O que quer que contribua para a cristianização da vida humana expressa qualidade perfeita e quantidade completa.
Vista corretamente, a vitalidade proveniente de Deus, auto-renovadora e inexaurível, vem a nós à medida que exercemos o discipulado cristão. Como Deus é sua origem e substância, a vitalidade que cultivamos em um viver cristão não pode ser deficiente nem estar diminuída. Jesus o provou. A Sra. Eddy escreve: “Aflições sem nome, vitórias sempiternas, são o sangue, as correntes vitais da vida de Cristo Jesus, resgatando para os mortais a libertação do pecado e da morte.” Não e Sim, p. 34.
No cenário humano atualmente, Cristo, a Verdade, que Jesus ensinou e praticou, é o vitalizador de um viver eficaz e cheio de propósito. Exatamente a partir do momento em que a idéia-Cristo entra no pensamento, desperta de maneira prática a vitalidade inerente à nossa verdadeira natureza. Quando a mulher que havia doze anos sofria de hemorragia — alguém que havia exaurido os recursos materiais — ouviu falar em Jesus, encontrou forças para mais uma vez desafiar sua invalidez. Abriu caminho através da multidão que se comprimia à volta do Mestre e tocou a orla da veste dele; e aquele único toque — aquele anelo pelo Cristo, a Verdade — foi suficiente. No relatar de Marcos: “E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo.” Após Jesus ter perguntado quem lhe havia tocado, ela falou. “E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre do teu mal.” Marcos 5:29, 34.
O Cristo eterno, a Verdade, alcança-nos aqui a agora, despertando nossa fé. Estar vivo com fé espiritual significa ficar revitalizado, ser sadio em um sentido mais profundo que o físico. Não deveria então desdobrar-se nossa fé a partir de uma base mais sólida que a das transfusões materiais, do repouso na cama, dos remédios ou complementos dietéticos? No livro-texto da Ciência Cristã, a Sra. Eddy declara radicalmente: “Ao pálido doente, que afirmas estar definhando com anemia perniciosa, deve-se dizer que o sangue nunca deu vida e nunca pode tirá-la — que a Vida é Espírito, e que há mais vida e imortalidade num só motivo bom e numa só ação boa, do que em todo o sangue que já tenha corrido por veias mortais, e simulado um sentido corpóreo de vida.” Ciência e Saúde, p. 376.
Os pensamentos sagrados de Deus, enchendo-nos a mente com fé em Deus, e circulando em nossa vida em atos de amor, purificam-nos completamente, e nos reabastecem. A Ciência Cristã cura as causas subjacentes, tanto quanto os efeitos visíveis, dos problemas sangüíneos.
Durante a infância, e até os vinte e poucos anos, certa moça combatera com remédios materiais um problema crônico de anemia. Quando acontecia ficar sem os comprimidos, ou sem conseguir o alimento ou o repouso prescritos, havia uma queda em sua vitalidade. Após começar a estudar a Ciência Cristã, ela interessou-se profundamente em conseguir melhor compreensão de Deus como Vida, a substância de toda realidade espiritual. Começou a familiarizar-se com todas as propriedades vitais que emanam daquilo que a Bíblia descreve como sendo “o manancial da vida” (Salmos 36:9). Ocorreu-lhe que, como atributo espiritual da Vida, a vitalidade está imutavelmente intata, nunca faltando de forma alguma. Esforçou-se diariamente para manter-se em consonância com essa verdadeira vitalidade, pondo em prática entusiasticamente sua compreensão recém-descoberta.
Então, um dia, deu-se conta de que havia muitos meses não tomava os comprimidos, não controlava seu repouso ou sua dieta. Estava, entretanto, forte e vigorosa. Sabia que estava curada. O renascimento espiritual que a fizera afastar-se da confiança na matéria, libertara-a da letargia mental e física. Em retrospecto, viu que em sua vida faltara vitalidade de muitas maneiras. Mas agora estava exultante com a orientação e a missão de uma fé ativa em Deus e, com isso, veio o poder de desenvolver capacidades espirituais e alcançar os propósitos cristãos de compreensão espiritual e demonstração.
Muitos anos mais tarde, ao encontrar velhas amigas, as quais tristemente observavam que não se sentiam mais como quando eram adolescentes, ela sentia-se contente em dizer: “Eu também não. Agora sinto-me melhor.”
Cristo, a Verdade, revelado através da fé e da compreensão, faz mais do que restaurar-nos a saúde e a vitalidade. Desperta nosso sentido espiritual — refrigera nossa alma. No batismo contínuo da purificação e revigoramento espirituais que uma prática ativa da Ciência Cristã proporciona, experimentamos um renascimento da vida. Quando despertamos da crença letárgica de que dependemos da matéria para conseguir vida e vigor, estamos prontos para comprovar que Deus, a Vida divina, cuida de Seus filhos. Deus providencia tudo aquilo que, porventura, se nos faça preciso para gozarmos de vida eterna e irreprimível. Deus é a fonte de nossa vitalidade.
