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Aspirações que se elevam

Da edição de julho de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


O ano passado tive a experiência de tomar minhas primeiras aulas sobre como pilotar um planador. Aos alunos foi dito, logo de início, que esse seria um curso prático. Não eram aulas em que se falava a respeito de pilotar, mas um curso em que se ensinava a pilotar de fato. Por isso, após breve explicação e um relatório sobre o tempo, lá estávamos nós no campo de aviação, vestindo nossos pára-quedas e subindo nos planadores. Nossos instrutores estavam afivelados atrás de nós numa posição de controle duplo.

Deu-se então o procedimento de verificação da carlinga, a fim de nos certificarmos de que todo o equipamento estava em ordem. Esses exames minuciosos são feitos toda vez que se vai decolar, de modo a ter-se completa confiança na aeronave. Por fim, a cobertura é fechada com firmeza e é dado o sinal para que o cabo de reboque seja engatado para a decolagem. Percorrida uma pequena distância, você está flutuando no ar e é levado a uma altura de cerca de mil metros.

Aí vem o momento mais excitante, quando você solta o cabo e o planador voa por conta própria. Mantendo o olhar no horizonte e perscrutando os céus para ver se o caminho está livre, você remonta até àqueles bolsões de ar quente, as correntes de ar ascendentes, que fazem o planador subir ainda mais. A vista que se descortina, abrangendo uma vasta área, é magnífica.

O que eu estava aprendendo tem algo a ver com meu estudo e prática da Ciência Cristã. Afinal, como cristãos, todos estamos “sob ordens, como principiantes”, de ir para a frente e praticar o que aprendemos. Constatei haver outras lições correlacionadas também. Cristo Jesus, por exemplo, deixou bem claro aos seus discípulos que esperava que procedessem como ele fizera. Ele mesmo ilustrou, de modo incomparável, que à medida que vivemos em relação constante com Deus, o Espírito, libertamo-nos das limitações que se infiltram na existência humana.

Como podemos conseguir essa liberdade? Podemos orar lealmente para compreender nosso relacionamento com Deus como Seus filhos e filhas queridos e desejar servi-Lo melhor e fazer a Sua vontade. As regras fundamentais são as verdades eternas contidas na Bíblia, nos Dez Mandamentos e no Sermão do Monte feito por Cristo Jesus. Vivendo de acordo com esses preceitos, adquirimos uma convicção sólida de que a lei de Deus nos sustenta. Ao orar, sentimos a certeza de Sua presença.

O Salmista sentiu essa presença de modo tão tangível que escreveu: “Se subo aos céus, lá estás; ... se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá.” Salmos 139:8–10.

Às vezes, os pesos que pretendem nos atrelar à terra parecem muito reais. Talvez relações humanas difíceis, o fardo das responsabilidades ou o medo e a doença nos façam mover com lentidão. Podemos, no entanto, cobrar ânimo pelo fato de que outros antes de nós se libertaram do pensamento baseado na matéria, o qual fomenta esses fardos. Houve pessoas que sentiram a poderosa elevação do Espírito.

A Sra. Eddy, por exemplo, diz-nos dos passos que a levaram à descoberta da Ciência do Cristianismo, Ciência destinada a libertar a humanidade de todos os conceitos de tendência terrenal. Escreve ela: “As limitações se desvanecem na proporção em que a natureza carnal desaparece e o homem aparece no reflexo do Espírito.

“... O conceito humano material desvanecia-se cada vez mais, à medida que eu, flutuando, penetrava em latitudes mais espirituais e esferas mais puras de pensamento.” Retrospecção e Introspecção, p. 73.

Como podemos soltar os elos que nos impedem de conhecer a alegria e a liberdade que vêm à medida que Cristo, a Verdade, nos eleva até “esferas mais puras de pensamento”? Podemos começar por nos identificar corretamente como filhos e filhas de Deus. Jesus instou que a nenhum homem chamássemos de nosso pai na terra, “porque só um é vosso Pai, aquele que está no céu.” Mateus 23:9.

À medida que passamos a compreender que Deus é o único criador e originador de nosso ser, começamos a sentir a liberdade dada por Deus que é nossa por direito inato. A crença de que somos mortais presos pelo cordão umbilical a um feixe de crenças hereditárias, vai desaparecendo aos poucos.

Ao compreendermos mais plenamente que nossa individualidade espiritual está para sempre unida com Deus, verificamos que o pensamento remonta com naturalidade a altitudes mais espirituais. Adquirimos uma visão mais ampla da realidade. À medida que o horizonte de nossa consciência se expande, no entanto, não perdemos de vista os marcos queridos. Passamos a vê-los sob nova perspectiva, como marcos úteis de nossa vereda ascendente.

Ninguém pode dizer que Jesus estava atado às coisas da terra. Há grande alegria em seguir o caminho que ele nos mostrou. Há também, com certeza, um trabalho imenso a ser realizado para superar as crenças na mortalidade e suas limitações, mas se estamos atentos às suas regras, colocando-nos numa senda de crescimento espiritual firme, verificamos que nossas aspirações remontam acima do materialismo. Vemos que o reino do Espírito é uma realidade presente. As velhas formas de pensar: medo, pecado e doença, ficam paulatinamente para trás. O caminho todo somos sustentados pelo amor todo-poderoso de Deus!

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