Tu, que te achas desabrigada, perdida, face a face
com a luxúria, o asco, o desespero, nas ruas da cidade;
tu, menina jovem, esperançosa, que ainda acreditas
naquilo que é o mais veraz e eterno a teu respeito:
pureza, dignidade, amor,
tu, que és inocente!
Tu, filho, em louca disparada, que a arma fora lançaste,
encontraste refúgio na plantinha desfalecida e murcha;
e a nutriste, enquanto a noite à tua volta ia se fechando,
e sorriste ao ver se erguerem suas pequeninas folhas
que, afinal, te encontraram nas sombras da manhã,
tu, que és inocente!
A inocência não tem idade.
Jamais pode morrer a inocência.
Sobre todos nós,
Deus derrama Seu amor novo e inextinguível.
Ergue os olhos. Nunca é tarde demais.
Em todos nós se encontra
a Terra Prometida: a consciência
onde a inocência floresce em imunidade.
Ó filho, ó filha, ó companheiro, olha a vida
na doce calma e com coragem. O que acontece?
O Cristo está presente:
vê, em ti já desponta aos poucos uma nova
terra cujo destino ainda falta descobrir.
Descobre, como Colombo, essa tua enorme inocência,
descobre esse novo mundo imaculado, e iluminado!
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