Era uma manhã radiosa e cheia de beleza. Lá em casa pairava uma atmosfera de bem-estar. Até que o telefone tocou. Do outro lado da linha a voz irada despejou crítica mordaz a propósito de uma carta escrita por mim. Apercebi-me que minha interlocutora dera à carta sentido muito diferente. Mas ela desligou intempestivamente antes de me dar oportunidade de esclarecer o mal-entendido. Durante alguns minutos fiquei sem saber o que fazer.
Então perguntei-me: o que é que o Mestre, Cristo Jesus, nos ensinou sobre como lidar com semelhantes situações? Duas recomendações me vieram ao pensamento. “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra.” Mateus 5:38, 39. Em outra ocasião, quando o impetuoso Pedro cortou a orelha direita do servo do sumo sacerdote, disse Jesus: “Mete a espada na bainha: não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” O relato desse incidente mostra que Jesus tocou a orelha do servo e o curou, tal como consta no registro de Lucas. João 18:11; ver também Lucas 22:51.
A exigência de perdão foi bem clara, mas o exemplo de Jesus continha uma mensagem adicional: o perdão é seguido pela cura. Para obedecer ao espírito da ordem de Jesus, necessitava eu algo mais que ser tolerante. Teria que ser receptiva ao toque curativo do Cristo, a Verdade. A cura era o único resultado possível da ação da Verdade. Tal como Jesus estava sempre consciente de sua missão curativa, assim também nós temos de estar conscientes da nossa, temos de seguir suas pegadas tão de perto quanto nos for possível.
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