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Você já desejou ter um tio rico?

Da edição de julho de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


Você conhece a expressão: “Ah! Se eu tivesse um tio rico”? Essa pessoa, não necessariamente um parente, seria alguém a quem você poderia recorrer, quando as coisas estivessem difíceis, alguém que lhe daria a segurança de saber que ele estaria sempre por perto para ajudá-lo quando houvesse alguma necessidade.

Durante certa época de minha vida em que as finanças da família pareciam realmente um problema, o seguinte pensamento ocorreu-me: “Que bom seria se eu tivesse um tio rico!” Enquanto me detinha nesse pensamento e em todas as suas possibilidades, senti-me, subitamente, cheia de gratidão. Percebi que podia contar com Alguém que podia fazer infinitamente mais por mim do que qualquer tio humano. Alguém que estivera sempre presente e satisfizera a todas as minhas necessidades. Esse Alguém, naturalmente, é Deus.

Cristo Jesus disse: “... e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis.” Mateus 21:22. Perguntei-me se já havia sofrido por confiar inteiramente em Deus, sem reservas, para obter tudo aquilo de que eu necessitava. Claro que a resposta imediata foi “não”. Na proporção de minha fé e compreensão espiritual acerca de Deus, minhas necessidades tinham sempre sido atendidas graças à oração. O que é maravilhoso, é que a Ciência Cristã sustentou minha oração mediante a noção científica do que Deus é. Em Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, aprendi este grande fato: “Deus é infinito, a única Vida, substância, Espírito, ou Alma, a única inteligência do universo, inclusive o homem.” Ciência e Saúde, p. 330. Poderia eu pedir melhor proteção ou direção do que essa?

Fiz uma pausa e questionei minha própria experiência. Por que é que eu teria necessitado de tantas provações e problemas financeiros para abrir os olhos àquilo que já sabia? Teriam sido necessárias essas duras experiências, para inspirar minha gratidão? Em meu caso, aparentemente, sim. Precisei crescer e, até mesmo, sofrer o suficiente para voluntariamente renunciar à minha confiança num sentido material das coisas e aceitar a realidade do cuidado e do amor de Deus. Aos poucos, percebi que permitindo que a dúvida e o medo viessem à tona e dominassem meu pensamento, havia passado a acreditar que certas condições humanas eram irremediáveis, a menos que outras melhores pudessem substituí-las. Ao desejar um “tio rico” ou simplesmente procurar uma solução financeira, eu havia deixado de me apoiar no Princípio divino, Deus. Como resultado inevitável tive experiências árduas e fatigantes. Enquanto meus pensamentos permaneceram dominados pelo medo e por um sentido pessoal acerca das coisas, eu só considerava possíveis os prognósticos humanos, bons ou maus.

Em verdade, Deus provê sustento contínuo para Sua criação. O homem nunca foi abandonado. Na Ciência Cristã, o homem não possui mente separada de Deus, que é a única Mente, e por isso o homem tem tudo de que precisa como reflexo dessa Mente. À medida que fui me afastando dessa minha fantasia sobre o tio rico, e comecei a sentir a totalidade de Deus, compreendi que Ele realmente cuida de mim, Sua idéia espiritual. Isso possibilitou um crescer em espiritualidade, e quando essa espiritualidade substituiu meu senso de identidade e existência baseadas na matéria, as condições financeiras e todas as outras mudaram para melhor.

Pensando nessa experiência, recordo esta declaração contida em Ciência e Saúde: “As duras experiências provenientes da crença na suposta vida da matéria, bem como nossos desenganos e sofrimentos incessantes, levam-nos, como crianças cansadas, aos braços do Amor divino.” Ibid., p. 322. Com determinação, devemos assumir o compromisso de praticar a cura cristã como nossa primeira linha de defesa para corrigir todas as condições discordantes, inclusive a falta de suprimento. Fantasiar soluções só coloca um sonho dentro de outro, o que, normalmente, leva a esperanças frustradas e escuridão mental.

Se o medo mesmerizou nosso pensamento e as circunstâncias enfatizam continuamente a falta de provisões materiais, precisamos refutar a veracidade dessa condição para nós, e para qualquer outra pessoa. Claro que precisamos dar os passos humanos necessários para o viver diário. Mas devemos também trabalhar para adquirir a compreensão do suprimento como sendo o efeito de colocarmos em prática idéias espirituais tais como amor, alegria e obediência. A cada minuto podemos aceitar o fato de que Deus nos supre através de Sua lei de bem infinito. Então, começaremos a ver que a substância divina já está presente e que a abundância é a conseqüência. Através da oração e da paciência podemos demonstrar esse fato como realidade. Em meu caso, o resultado de afastar-me do desespero e de confiar em Deus e Sua provisão infinita, foi que meu marido começou a desenvolver uma nova atividade. Os rendimentos provenientes desse negócio permitiram-nos saldar nossas dívidas decorrentes das várias mudanças que tivéramos de fazer.

Durante tempos de desafios, lembre-se da necessidade de crescimento espiritual e aceite a graça de Deus. Durante todos os desafios Deus está presente, cuidando-nos e fortalecendo-nos para fazermos a Sua vontade. Quando aprendemos a encarar essas provas como oportunidades de saber mais a respeito de Deus, em vez de experiências em que perguntamos: “por que eu?”, nossa profunda comunhão com Deus trará uma canção ao nosso coração, alegria à nossa vida e a certeza da direção infalível de Deus.

Um tio rico? Não, é melhor um Pai-Mãe Deus, sempre presente, que satisfaz a todas as necessidades humanas.

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