Se Somos Cristãos genuínos, temos grande interesse pelos problemas de nossa comunidade. Não podemos ignorar o pecado e o sofrimento ao nosso redor e, por certo, queremos fazer algo para ajudar. As igrejas muitas vezes dão ajuda efetiva. O propósito específico da Igreja de Cristo, Cientista, é elevar, curar, redimir e regenerar, não somente a nós mesmos, mas àqueles que nos rodeiam. Eis um exemplo que mostra como a oração na igreja atinge a comunidade e traz a cura. O incidente ocorreu numa reunião de testemunhos de quarta-feira à noite.
Os trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria da Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss), Mary Baker Eddy, lidos aquela noite, enfocavam a luta do ser humano pela liberdade. Referiam-se ao modo como as pessoas, nos tempos bíblicos, haviam se libertado de situações escravizadoras e tirânicas. Por exemplo, a Bíblia mostra como a rainha Ester, com sua paciência, amor, coragem, sabedoria e obediência ajudou a libertar o povo judeu de uma ameaça de morte. Os textos lidos de Ciência e Saúde identificavam os elementos pecaminosos do pensamento mortal que produzem situações que escravizam e aprisionam. Entre esses se incluem a vontade humana, um conceito errado sobre a divindade, mesmerismo, despotismo, tirania e as exigências dos sentidos materiais. Os textos lidos afirmavam as idéias espirituais, isto é, as verdades de Deus e do relacionamento do homem com Ele, que corrigem e destroem essas crenças.
Um jovem entrou na igreja a tempo de ouvir os últimos trechos da leitura, que incluíam as instruções de Cristo Jesus, de que amemos nossos inimigos. Quando a congregação foi convidada a dar testemunhos de cura e a fazer comentários sobre a Ciência Cristã, ele dirigiu-se, a largos passos, ao púlpito e colocou ali um martelo, dizendo ao Leitor: "você salvou a vida de um homem, esta noite. Saí para matar um homem, mas em vez disso, decidi vir aqui." A seguir, deixou o auditório. Um dos membros da igreja seguiu-o e, com afeto, encorajou-o a voltar e ouvir os testemunhos de cura dados pelos membros da congregação. O jovem concordou. Esse mesmo membro da igreja, então, teceu comentários sobre a importância de se amar nossos inimigos e relatou uma cura de um problema de relacionamento. Mais duas pessoas falaram sobre o mesmo tema e relataram experiências pessoais.
Nossa oração pela igreja resultou nessa cura em nossa comunidade naquela noite. Ao sair, o homem disse que não queria mais matar ninguém e nem quis levar consigo o martelo. A oração feita naquele culto tratara o mundo dos efeitos destrutivos do pensamento humano e o resultado manifestou-se num caso específico na comunidade. Havia ocorrido uma cura.
Quando penso nos desafios que uma igreja enfrenta ao trazer cura para sua comunidade, lembro-me do relato bíblico sobre Josué e a cidade de Jericó. A descrição de The New Westminster Dictionary of the Bible deixa claro que a cidade era considerada inconquistável. Sobre Jericó o dicionário afirma: "Como era intensamente fortificada e dominava o vale do baixo Jordão e os desfiladeiros das montanhas, a oeste, era essencial ao avanço dos israelitas que eles a conquistassem."
Às vezes, os problemas que nossas comunidades enfrentam também parecem intransponíveis, mas vencê-los é essencial para o progresso da humanidade, tanto quanto para o nosso próprio crescimento espiritual. A história de Jericó nos orienta nessa tarefa.
Quando os israelitas foram obedientes às ordens de Deus, conseguiram derrubar os murros de Jericó. Podemos dizer que os muros da resistência ao seu progresso ruíram. Lamentavelmente, os israelitas nem sempre foram obedientes à orientação de Deus e sofreram alguns sérios reveses. Essa desobediência geralmente ocorria porque eles se volviam do Espírito para um sentido material de adoração. Em vez de confiar no poder e na presença de Deus, sentiam-se desanimados ou se deixavam enganar pela evidência diante de seus olhos e caíam na idolatria e na falsa adoração. Isso retardava seriamente o progresso.
Em nossas orações e em nosso trabalho de igreja, precisamos ter cuidado para não ser induzidos a pensar desse modo. Ao referir-se à importância do raciocínio correto, a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: "Vós, que sabeis discernir o aspecto do céu — o sinal material — quanto mais deveríeis discernir o sinal mental, e efetuar a destruição do pecado e da doença, vencendo os pensamentos que os produzem e compreendendo a idéia espiritual que os corrige e destrói."
Essa é nossa missão individual, na Ciência Cristã: vencer a "Jericó" do pecado e da doença, ou seja, qualquer crença em um poder separado de Deus, em nós mesmos, em nossa comunidade ou no mundo. Essa é também a missão coletiva de cada igreja, estar em união, como uma congregação, em obediência a Deus e ao método crístico de tratamento de todos os problemas. Então, como filhos de Israel que, unidos, romperam "em grandes brados", à medida que avançavam, começaremos a ver desabar as crenças de vida, inteligência, verdade e substância na matéria, que aparecem como muros de resistência ao progresso espiritual. A onipotência e a onipresença de Deus se tornarão manifestas. Quando tal cura ocorre, vislumbramos a "terra prometida".
Outro aspecto de uma igreja que cura é sua capacidade de conservar o sentido puro do Cristo, a Verdade. Isso nos assegura que não seremos arrastados a pensamentos e comportamentos que sejam menos que espirituais. Ressaltando a necessidade de sério esforço para vivermos uma vida baseada no Espírito, Ciência e Saúde declara: "As fortes cordas da demonstração científica, tais como as que Jesus trançou e brandiu, ainda são necessárias para expurgar os templos do seu vão tráfico no culto mundano, e fazer deles moradas dignas do Altíssimo."
Quando, pela oração, nossa consciência individual é purificada do pensar material e mundano, a totalidade de Deus é revelada. Essa é a consciência espiritual que cura. Aqueles que necessitam de cura são atraídos ao Cristo, à Verdade, que estamos expressando. É interessante notar que quando Jesus expulsou os cambistas e os vendedores de pombas do templo, os aleijados e os cegos vieram em busca de cura. Nós também podemos esperar que as pessoas sejam atraídas à nossa igreja e sejam curadas graças a nossa devoção à Ciência Cristã.
Gosto muito da seguinte citação do livro de Isaías, pois mostra como a cura cristã proporcionará um "bom caminho" a todos os que procuram a Verdade: "E ali haverá bom caminho, caminho que se chamará o Caminho Santo; o imundo não passará por ele, será somente para o seu povo; quem quer que por ele caminhe não errará, nem mesmo o louco. ... mas os remidos andarão por ele. Os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará as suas cabeças."
À medida que reconhecermos que a resistência à Verdade precisa primeiro ser vencida em nosso próprio pensamento, também nos aperceberemos de que a cura cristã pode contestar e destruir as pretensões de resistência na comunidade. Quando oramos persistente e jubilosamente por nós mesmos, por nossa igreja e por nossa comunidade, descobrimos que um mundo carente de cura encontra o caminho em direção à nossa porta.
Praticistas Da Ciência Cristã encontram-se ao seu dispor, prontos para ajudá-lo mediante oração. Se você precisar de ajuda, ou se simplesmente desejar maiores explicações sobre a Ciência Cristã, encontrará no fim deste Arauto a relação de praticistas que se dedicam a esse ministério sanador e que falam português. A relação completa dos praticistas em diversos países acha-se publicada no periódico The Christian Science Journal. O Journal pode ser obtido em qualquer Sala de Leitura da Ciência Cristã. Veja a relação de igrejas e sociedades nas páginas finais deste Arauto, ou consulte na lista telefônica, sob Igrejas, o endereço da Sala de Leitura mais próxima.
