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O que é demonstração na Ciência Cristã?

Da edição de outubro de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


O Que É demonstração na Ciência Cristã? Não é conseguir coisas. Não é conseguir tudo, desde vagas no estacionamento até bons empregos e corpos curados, embora esses casos sejam algumas vezes contados como "demonstrações." A Sra. Eddy entendia por demonstração algo totalmente diferente. Uma de suas alunas conta em suas recordações: "A Sra. Eddy tinha um vivo e agradável senso de humor. Um dia, enquanto eu estava atarefada em seu quarto, ela lia carta; erguendo os olhos, chamou-me e disse, em essência: 'Como é que eles demonstram dinheiro e mobília?' Respondi: 'Não sei, não me ensinaram isso'. Então, como me recordo, ela disse: 'Agradeça a Deus por não terem ensinado assim. Nós demonstramos a Vida, a Verdade e o Amor e eles nos dão nossos suprimentos; nós não demonstramos coisas materiais.' " We Knew Mary Baker Eddy (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1979).

Na verdade, a palavra demonstrar na Ciência Cristã, não tem um significado diferente daquele que aparece em qualquer dicionário. Basicamente, significa mostrar ou provar o que algo é ou faz. A Ciência Cristã aceita o ensinamento da Bíblia de que homem é feito à imagem e semelhança de Deus. Cristo Jesus demonstrou o que tal verdade realmente significa: que o homem é inteiramente bom e espiritual. Jesus é nosso Mestre e exemplo, bem como nosso Salvador e Messias. Ele mostrou à humanidade o que Deus é e o que faz, ao demonstrar, isto é, provar, o que o homem é.

Jesus provou que o homem é espiritual, o filho de Deus, pois deixava prevalecer em seu pensamento exclusivamente as qualidades espirituais que expressavam a natureza de Deus. Quem poderia negar a ternura com que ele mostrou o que o Amor divino é e faz? Quanto à Vida divina, demonstrou que a Vida é Deus e que o homem é a expressão da Vida. Recusou-se a abrigar a crença universal de que a morte é inevitável e invencível. Não havia nada em sua consciência que se inclinasse à morte como um poder ou necessidade. Ele sabia que Deus é Vida e o comprovou.

Lemos muitos relatos, na Bíblia, da demonstração de Cristo Jesus de que não há oposição à Vida sempre presente e onipotente, mesmo quando se via diante de inquestionável evidência de morte. Numa dessas ocasiões, disse para os cépticos que estavam a lamentar: "Não está morta a menina, mas dorme." Riram dele, mas ele derrubou esse cepticismo com sua demonstração irrefutável de que o homem está sempre consciente da Vida: pegou-a pela mão e ela voltou a viver. Essa é a maneira como age poder do Cristo, a verdade acerca de Deus e do homem, que ele ensinou e corporificou.

Cristo Jesus referiu-se a si mesmo como sendo "a luz do mundo" e é de grande proveito para nós pensar no Cristo como luz. O suposto contrário do Cristo é a escuridão, que tenta encobrir o bem. Enfrentar um problema supondo que o que temos a fazer é arrumar uma situação material em desordem, seria tão ineficaz quanto tentar espanar a escuridão para fora de um quarto. Se, em vez disso, compreendermos que precisamos reconhecer e demonstrar o que Deus é e quem nós somos em verdade, deixaremos a luz do Cristo entrar. E a luz fará o que sempre faz: eliminar a escuridão. Será que isso parece ingênuo e irrealista?

Talvez você pergunte: "Como qualquer pessoa de bom senso pode aceitar que o homem é filho de Deus e que o mal não tem maior substância ou realidade do que a ignorância ou a escuridão?" Mas como aprendemos a aceitar as verdades matemáticas e a corrigir nossos erros? Aprendendo o princípio, as regras e colocando-os à prova. Você se lembra de ter aprendido que num triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos? (Talvez você não tenha estudado geometria. Eu também nunca plantei trigo num campo onde a seguir foi semeado joio. Mesmo assim, podemos aprender a lição contida na parábola.) Não se esperava de nós, em geometria, que aceitássemos cegamente aquele teorema sobre triângulos retângulos, ou que aprendêssemos a torná-lo verdadeiro. O que se esperava era que aprendêssemos a demonstrá-lo, porque era verdadeiro. E se nossa resposta fosse errada, não teríamos de corrigir os triângulos, mas sim os erros em nossa demonstração do teorema.

De maneira semelhante, tembém não precisamos aprender a transformar o homem no filho amado de Deus. Ele já é o filho de Deus. Mas precisamos aprender a demonstrar esse fato. Através da Ciência do Cristo, aprendemos a demonstrar, agora mesmo, que somos o homem que conhece a Deus e de quem Deus tem conhecimento. É apenas isso que precisamos fazer.

Onde começar? Podemos começar com a Bíblia, que nos diz o que Deus é, o que Ele faz e mostra os bons resultados obtidos por pessoas que se empenharam em conhecê-Lo. Tembém temos Ciência e Saúde da Sra. Eddy, para nos ajudar a reconhecer e provar a verdade sobre Deus e o homem, que Jesus e outros na Bíblia já demonstraram com tanta clareza. Temos os testemunhos de curas e artigos nesta revista, que mostram que essa compreensão de Deus e do homem está sendo demonstrada atualmente.

Alguns anos atrás, apareceu em meu rosto uma excrescência de aspecto desagradável. Cresceu a ponto de não ser mais possível ignorá-la ou ocultála. Uns vizinhos amáveis, com conhecimentos médicos, faziam solenes diagnósticos que me alarmavam. Nessas ocasiões, chamava um praticista da Ciência Cristã para me ajudar através da oração. Quando conseguia pensar com clareza novamente, agradecia ao praticista e orava por mim mesma, observando constantemente como estava efetuando minha "demonstração" e controlando o progresso, ou falta dele, de acordo com a evidência física. Ainda estava tentando espanar a escuridão.

Depois de aproximadamente um ano de estudo diligente da Bíblia e de Ciência e Saúde, dois pensamentos sobressaíram. Um veio da Bíblia. Quando estava repreendendo os hipócritas, Cristo Jesus disse: "... desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam." Compreendi que eu gostava de parecer virtuosa, de aparentar aparentar ser uma dedicada estudante da Bíblia e uma ativa trabalhadora em minha religião. Sem dúvida, é certo amar a Bíblia e a igreja, mas meu amor estava contaminado pelo orgulho, amor próprio, justificação própria; todas essas são qualidades de pensamento inteiramente dessemelhantes de Deus, que tinham de ser substituídas por genuína humildade.

Tive de aprender, como Jesus: "Eu nada posso fazer de mim mesmo." A outra idéia veio de Ciência e Saúde, numa declaração onde a Sra. Eddy escreve: "A longevidade está aumentando e o poder do pecado diminuindo, pois o mundo sente, por todos os poros, o efeito alterante da verdade."

Enquanto aprendia mais, naqueles livros, de como outros tinham descoberto e provado que Deus é Amor e é Tudo, compreendi que, visto haver em realidade somente um Deus, um poder, a única coisa que podia estar ocorrendo era a atividade de Deus. Parei de me sentir ameaçada e perdi o interesse pelo aspecto físico do problema em meu rosto. Sempre que me vinha à mente, reconhecia que, exatamente ali, a única ação que podia ocorrer era "o efeito alterante da verdade," sendo sentido "por todos os poros." Esse reconhecimento do que Deus é e faz, foi a chave para a demonstração. A luz dissipou a escuridão e a evidência da harmonia apareceu. Meu rosto retornou ao normal. Acrescentaria aqui, também, que me senti amada e apoiada por minha família e pelos membros da igreja durante aquele ano, visto que eles se esforçaram por reconhecer, em seus próprios pensamentos, a atividade de Deus, ali mesmo onde parecia haver um mortal com uma deformidade.

Nosso trabalho como Cientistas Cristãos não é demonstrar coisas materiais. É provar que nós somos o homem da criação de Deus, homem esse que reconhece a cada momento o que Deus é e faz. Isso é não ter "outros deuses diante de mim" e isso é o que significa demonstração na Ciência Cristã.

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