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Sempre uma família indestrutível

Da edição de abril de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Será que algo pode ser quebrado a tal ponto que não possa ser emendado? muita gente se pergunta.

Talvez tenha ocorrido adultério ou ofensa física num casamento. Talvez as ofensas sejam pequenas mas contínuas, aparentemente desgastando o amor durante uma vida toda. Pode o que foi despedaçado de maneira tão vil, vir a ser emendado? o coração continua a clamar.

Há ocasiões, nós sabemos, em que a dissolução do casamento pode ser a coisa mais humanitária e mais acertada. Mesmo nesses casos, a seguir é necessária uma cura. A base mais forte para que ocorra essa cura ou, de preferência, para emendar um relacionamento, é o progresso em compreensão espiritual de que, no seu conceito mais amplo e mais profundo, a família é indestrutível.

Como pode alguém dizer uma coisa dessas? É inconcebível. Trata-se de pessoas que foram magoadas, foram agredidas, ficaram amarguradas. E aqui estamos a falar sobre rusgas maritais de menor monta ou desentendimentos entre irmãos adolescentes. Estamos falando de graves casos de infelicidade familiar, de injustiça, raiva, alienação profunda.

Ora, poderíamos continuar com essa conversa, curvando-nos a isso como um fato irredutível da vida humana. Ou poderíamos ser forçados por seu caráter aparentemente desesperador e nos dispormos a considerar outro ponto de vista.

Muitas pessoas encontraram, por meio dessa outra perspectiva diferente, cura prática e digna de nota em situações familiares difíceis. O mais importante, porém, é que constataram não se tratar de forçar-se a ter uma atitude positiva, mas de realmente discernir algo de novo sobre o modo como as coisas são.

O perdão é, sem dúvida, parte desse discernimento. A maioria das pessoas perdoa, até certo ponto, por instinto. Preferimos "perdoar e esquecer," a ficar com raiva. Por um lado é mais agradável, por outro, parece mais acertado. O instinto, no entanto, só nós leva parte do caminho. Suponhamos que alguém tenha decidido que tudo o que se refere a nós, está inteiramente errado e essa pessoa tenha se tornado, de fato, nosso "inimigo", uma força opositora constante. Então, o que fazer? Quando isso implica em mais do que menosprezo passageiro, precisamos usar a compreensão, não só instinto.

A Bíblia, com a ênfase dada por Cristo Jesus sobre a necessidade contínua de perdoar, nas palavras "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" Mateus 18:22., pode servir de âncora. Mas por que todo esse perdoar? A Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss) fornece a resposta: perdoar nos mantém na linha enquanto aprendemos até que ponto o mal é um engano, o inimigo de todos, e o bem é a grande realidade para todos.

De fato, é possível começar a discernir que o mal, seja qual for a forma em que o encontremos, é realmente falso. A luxúria, o desdém, o ódio, o desprezo ou a mentira, tudo o que nos divide e separa, pode ser visto literalmente como enganos a respeito do que em realidade está presente. Aquele que está presente, que se pode reconhecer, que é natural reconhecer, é o amor e a bondade pura que Deus está vertendo sobre todos os Seus filhos, Sua família. Existe mais do que o suficiente para todos. Quando percebemos ao menos um pouquinho disso, ficamos capacitados a ver que também é possível que a família de Deus nunca se desfaça, não importando quão cruel uma batalha pessoal tenha sido ou por quanto tempo a mágoa e a alienação tenham existido.

A verdade é que a natureza subjacente do relacionamento constante entre todos os seres humanos significa família, amor e alegria ao ver a realização da outra pessoa. Isso é verdade, quer nos separemos um do outro para sempre, depois de termos tido um relacionamento humano, quer supostamente sejamos de todo estranhos. Isso é verdade, quer sejamos solteiros, quer casados, divorciados, viúvos ou estejamos simplesmente sozinhos.

A razão dessa unidade é que existe uma lei espiritual com relação ao homem criado por Deus, a Sua família universal, que é forte e nos une para sempre. Você não pode desfazer essa relação familiar, como também não pode romper casualmente a lei da gravidade que atua em todo o sistema solar. Seja qual for o elo pessoal humano que achamos ter sido danificado ou rompido, esse elo era apenas uma indicação da verdadeira família espiritual de Deus, à qual o homem pertence e à qual todos pertencemos. Esse elo permanece inquebrantável.

Essa lei de relacionamento inquebrantável faz parte do que os Cientistas Cristãos chamam a Ciência do ser. Num livro intitulado Unity of Good, Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, explica: "Esta Ciência de Deus e homem é o Espírito Santo, que revela e mantém a harmonia eterna e inquebrantável de ambos: Deus e o universo." Un., p. 52.

Há muitos anos um filme cinematográfico relatava a história de prisioneiros de guerra que foram tratados horrivelmente e muito humiliados. A enorme distância cultural tornava qualquer comunicação ainda mais difícil. A certa altura, porém, um sargento japonês sorri para um Tenente-Coronel, seu prisioneiro inglês, e espontaneamente o livra de horrível punição. Não se dando conta inteiramente do que dizia, ele riu e disse em inglês: "Feliz Natal, Sr. Lawrence." Esse encontro veio a ser o tema comovente do filme em questão.

Não se trata apenas de um tema idealista, fácil de ser valorizado num filme. Representa uma verdade gravada em nossos ossos, por assim dizer. Muitas pessoas constataram ser essa uma verdade profunda até mesmo nas mais penosas situações na vida real.

Quanto necessitamos realmente saber mais sobre o Espírito Santo, ou Espírito divino! É possível erguer o olhar acima do sentimento nebuloso da ira, da mágoa e da vingança e ver o que Deus, o Espírito, nos está mostrando. O que parecia ter sido destruído a tal ponto que não mais podia ser emendado, na realidade nunca foi desfeito e nunca pode ser desfeito. Aprendamos cada vez mais sobre a inteireza do homem à imagem de Deus e a indestrutibilidade de Sua família.

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