Certa noite, após sair do carro, eu caminhava em direção à entrada de um centro comercial quando, subitamente, fui atacada, jogada ao chão e roubada por dois homens mascarados. A polícia chegou logo depois que os dois fugiram de carro. Apesar de estar ainda em estado de choque e de sentir um pouco de dor interna, fiquei grata por estar viva.
O gerente de uma loja, os policiais e os meus amigos, todos mostraram-se muito prestativos. Entretanto, mais tarde percebi, durante as noites insones que se seguiram, que não era só a dor física que me ficara. O terror íntimo de ser atacada de novo era pior do que a dor física. Como se pode agüentar a lembrança de um ataque violento? Nos dias que se seguiram, a imprensa noticiou mais incidentes criminosos na comunidade. Um investigador com quem conversei, confirmou que na noite em que fui assaltada, outras pessoas também haviam sido atacadas e roubadas na mesma localidade. Eu não queria sentir medo da comunidade em que estava morando na época. Sabia também que todos os que ali viviam, queriam viver em segurança.
Eu sabia que podia apoiar-me inteiramente em Deus para obter a paz e a força de que necessitava. Orei para encontrar libertação do tumulto daquele terror íntimo. Tinha certeza de que poderia confiar nas verdades espirituais das Escrituras. Portanto, iniciei um período de dedicada pesquisa na Bíblia e em Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy.
O Primeiro Mandamento (Êxodo 20:3): "Não terás outros deuses diante de mim," fez-me parar para pensar. Gradativamente, percebi que ao manter meus pensamentos ocupados com a terrível rememoração do incidente e com pensamentos de crimes e atividades relacionadas com drogas na comunidade, na cidade e, até mesmo, no país, eu não estava honrando a Deus. Estava adorando o mal, ao invés de aceitar o bem, que tem seu fundamento em Deus.
A Bíblia afirma claramente que Deus é Amor. Orei para Deus curar meu coração, orei para sentir mais amor. Paulatinamente, em vez de enxergar a comunidade a partir de um ponto de vista material, ou seja, repleta de crimes relacionados com drogas, de violência e desrespeito à lei, comecei a vê-la através do sentido espiritual. Vi-a funcionando sob a lei do amor de Deus, na qual prevalecem as qualidades de integridade, ordem e paz. Como resultado desse modo de ver as coisas, fiquei mais calma e senti minha paz interior sendo restaurada. Nos dias seguintes, os noticiários informaram que haviam sido realizadas algumas prisões.
Nessa época, fui escalada para trabalhar uma tarde na Sala de Leitura da Ciência Cristã. Eu ainda sentia mal-estar físico como resultado do assalto e relutei em ir. Não obstante, fui e logo depois de chegar, comecei a estudar estas linhas da Oração do Senhor, com sua interpretação espiritual dada em Ciência e Saúde (p. 17):
"E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado
aos nossos devedores;
E o Amor se reflete em amor."
Subitamente, senti-me invadida por uma sensação de amor e perdão total. Naquele instante, abandonei o ódio, a raiva e o ressentimento. Instantaneamente, senti algo movendo-se dentro de mim e ouvi um forte estalido de ossos se encaixando. Minha aceitação do verdadeiro perdão havia efetuado a libertação completa dos efeitos do assalto. Fora curada pela graça do Amor divino. Estava livre!
Sou profundamente grata pelo amor e apoio que os praticistas da Ciência Cristã me deram em diversas ocasiões durante esse período de crescimento espiritual. Alegro-me por ser membro do time dos que se apóiam na compreensão espiritual de Deus para resolver os problemas diários. Sou muito grata por ser estudante de Ciência Cristã, pois esse é um ensinamento que cura.
Carmel, Indiana, E.U.A.
