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O mal não pode apoderar-se de ti

Da edição de setembro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Durante muitos meses, cada vez que passava por certa casa, sentia forte premonição do mal. Aliás, a sensação de haver ali uma presença malfazeja era tão perturbadora, que eu logo começava a orar.

Afirmava a absoluta supremacia do bem, a autoridade dominante do Amor divino. Sabia que esse era o significado da vida de Cristo Jesus. Negava mentalmente ter o mal presença ou poder para competir com Deus. Repudiava a afirmação de que o mal pudesse apoderarse de alguém ou de alguma coisa, pois sabia ser Deus, o bem, o possuidor de tudo.

Orei dessa maneira durante dois meses, cada vez que passava frente àquela residência. Então, certa noite, voltando para casa, ouvi enorme estrondo e vi alguns jovens fugindo daquela casa. Uma jovem senhora saiu gritando, furiosa. Segundo pude apurar, os rapazes a tinham aterrorizado uma semana e acabavam de arremessar um tijolo contra a casa.

Foi a última gota para a mulher. Ela desabafou uma estória dolorosa de cortar o coração. Havia mais de um ano, estranhos acidentes e tragédias vinham importunando seus familiares. Ao descrever todas as singularidades e terríveis coisas que aconteceram, parecia que ela estava contando uma história de horror. Ela achava que sua vida era dominada por um mal terrível.

A situação se me apresentou tão injusta, que não pude evitar falar a respeito do poder do amor divino. "Você não precisa conviver com esse mal," insisti. "A Bíblia diz: 'Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.' Tiago 4:7. É seu direito divino livrar-se do mal! É a lei de Deus."

O amor de Deus simplesmente fluiu sem cessar no silêncio que se seguiu àquelas observações. Iluminou-nos o rosto, tanto o dela quanto o meu, encheu a casa e espalhou-se a todos os lados, livremente. Pude senti-lo. Senti que se desvanecia ali aquela impressão de uma presença malfazeja. Conversamos, então, a respeito da oração e do poder da oração.

A vida dessa mulher foi transformada em conseqüência desse encontro com o Cristo, a Verdade. Já não havia mais aquele pressentimento do mal. Também o vandalismo cessou imediatamente. O poder regenerador do Cristo tinha, até certo ponto, renovado tudo. Essa é a natureza do Amor.

"Resiste ao mal—ao erro de toda espécie—e ele fugirá de ti," escreve a Sra. Eddy. E acrescenta: "Podemos elevar-nos, e finalmente nos elevaremos, até que, em tudo, possamos nos valer da supremacia da Verdade sobre o erro, da Vida sobre a morte e do bem sobre o mal, e esse crescimento continuará até chegarmos à plenitude da idéia de Deus e não mais temermos adoecer e morrer." Ciência e Saúde, p. 406.

Estar possuído do demônio é a afirmação agressiva de uma mentira, a mentira de que o homem possa estar possuído pelo mal. É um sintoma da crença de ser o mal uma entidade real capaz de dominar e escravizar uma pessoa, fazendo desaparecer sua razão e consciência. Quer seja chamado espírito mau, diabo, psicose ou insanidade mental, essa mentira não tem legitimidade, nem autoridade, nem base na realidade do Cristo.

Cristo Jesus trouxe à luz a integridade e a pureza espiritual inviolada da consciência individual outorgada por Deus. Na realidade na qual Jesus vivia, a mentalidade e a vida do homem não estão à mercê de investidas e assaltos do mal. A consciência individual e a ação refletem Deus, a única Mente divina.

O endemoninhado geraseno foi salvo pelo poder regenerador do Cristo, a Verdade. Uma vez exposta como ilegítima por Jesus, que refletia o amor de Deus, a mentira de uma mentalidade má, autodenominada "Legião", foi destruída. Ver Marcos 5:1–15. O mal é incapaz de encontrar esconderijo seguro na presença da compreensão espiritual de sua inexistência, dentro da criação totalmente boa de Deus. O mal é uma imposição mental, não uma realidade. Apenas parece ter autoridade e vida, enquanto nossa crença em sua existência perdurar, fazendo com que nos mantenhamos indiferentes à imunidade do homem a todo o mal, imunidade essa ilustrada por Jesus como realidade.

A realidade não sofre variação; por isso, o poder do Cirsto, que surge com a compreensão da verdadeira essência da realidade, está sempre disponível.

O mal não pode apoderar-se de nós. Antes que o mundo existisse, Deus declarou sermos Seus próprios filhos. Somos d'Ele e ninguém e nada pode nos separar de Seu amor, o amor e a proteção que encontramos no Cristo.

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