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Compreensão e paz

Da edição de abril de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Quando era adolescente, minha mãe e eu fomos morar com uma tia idosa, a fim de cuidarmos dela. Quase todas as noites, as duas mulheres discutiam asperamente. Certa vez, eu estava no meu quarto, tentando fazer a lição de casa, quando minha tia entrou e freneticamente tentou conseguir meu apoio numa disputa acalorada.

“Você sabe que tenho razão!” gritou.

Naquele instante, voltei-me a Deus em busca de ajuda. Alguns versículos conhecidos da Bíblia vieram-me ao pensamento e, com eles, um vislumbre da capacidade infinita de Deus para abençoar e de Sua natureza imparcial como Amor divino.

Minha tia saiu do quarto quase que imediatamente e a briga acabou. Dali em diante, não mais procuraram colocar-me no fogo cruzado de opiniões e sentimentos. Em pouco tempo, minha tia encontrou forma de atendimento mais adequada e minha mãe e eu mudamo-nos para um lugar mais agradável. Todas as três continuamos amigas.

Esse incidente ficou sendo um marco na minha vida. Mostrou-me a relação inseparável que há entre compreensão espiritual e harmonia. Às vezes, pude comprovar esse fato divino em minha experiência de forma imediata; outras, tornou-se necessário esforço persistente. No entanto, ainda que meu conhecimento de Deus parecesse ser escasso, toda percepção clara do poder e do amor de Deus tinha efeito curativo.

Diz-nos a Bíblia: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” Isaías 26:3. Essa perfeita paz nunca pode ser algo arbitrário, o simples resultado de condições favoráveis. A paz é um dom precioso de Deus para o homem e toca o coração que procura conhecer Deus.

O que Deus, o Amor, criou não pode ser desfeito. Sua descendência espiritual O reflete em natureza e ação. Simplesmente não há lugar para nada dessemelhante do bem na realidade divina; não há nenhum elemento conflitante, belicoso, contrário. O homem é a semelhança de Deus e está sempre equipado com sabedoria e amor — qualidades que são inseparáveis de sua fonte, Deus. O homem reflete paz, e a verdadeira paz não pode ser anulada. Reconhecer essa verdade e esforçar-se por viver à altura do que ela exige, traz crescente domínio sobre o atrito e a guerra.

Disputas e beligerância apóiam-se na suposição errônea de que pode haver inteligência separada de Deus. A partir dessa premissa, o bem e a felicidade são considerados limitados.

Nada, porém, pode mudar a realidade espiritual. A Mente divina é a única inteligência do universo. A Mente, Deus, está perpetuamente consciente de Sua própria criação perfeita; está no controle absoluto do que Deus fez. Compreender isso ajuda a obter paz mais duradoura, aumentando a imunidade contra influências mentais nocivas e dando maior propósito à vida.

Os campos de batalha do mundo não estão circunscritos a lugares como o Oriente Médio. A luta pela vitória sobre as limitações e frustrações da vida diária tem lugar na consciência individual. Quando percebemos o poder curativo que existe potencialmente em cada conceito baseado em Deus que entretemos, quando sentimos a paz que disso resulta, podemos fazer muito em favor de compreendermos melhor a nós e a nosso próximo. Podemos fazer muito para resolver os problemas complexos dos dias de hoje, pois as nações não são simples pedaços da geografia. São, em grande parte, compostas dos pensamentos, atitudes e idéias de seus cidadãos. Nem um só de nós é insignificante! Não podemos nos dar ao luxo de afrouxar os esforços em promover a paz.

Se fizermos persistentemente nossa parte em trazer a paz divina a nossa própria vida, nossa percepção da bondade ilimitada de Deus expandir-se-á. Encontraremos oportunidades de contribuir para a paz de outros.

Mary Baker Eddy, dedicada seguidora de Cristo Jesus, escreve: “Pela Ciência divina, o Espírito, Deus, une a compreensão à harmonia eterna. O pensamento calmo e elevado, ou percepção espiritual, está em paz.” Ciência e Saúde, p. 506. Poderá haver fundamento melhor e mais sólido para enfrentar as ameaças de discórdia do que a percepção consciente e a vivência da verdadeira paz?

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