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Fatos espirituais, não categorias humanas, determinam o emprego

Da edição de agosto de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu acabava de ver um segmento de um programa de televisão que focalizava o problema do desemprego causado pelos cortes efetuados no número de empregados numa área em particular, e fiquei triste e perturbada. Parecia que para esses trabalhadores a lealdade para com a companhia, os anos de experiência em certa linha de trabalho e a boa produtividade tinham sido, repentinamente, desvalorizados até o ponto zero. Achar outro emprego parecia quase impossível. Os empregos para os quais eles tinham qualificações não se achavam disponíveis e havia gente demais para bem poucos empregos. Outros cargos estavam fora de cogitação, por se tratar de trabalhadores super-qualificados para esse tipo de trabalho.

Como Cientista Cristã, eu não podia simplesmente “passar de largo” Lucas 10:31. ou dizer “Graças a Deus que eu não estou nessa situação.” Então, forcei-me a encontrar tempo para orar construtivamente, tendo em mente as implicações morais e financeiras dessa situação crítica de desemprego e a frustração que ocasiona às suas vítimas. Eu sabia que a verdade espiritual repudia sugestões de insegurança, medo e carência, de tudo que pretenda ameaçar a segurança da família e a harmonia de qualquer dos filhos de Deus.

Comecei pela Oração do Senhor, a qual desde as primeiras palavras, “Pai nosso que estás nos céus” Mateus 6:9., nos dá essa maravilhosa sensação de unidade do homem com seu Pai. Enquanto orava comecei a perceber que eu tinha não só a oportunidade, como também a responsabilidade, de estender minha oração a toda a humanidade. Terminada a Oração do Senhor, meditei sobre a lei da justiça e da misericórdia de Deus, que está sempre agindo em favor de Sua criação. Essa lei é que capacitou Cristo Jesus a alimentar mais de cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes. Ver Mateus 14:15–21. Aquilo que parecia tão limitado para a vista mortal era, para o sentido espiritual, a manifestação da substância infinita, e estava ali mesmo à mão. Depois que todos tinham sido alimentados, foram recolhidos doze cestos de fragmentos.

Eu me perguntei: “De onde é que provêm nossos talentos e aptidões?” A resposta foi algo parecido a isto: “Se Deus é o criador (e Ele o é), então todo inteligência e aptidão provêm dEle. Será que Ele nos daria talentos e aptidões para depois dizer: ‘Sinto muito, não há lugar onde você possa utilizar aquilo que lhe dei?’ Claro que não!”

Nosso Pai carinhoso não somente nos dá as aptidões necessárias para ocuparmos um cargo, como também provê a oportunidade, a orientação e o lugar para utilizá-las para nosso próprio benefício e para o de outros, na realização de um trabalho que satisfaz. Num verso de um hino lemos: “A obra do Amor e o Amor ajustam-se perfeitamente” [tradução literal de parte da estrofe].Christian Science Hymnal, n° 51. Não pode haver, então, brecha para nos ameaçar. Uma vez que a Mente infinita, Deus, não conhece lapso ou limitação, Sua imagem e semelhança não pode tê-los ou expressá-los. Em verdade Deus é o nosso empregador, e nós estamos sempre empregados em expressar Sua infinita inteligência e Seu amor.

A Bíblia representa Deus como se estivesse dizendo aos filhos de Israel: “Eis que eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho, e te leve ao lugar que tenho preparado.” Êxodo 23:20. Os anjos de Deus estão aqui para guiar-nos, a nós também, quando nos voltamos a Deus em busca de ajuda. Eles nos dizem, a cada um de nós, as palavras de conforto e conselho de que necessitamos. Iluminam nossos corações para que vejamos o que Deus tem preparado para nós. Ninguém é deixado de fora ou é esquecido.

A provisão da inexaurível substância de Deus está ao nosso alcance. Sua lei divina guia o indivíduo a encontrar trabalho, e o resultado é abençoado. Nas palavras da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana.” Ciência e Saúde, p. 494.

Tive oportunidade de pôr em prática estas e outras idéias espirituais quando fiquei sem emprego e tinha de sustentar a mim mesma e a um filho. A agência de empregos passou os olhos pelo meu curriculum vitae e disse que eu era super-qualificada para as ofertas de empregos em aberto. Disseram que me telefonariam se alguma coisa aparecesse, mas não me deram muita esperança.

Alguma coisa que eu havia lido em Ciência e Saúde trouxe-me coragem e esperança: “A devoção do pensamento a um empreendimento digno torna possível esse empreendimento.” Ibid., p. 199. Para mim isso significava que eu podia encontrar a solução mediante a oração na Ciência Cristã. De modo que continuei a orar, confiante na direção e governo de Deus nas minhas atividades. Resolvi não desanimar e sim permanecer no amor de Deus.

Não demorou muito e vi o anúncio de um emprego. Fazia parte da mesma lista da agência de empregos que eu havia visitado anteriormente. Não era um anúncio muito grande nem uma posição de prestígio, mas de imediato tive a impressão que era a coisa certa para mim. Não foi fácil convencer a agência. “Você é super-qualificada para esse emprego,” disseram-me quando os procurei para tratar do assunto. “Você nunca ficará satisfeita, não ganhará o suficiente, e seus talentos não serão utilizados.” Finalmente eu os persuadi a darme o nome e endereço da companhia.

Eu tinha tanta certeza de que a lei de Deus estava operando para levar esse “empreendimento digno” à fruição, que o prédio velho com elevador antiquado bem como o corredor sombrio não me desanimaram, de maneira alguma. Quando achei o escritório fui recebida pelo sobrinho do presidente, e depois de breve entrevista fui contratada. Aí disseram-me que embora meu salário começasse a contar de imediato, meus deveres só começariam dentro de duas semanas, quando a companhia se mudaria para um prédio próprio, e novo!

Super-qualificada? Insatisfeita? Nada disso. Três meses depois, além de ser recepcionista passei a ser a secretária do presidente, redatoraassociada de sua publicação comercial, redatora de uma publicação destinada às esposas de seus vendedores, e meu salário foi aumentado. Mais tarde, quando saí da firma, mudando-me para outra cidade, os quatro dirigentes executivos com os quais eu tinha trabalhado queriam, cada um deles, um exemplar da Bíblia igual àquela que haviam visto sobre a minha escrivaninha! Essa experiência muito feliz num emprego foi para mim evidência convincente de que “a devoção do pensamento a um empreendimento digno torna possível esse empreendimento”. Foi verdadeiramente o pensar espiritual, e não a classificação humana, que determinou esse emprego.

Cada um de nós pode esperar o cumprimento das promessas de Deus, quando devotamos nossas energias espirituais a obter uma compreensão mais clara de Deus e de Seu Cristo, e a agir de acordo com nossa visão crescente.

Em Isaías encontramos esta bênção inspiradora para aqueles que servem fielmente a Deus: “O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas jamais faltam.” Isaías 58:11. É esse o modo pelo qual o Amor divino satisfaz a toda necessidade humana. É essa a infalível promessa do Pai, de que Ele constantemente dispensará a nós Seu cuidado e Sua provisão. Aceitemos essa promessa!

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