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Pesando a evidência da cura espiritual

Da edição de junho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao pesar evidências, ficamos muitas vezes perplexos. Quando a decisão final toca os grandes problemas do bem-estar humano, a análise das provas pode vir a ser um esforço solitário. E, muitas vezes, uma pessoa sinceramente disposta a fazer tal trabalho tem de lutar contra a sensação de estar em completa solidão.

Mas, ao examinar as Escrituras, verificamos que muitas descobertas e revelações espirituais foram feitas em momentos de solidão. Moisés, quando encontrou Deus, se achava a sós no deserto. Jacó, sem que os demais o percebessem, lutou com as questões mais profundas de sua vida, com sua consciência e com anos de ambições, para obter a bênção de Deus e sua própria paz de espírito. Elias, odiado e vilipendiado, orou pedindo a morte por fuga, quando não havia ninguém com ele para lhe dar consolo ou simpatia, mas, ao invés, em seu exílio solitário encontrou Deus, e achou renovação.

Experiências similares encontram-se repetidas na vida de Cristo Jesus e na de seus discípulos. Muitas vezes, a descoberta espiritual nasce em conjunturas de solidão física humana, mas essa solidão não isola, de Deus ou das outras pessoas, um homem ou uma mulher. Em vez disso, o tempo que alguém passa em solidão torna-se oportunidade pela qual pode aprender a silenciar a oposição dos sentidos materiais que, por seus testemunhos, alegam estar o homem alienado de Deus, a Vida e o Amor divinos.

Jesus não só precisava ficar a sós; ele procurava a calma da solidão para comungar com Deus. Os momentos de comunhão solitária eram, porém, seguidos de portentosos períodos de cura e trabalho em meio ao seu povo. Jesus, ao procurar a solidão, a fim de ponderar as profundas coisas espirituais de Deus e Seu relacionamento espiritual com o homem, nunca ficou sem apoio. Deixou claro que seu conhecimento de Deus impedia que ficasse abandonado. Depois de um intervalo passado no Monte das Oliveiras e o subseqüente encontro com o povo, Jesus disse: “Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.” João 8:29.

A Sra. Eddy aprendeu, paralela a essa, importante lição. Descrevea no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde. “Ser-te-ia a existência,” pergunta, “sem amigos pessoais, um vazio? Virá então a ocasião em que estarás solitário e privado de simpatia; esse aparente vácuo, porém, já está preenchido pelo Amor divino. Quando chegar essa hora de desenvolvimento, ainda que te apegues a um sentido de alegrias pessoais, o Amor espiritual te forçará a aceitar o que melhor promover teu crescimento.”

E prossegue, referindo-se à lição crucial resumida no ditado “a extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus”, acrescentando: “É assim que Deus ensina os mortais a se desfazerem da carnalidade e ganhar a espiritualidade. Isso se consegue pela abnegação de si mesmo.” Ciência e Saúde, p.266.

Hoje em dia estamos rodeados de dispositivos eletrônicos e modalidades de transporte que literalmente nos empurram a uma movimentação constante (física ou mentalmente). Assim, um dos maiores desafios às pessoas, nesta época, talvez seja o de haver a necessidade de ficar calmo e atender ao desejo espiritual e à capacidade de ouvir e de compreender Deus. Tal solidão e quietude podem ser conseguidas até mesmo no lufa-lufa de uma vida ativa. É uma capacidade espiritual, e não a restringem condições ou circunstâncias materiais. Nesta compreensão espiritual talvez se encontre a última grande fronteira que necessita ser explorada pelo homem, a fim de que este reconquiste a inocência e a integridade espiritual a que alude o antigo escriba, quando se refere ao homem feito “à imagem de Deus” Gênesis 1:27..

A capacidade espiritual de conhecer e compreender Deus não é mistério na Ciência Cristã; essa capacidade se amplia à medida que examinamos corretamente os casos de cura espiritual. Hoje em dia, essa capacidade requer solidão para que se desenvolva na sua plenitude, tal como o constataram homens e mulheres nos tempos bíblicos. Repetidas vezes foram forçados pela solidão a considerar mais detidamente as provas espirituais de seu relacionamento com Deus.

Na Ciência Cristã, a capacidade espiritual de compreender Deus é denominada “sentido espiritual”. O sentido espiritual é o conhecimento espiritual, íntimo, que não só toma consciência da orientação de Deus, mas também a segue. Gradualmente, por meio desta obediência de foro íntimo, homens e mulheres desvinculam-se de todo medo, ignorância ou pecado na consciência humana que lhes pretende provar, falsamente, que o homem está alienado de Deus.

Foi esta mentalidade voltada para as coisas do espírito o que dinamizou as obras de cura descritas na Bíblia. É na mentalidade espiritualizada que hoje em dia se centraliza a cura pela Ciência Cristã. Essa mentalidade vivificada pelo Espírito é inerente em nós e só aparenta ter sido por nós perdida, ou estar ausente, se a negamos e substituímos pela sórdida indulgência do que é material.

Por mais de um século, as obras de cura e de reforma do cristianismo primitivo vêem-se restabelecidas, na prática da cura pela Ciência Cristã. Aqueles que estão dispostos a examinar as provas da cura metafísica e a aprender o método científico de praticá-la, inclusive a necessidade de ficar a sós com Deus, estão na iminência de fazer tremenda descoberta. O que está por vir é mais do que uma cura física ou transformação: é a revelação e a prova, já à mão, de que o homem, honesto, íntegro e amado, é o filho de Deus. Esta época moderna requer uma consideração esclarecida da Ciência Cristã e a prova dada pela cura espiritual.


Não confieis em príncipes,
nem nos filhos homens, em quem não há salvação.
Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio,
cuja esperança está no Senhor seu Deus.

Salmos 146:3, 5

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