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O que você necessita

Da edição de junho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Entre as asserções da Sra. Eddy mais queridas e citadas está a seguinte: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana.” Ciência e Saúde, p. 494.

Promessa tanto quanto declaração veraz, essa frase tem trazido consolo e certeza a milhares de pessoas que a leram no livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, ou que a viram nas paredes de muitas das igrejas da Ciência Cristã.

É natural que a Ciência do cristianismo reconheça a correlação entre a devoção espiritual e o atendimento das necessidades humanas. Fundamental ao pensamento judeu-cristão é a mensagem de Moisés aos filhos de Israel, de que existe um só Deus. A eles cabia amar, obedecer e servir a Deus de todo o coração, de toda a alma e de toda a força. Essa era a obrigação fundamental deles na grande aliança feita com Deus.

Moisés prometeu aos israelitas que Deus consumaria a aliança sendo solícito para com eles: “Será, pois, que, se, ouvindo estes juízos, os guardares e cumprires, o Senhor teu Deus te guardará a aliança e a misericórdia prometida sob juramento a teus pais; ele te amará e te abençoará e te fará multiplicar; também abençoará os teus filhos, e o fruto da tua terra.... Bendito serás mais do que todos os povos.” Deuter. 7:12–14. Se os filhos de Israel tivessem cumprido a parte deles nessa aliança, bem poderiam ter encontrado mais cedo a Terra Prometida e gozado, mais cedo, dessas bênçãos.

Muitos dos mandamentos, estatutos e juízos dados por Moisés eram leis humanas destinadas a assegurar uma sociedade estável. Mas o ensinamento supremo e essencial dessa lei era espiritual. Dela dependiam então, e ainda hoje dependem, a verdadeira existência e a harmonia duradoura. Essa lei requer que amemos o único Deus infinito, o bem. De fato, a tentação de ter outros desuses é o que parece interromper o fluxo de bênçãos divinas.

Que Deus é um único e é Tudo, é fundamental à Ciência Cristã. Deus é conhecido como a causa única, o único criador. A criação se revela contínua e eternamente. E é completamente boa. Não existe limite à bondade incomensurável de Deus. Tal bondade engloba, para sempre, o homem, a imagem e semelhança de Deus, a sua e a minha verdadeira identidade. Esse bem divino se expressa em substância e idéias espirituais.

Deus está sempre consciente de Seus filhos e está suprindo tudo aquilo que estes necessitam. Mas isso não é como se Deus estivesse sentado num trono ou numa nuvem, em algum lugar, dizendo: “Ora, existe uma familiazinha digna que necessita de um lugar para viver. Eu a proverei de uma bela casinha, talvez com um jardim à volta!”

Ao invés de alimentar esse pensamento, ao estudar Ciência Cristã compreendemos que Deus sabe estar Seu filho querido eternamente em casa na atmosfera do Amor e que Deus o mantém aí — sob a orientação da Mente onipresente e sob a jurisdição do Princípio divino. Ao aumentar em nós a compreensão do que Deus sabe, passamos a desfrutar mais de um sentido humano de lar, de saúde e de bem-estar que satisfaz a nossas necessidades. Como prometeu Moisés, recebemos as bênçãos de Deus da maneira humana adequada.

Para muitos, a Bíblia tem sido a principal via para chegar a compreender como o Amor satisfaz às necessidades humanas. E Ciência e Saúde, com sua chave divinamente inspirada, reitera o grande amor de Deus pelo homem, Seu filho bendito, e mostra-nos como demonstrar esse amor. Os dois livros desempenham a função de pastor da Ciência Cristã — ministrando de modo impessoal, universal e compassivo. São também os livros em que se estuda a Ciência Cristã com cujos ensinamentos, aplicados, vem a solução de problemas humanos.

Recentemente, meu marido e eu tivemos disso um exemplo que, embora pequeno, é de grande significado para nós. Recebemos de nosso filho e de nosso neto o convite de participarmos juntos de uma viagem em que acamparíamos num local na Baixa Califórnia, remoto e primitivo, mas muito belo. Cerca de uma semana antes da viagem, nosso filho nos forneceu uma lista de título “O que você necessita”. Examinando as duas páginas da lista, compreendemos que teríamos de ser completamente auto-suficientes, levando conosco todo o mantimento, o equipamento normal e o de emergência. Começamos a reunir as coisas.

Num certo sentido, “auto-suficiência” é um termo em si mesmo bastante contraditório. Jesus — bem ciente de que Deus é a verdadeira fonte de toda inteligência, substância e atividade — afirmou: “Eu nada posso fazer de mim mesmo.” João 5:30. E Paulo escreveu: “A nossa suficiência vem de Deus.” 2 Cor. 3:5. Portanto, volvi-me naturalmente para a Bíblia e para o livro Ciência e Saúde a fim de considerar a verdadeira base da suficiência.

Devíamos partir num sábado. Durante a semana de preparativos que antecedia a viagem, o tema da lição bíblica Encontrado no Livrete trimestral da Ciência Cristã. era: “Deus, o preservador do homem.” Ficamos comovidos com a quantidade de versículos e parágrafos que se aplicavam especificamente a todas as coisas necessárias quando se vai acampar. Era-nos prometido que Deus preservaria nossa saída e nossa entrada (ver Salmos 121:8). Era-nos assegurado que dormiríamos livres de temor (ver Prov. 3:24). Uma citação dizia-nos que o anjo do Senhor acamparia a nossa volta (ver Salmos 34:7). Havia, até mesmo, um versículo (ver Isaías 40:22) com respeito a desenrolar uma tenda!

A mensagem espiritual em todos esses versículos lembrava-nos que Deus está sempre presente e é todo-poderoso. Estávamos confiantes de Sua solicitude, de que nos supriria de todas as idéias corretas, inclusive as relativas a segurança e harmonia. (Também empacotamos todas as coisas que constavam da lista preparada por nosso filho.)

Fizemos uma viagem inusitada e interessante. Quando nos dirigimos para a Baixa Califórnia, seguimos de perto a camioneta de nosso filho. Mas decidimos voltar para casa antes dele. Meu marido notou que um dos pneus estava um pouco murcho, por isso, toda vez que adquiríamos combustível para o carro, era colocado ar nesse pneu. Um dia após chegarmos em casa, o pneu esvaziou completamente dentro de nossa garagem. Quando meu marido foi trocar o pneu, houve uma série de complicações e fomos, por fim, forçados a chamar um reboque para levar o carro à oficina.

Como nos sentimos gratos por não ter isso acontecido na estrada, durante nossa viagem de mil quilômetros, na volta para casa, ao longo de trechos em que não se via nenhum outro veículo em qualquer direção, nem havia residências, nem postos de gasolina. Realmente, Deus havia preservado nossa saída e nossa entrada.

Cristo Jesus disse: “Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir.” A esta altura de nossa experiência, ainda não estamos preparados para passar sem as coisas necessárias ao viver humano. Jesus o reconheceu, mas igualmente nos mostrou o que é prioritário. Ressaltou: “Vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:25, 32, 33.

Talvez, entre as razões que levam os mortais a acharem que suas necessidades não estão sendo atendidas, esteja a de entreterem um conceito errado acerca do que é realmente importante. Um jovem rico, que talvez se tivesse dado conta de que em sua existência faltava algo, perguntou a Jesus o que fazer para herdar a vida eterna. Ora, aí estava alguém que podia comprar tudo o que lhe era necessário. Alguém que afirmou ter sempre observado os mandamentos. E que implorou: “Que me falta ainda?” Então, conta-nos a Bíblia: “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me.” Evidentemente, esses requisitos não se coadunavam com os planos preconcebidos do jovem, porque a Bíblia registra que ele “retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades” Mateus 19:20–22.. A reação do jovem foi similar à dos israelitas com respeito à aliança. O Amor divino fazia jorrar suas bênçãos, mas o jovem vacilava entre duas lealdades, entre dois deuses.

Na realidade, nunca saímos perdendo humanamente ao colocar Deus em primeiro lugar, ao amar e obedecer ao único Deus supremo. É esse um fato central que vai do início ao fim da Bíblia, e podemos comprová-lo cientificamente agora.


Porque, embora andando na carne,
não militamos segundo a carne.
Porque as armas da nossa milícia
não são carnais, e, sim, poderosas em Deus,
para destruir fortalezas;
anulando sofismas e toda altivez
que se levante contra o conhecimento de Deus,
levando cativo todo pensamento
à obediência de Cristo.

2 Coríntios 10:3–5

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