Duas pessoas, perto de mim na fila da agência dos Correios, conversavam sobre as condições no mundo. Uma delas disse: “Para mim, confesso que nada há mais difícil na vida do que me deparar com injustiças, sejam de que tipo forem. Injustiças me deixam muito triste.” É certo que inúmeras pessoas partilham desse mesmo sentimento. Até as crianças pequenas sofrem com aquilo que percebem ser injusto. Um garotinho observou, de maneira singular: “Mamãe, não faz mal quando você fica furiosa comigo por alguma coisa que eu fiz. Mas, quando a culpa é do Tiago (o irmão, um ano mais novo) e eu é que levo a bronca, aí eu fico ainda mais furioso do que você.”
Quer o problema seja o de pequenas injustiças que ocorrem no seio familiar a despeito das melhores intenções, quer seja o de ações erradas de maior vulto e que causam consternação pública, precisamos esforçar-nos para evitar injustiças, esforçar-nos para curá-las. Para o Cientista Cristão, o ponto de partida mais eficaz, em realidade, o único ponto de partida, é o da oração baseada num conhecimento da natureza de Deus e de Sua vontade que a tudo governa.
Deus é a Verdade suprema, o Amor divino. Sua criação é espiritual e perfeita, não física e discordante. O cuidado imparcial de Deus pelo homem que é criado à Sua semelhança, se evidencia em todo o Seu reino. Além do mais, o reino espiritual de Deus fica aqui mesmo e não em algum lugar distante no tempo ou no espaço. Poderíamos descrevê-lo como a soma total da expressão do Amor infinito. Quando aprendemos a reconhecer a criação divina e percebemos que a identidade verdadeira de cada um de nós está incluída nessa grande realidade espiritual da criação de Deus, estamos aptos a provar que à injustiça falta poder e que ela é irreal. Por “irreal” entendemos que lhe falta autenticidade espiritual. A injustiça não tem nenhum apoio na bondade de Deus, em Sua lei. Conseqüentemente, não faz parte da verdadeira individualidade de cada um de nós, a qual reflete as características do Princípio e do Amor.
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