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Amor Pela Comunidade

É perfeitamente natural sentirmos interesse profundo pela comunidade em que vivemos. O verdadeiro amor pela família se estende aos vizinhos e se extravasa, atingindo a comunidade inteira. Esta coluna, que aparecerá de vez em quando, mostra como uma perspectiva espiritual ajuda os leitores a prestar auxílio a outros, contribuindo assim para a cura de alguns dos problemas coletivos que assolam as comunidades de hoje.

Amor Pela Comunidade

Da edição de outubro de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Há alguns anos, uma vizinha minha teve uma desavença com outra. Eu morava no meio das duas e ambas me tomaram como confidente dos desabafos de uma contra a outra. De minha parte, gostava das duas e diversas vezes havia orado para que se chegasse a uma solução pacífica no caso. Cada vez que orava, sentia-me melhor e, pensando nisso agora, vejo que todas nós fomos beneficiadas pela oração. Sentia, porém, que havia algo mais a ser corrigido.

Cheguei a um ponto decisivo enquanto orava, não por meus vizinhos imediatos, mas pelos vizinhos do mundo em geral e pelos reféns no Oriente Médio em particular. Pareciame haver dois lados naquele conflito, um deles definido pelo ódio e o outro pelo medo. Orando com mais profundidade a esse respeito, compreendi que os dois lados eram presas dessas emoções e os dois com a mesma intensidade. O inimigo não estava nas outras pessoas, mas sim numa definição material de vida. Era a crença de que algo estranho a Deus, o bem, nos governa e que devemos temer o eventual controle por parte de outro poder cujos pontos de vista opostos nos causam grande ódio.

Depois de orar mais, e estudar a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy, compreendi que o conhecimento do controle amoroso de Deus nos liberta das correntes do medo e do ódio. Compreendi com maior clareza que nossa identidade espiritual e verdadeira não pode ser acorrentada a essas emoções (pois elas não têm guarida no filho de Deus).

Foi interessante o relato de um refém que fora libertado. Ele contou que durante o cativeiro aprendera que, se confiasse na atuação da mão de Deus, não precisaria aceitar a limitação mental e física de estar prisioneiro. Esforçouse continuamente para ver e manifestar amor. Depois de solto, os médicos que o examinaram disseram não ter encontrado nele nenhuma das cicatrizes físicas e emocionais que costumam se seguir a um período de cativeiro. O ex-refém disse que, na realidade, saiu dessa experiência enriquecido.

Enquanto me comovia com o que estava aprendendo sobre a verdadeira liberdade, pude ver mais claramente as cadeias mentais que mantinham minhas vizinhas cativas ao medo e ao ódio. Mas como um pai ou uma mãe que vê um filho em dificuldade, senti muito amor pelas duas vizinhas e livrei-me de todo sentimento negativo que sentira antes. Sei que estava vislumbrando aquele amor puro e libertador que Deus tem por todos os Seus filhos. E a força que o ódio e o medo parecem ter simplesmente derrete ao calor que irradia desse amor.

O desentendimento acabou ali. Foi ficando em segundo plano. Uma das vizinhas admitiu que seria bom se ela mudasse em alguns aspectos e fez algumas concessões importantes que não quisera fazer antes.

Não vou dizer que agora as duas se abraçam quando se encontram, mas não discutem mais e nossa vizinhança parece ser mais forte e mais chegada agora, depois de ter passado pelo episódio e ter constatado que o amor e a consideração venceram o ódio e o medo.

Bem-aventurados
os pacificadores,
porque serão chamados
filhos de Deus.

Mateus 5:9

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