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As curas a respeito das quais lemos na Bíblia, particularmente...

Da edição de junho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


As curas a respeito das quais lemos na Bíblia, particularmente aquelas realizadas por Cristo Jesus, que curou radicalmente todos os tipos de males, sempre me inspiraram. São um atestado absoluto de que a causa e o efeito materiais não são lei. A confiança que Jesus depositava na lei de Deus, lei que afirma ser o homem eternamente harmonioso, saudável, imaculado, e os resultados curativos dessa lei, são a base sobre a qual nós também podemos confiar em Deus.

Uma tarde, na adolescência, fui acossado por excruciante dor na parte inferior do abdome. Imediatamente, pedi a minha mãe que solicitasse a ajuda de um praticista da Ciência Cristã, e ela o fez.

Lembro-me de haver recordado muitas curas sobre as quais havia lido na Bíblia e senti um profundo desejo de corresponder verdadeiramente à confiança que eu sentia em Deus. O mal-estar era tão intenso que me era muito difícil pensar. Houve momentos em que eu temia ter de agüentar a dor durante muito tempo. Senti-me desesperado e, contudo, meu desejo de ter uma cura mediante a Ciência Cristã era muito forte. Depositei minha confiança em Deus.

Após cerca de uma hora, adormeci. Quando acordei, estava completamente livre. Tive uma maravilhosa sensação de paz e de proximidade a Deus. Senti-me imensamente grato.

Alguns anos mais tarde, tive outro ataque, tarde da noite. Imediatamente pensei no que havia ocorrido na vez anterior, e lembrei que minha mãe havia comentado na ocasião que o medo à dor fora anulado especificamente no tratamento que o praticista me dera. Reconheci desta feita que eu tinha muito medo — medo de passar por sofrimento tão desagradável outra vez.

Voltei-me para o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, e encontrei esta afirmação (pp. 411–412): “Se conseguires eliminar inteiramente o medo, teu paciente estará curado.” Isso trouxe-me à lembrança que a causa e o efeito são mentais, não físicos. Sabia que podia confiar, como Jesus o fazia infalivelmente, na lei de Deus, do bem, lei que está sempre presente e é sempre atuante. Veio-me ao pensamento que, sem a mente mortal, não haveria dor. Parte da definição de mente mortal contida em Ciência e Saúde declara (pp. 591–592): “uma crença de que a vida, a substância e a inteligência estejam na matéria e que sejam da matéria.”

De repente, achei até divertido pensar que um bocado de massa cinzenta sob o crânio pudesse conter a inteligência ou a vida de alguém! Ao dar-me conta disso, vi que era impossível haver qualquer consciência que procedesse da matéria ou nela residisse, porque a consciência só procede de Deus, a Mente divina. E, como na realidade não existe mente mortal, percebi que não podia haver dor. O medo desfez-se instantaneamente e notei que não mais sentia desconforto. Foi uma grande alegria constatar o poder da Verdade, Deus, demonstrado em minha vida.

Vários meses mais tarde, enquanto lia em casa uma noite, tive um terceiro ataque. Imediatamente recordei os pensamentos claros que haviam dissipado o medo. Conquanto a dor fosse muito intensa, uma sensação de alegria manifestou-se dentro em mim, quando me dei conta de que essa era outra oportunidade de sentir a presença gloriosa do Cristo, de gozar da proximidade de meu Pai-Mãe Deus. Cumpriu-se a grande e consoladora promessa feita em Isaías (41:10): “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”

Desta vez, no entanto, embora o medo se dissipasse imediatamente, a dor persistiu. Percebi que havia algo mais a aprender, dessa experiência. Pensei na luta de Jacó em Peniel, onde ele estava sozinho, e “lutava com ele um homem, até ao romper do dia” (Gênesis 32:24). A Bíblia então registra (versículos 26 a 28): “Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir, se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então disse: Já não te chamarás Jacó, e, sim, Israel: pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.”

Reconheci que eu tinha sido grandemente abençoado em minhas lutas anteriores com o sentido mortal de vida, substância e inteligência. Mas sabia também que tinha de ater-me a esse sentido espiritual que se estava revelando em meu pensamento, até prevalecer ali sobre quaisquer conceitos errôneos que se encontrassem na raiz do problema. Eu sabia que isso haveria de trazer a transformação de pensamento que eu estava procurando, e um correto ajuste das circunstâncias físicas.

Reconheci que, à medida que eu voltava humildemente meu pensamento para a luz da Verdade, qualquer coisa dessemelhante da Verdade haveria de sobressair para que fosse corrigida. No livro Ciência e Saúde a Sra. Eddy ressalta (p. 95): “Nenhuma espécie de erro pode esconder-se da lei de Deus.”

Continuando a orar, lembrei algo que havia acontecido vários dias antes. Durante um vigoroso jogo de tênis de mesa, o amigo com quem eu estivera jogando mencionara que seu irmão tinha tido um ataque de apendicite e fora levado ao hospital para submeter-se a uma operação. Eu estava tão atento ao jogo que simplesmente deixei esse incidente infiltrar-se em meu pensamento, aceitando para outrem a crença de que um filho de Deus pudesse ser vítima de enfermidade ou discórdia.

Uma grande lição se me descortinava. Eu havia trabalhado na Ciência para ver mais de meu verdadeiro parentesco com Deus — um relacionamento de eterna harmonia — e o havia visto. Mas agora eu me apercebi da necessidade de aceitá-lo para todos os filhos de Deus — todos, sem exceção. Com grande alegria reivindiquei, desta vez para toda a humanidade, a lei do relacionamento harmonioso entre o homem e Deus, cujo universo está intato e em ação para todos. Tornaram-se nítidas as idéias inspiradas a respeito da existência, como sendo esta de todo ordeira, obediente à lei, saudável e pacífica. Ao compreender essas verdades como reais para todas as idéias de Deus, senti a presença do Amor como nunca antes a havia experimentado.

Com uma percepção preciosa da universalidade da lei de Deus, reconheci que o que eu pensava serem sintomas de apendicite não eram senão sugestões errôneas, carentes de qualquer base na verdade, e fiquei curado.

A cura foi permanente, pois, nos muitos anos transcorridos desde então, não houve retorno do mal-estar. Estou humildemente grato pelas curas que tive, e pelas lições que aprendi porque confiei em Deus, como Cristo Jesus nos ensinou. Nosso Pai-Mãe Deus está, de fato, sempre presente. Voltando-nos para Ele sem reservas e com esperança, podemos superar toda e qualquer dificuldade.


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